Amiga Mensagem Ana Maria Braga

Cerca de 30276 frases e pensamentos: Amiga Mensagem Ana Maria Braga

⁠Meu Anjo -

Que a força da Fé nunca me falte
para saber dia a dia o caminho
a seguir ...
Que a vida me não leve a vontade
de amar, meus sonhos e virtudes!
Porque metade de mim é muito
mas a outra é pouco!

Que a protecção do meu Anjo
paire sobre mim para me sentir vivo ...
Que o calor das Suas asas nunca falte
ao meu corpo e embale a minha Alma!
Porque metade de mim é vida mas a
outra é morte!

Que a vontade que trago de viver
se transforme num acto de contrição ...
Numa entrega, num silêncio,
numa oração profunda e sagrada!
Porque metade de mim invoca São Miguel
mas outra também!


Para São Miguel Arcanjo.

Inserida por Eliot

⁠Cão Vadio -

Cão vadio, vem que te faça
uma festa. Já que somos desta raça,
ser vadio, é o que nos resta.

E este súbito cansaço,
morte calada e discreta
é o peso do meu braço
quando te faço – Uma festa.

Inserida por Eliot

Noite de Gelo -

⁠Longe, embora perto,
o murmurio rouco e confuso
de vozes na noite
num Porto sempre por achar!

Estranha noite aquela,
noite em que me vi só,
tão só ...

Poço! Onde mãos, corpos,
Almas se confundem, se tocam,
se contaminam ...

Distancia imensa,
dolorosa e sangrenta.
Coitos de morte,
onde gestos amargos,
inquietos, obcessivos
nascem da memória de outros gestos.

- Esses, onde a Vida corre
e a ternura é o fio.

Em mim, uma plena consciência
do marulhar desse pantano humano
e distante.

- Uma fracção de voz,
um grito, um gemido.

Em mim, um imenso desidério,
cósmico, Lunar afastamento.

- Misto de Luz e frio,
proximidade real,
lonjura sem alcançe!

Inserida por Eliot

⁠Noite I -

Não há nada! Ninguém!
Só o pó do dia que passou.
As pedras congeladas, ao frio,
num imenso Céu aberto.
Nem o vento se ouve ...
Não há nada! Não há gentes!
Só solidão! Saudade!
Folhas caídas no chão.
Casas sem idade.
Mas onde? No Além?!
Lá também não há ninguém!

Inserida por Eliot

À Ophélia de shakespeare -

⁠Está morta Ophélia
em ataúde fechado - matou-se!
Seus olhos selados, longínquos,
rasos d'água dois pássaros caídos
vindos do passado.
Suas mãos em flôr dois barcos sem amarras,
sem côr.
O crepúsculo seu corpo inteiro, imóvel,
parado...
Ophélia matou-se! Matou-se!
E de braços em Cruz sobre o peito,
segue Ophélia pela morte, sem jeito,
como segue um romeiro ...
E aonde irá?!...
Qual será seu mote?!
Lívida a face.
Leva nos olhos a morte!
Dois pássaros caídos dum céu aberto.
Um céu que é longe mas que já foi perto.
Ophélia matou-se! Matou-se!
E com estrelas repousando no regaço,
botões de esperança a cada passo,
procura ainda sem descanso,
jaz morta arrefecida, no abraço do rio,
p'la face do seu amado ...

Inserida por Eliot

⁠Mãos Cansadas -

Mãos cansadas
da vida qu'inventei
do olhar que ceguei
dos gestos que não fiz
das palavras que calei ...

Mãos-feridas
em corpos qu'enterrei
braços que fechei
palavras que não disse
beijos que não dei ...

Mãos-frias de coração quente
amor-morto por punhal-ardente!

Ninguém vê o que minh'Alma sente!
E quem diz que me vê mente!
Porque apenas pensa, não me sente!

Inserida por Eliot

⁠Passo de Solidão -

Eu sou no mundo
um intenso respirar d'angustias!
Sou na vida um imenso passo-de-solidão...

E rasgo a noite sem dizer que vou ...

Choro e escrevo poemas de dentro da Alma.

Mas ninguém me vê como realmente sou
porque eu só passo á hora estranha
de ninguém!

Sou aquele que está onde ninguém passa ...
Sou o que passa onde ninguém está!

Eu sou no mundo um intenso respirar d'ângustias!
Sou na vida um imenso passo-de-solidão!

Inserida por Eliot

⁠Elegia a Monsaraz -


Ó minha terra!
Terra minha, tão perto
e tão distante ...
Navio imerso nos meus sonhos!
Berço onde desci
ao mar da vida sem ternura.
Deixa que te veja, hoje e sempre
entre noite escura.
Monsaraz,
senhora minha,
madre,
raiz!
Diz-me onde te feri!
Teu semblante me proteja!
Teu olhar, sombras e recantos,
me afague, sossegue, recolha ...
Não há planura sem horizonte
ou pátria sem Alma,
não há prados como os teus
cobertos por um véu ...
Monsaraz, aia dos meus dias,
senhora dos meus cedros,
madre do meu tecto,
raiz do meu loureiro.
Diz-me onde te perdi!
Ai, quanto me dói em ti meu coração!
Talvez por magoa ou saudade, angustia
ou solidão ... aquela solidão,
a nossa solidão!
Solidão imensa de quem é teu!
E eu sou-o sem demora.
Desperta Monsaraz, vila morta!
Que o tempo passa e com ele passo eu,
fecha-se-me a porta ...
Acorda! Desperta! Recorda!
Tu ficas, intima, infinita ... eu parto,
poeta, errante!
Ó minha terra-fria,
tão perto, tão distante ...

Inserida por Eliot

⁠O que nos Separa -

Entre mim e ti
há um vazio suspenso
que nos separa!
Um espaço imenso manchado
de saudade.
Vontade que não domino,
solidão a que pertenço!
E repara, eis a verdade:
cruel, dura, fria!
Lamento que assim seja,
mas é mais forte o que nos afasta
do que o que tu queres que nos una!

Inserida por Eliot

⁠Eu sou Noite -

Eu sou noite!
E vim de parte incerta.
Espaço que não existe ...

Eu sou noite!
Sou vento que resiste - que insiste ...
Vim amar-te - sem meta!

Cheguei e estou aqui!

Eu sou a tua noite, agora,
sem tempo, nem hora ...

Inserida por Eliot

⁠Um Gin apenas -

Porque serão as noites tão sombrias
quando não estás em mim?!
Porque serão os dias tão claros?!
Os Mares tão fundos?!
As gentes tão normais?!

Tudo passa tão igual,
tão intenso, tão discreto!
Mas nada é igual ...

Não te vejo.
Não te sinto.
Não te encontro.
Porque não estas aqui?!

És um Gin - apenas!
Este Gin!
Um pobre Gin ...

Mas nada é igual! Nada!
E onde estarás tu nesta noite
tão fria?!...

És um Gin ... um Gin apenas ...
... um pobre Gin ...

Inserida por Eliot

⁠Perdão -

Quando passaram todos e quedou silêncio
sobrou a raiz da noite onde só é presente
o que sabemos vão!

E eis que quando a dor já de ninguém
se esconde, tudo na Vida é contradição.

Senhor, Senhor que nos foi dado Amar,
porque nos afogamos nós, sem nadar,
em Águas-de-solidão?!

Perdão Senhor ... perdão ...

Inserida por Eliot

⁠Não Chorem -

Não chorem por mim quando eu morrer!
Desfolhem antes rosas brancas sobre o meu caixão.
Para que minh’Alma se eleve aos Céus,
num intimo acenar, Sem medo de vos perder …

Inserida por Eliot

⁠OS PÁSSAROS.


Como um pequno pássaro, o "filho" aprende a bater as suas próprias asas. Ensaia pequenos saltos rasteiros, também toma alguns tombos; até que finalmente, sente-se seguro para empreender voos mais complexos.

Inserida por Mariapatriolino1

⁠Poema inacabado -

Numa praia distante
ficou meu corpo abandonado!

Sonho esquecido,
coração afogado,
naufrago perdido,
abraço não dado.

Numa praia longinqua
ficou este Fado, intimo gemido,
Poema inacabado ...

Inserida por Eliot

⁠No Enterro da minha Gente -

Sou ultimo vivente
d'uma infancia mal fadada
e recordo essa gente
numa fria madrugada
onde minh'alma sò
se via sem nada! ...

Minha vida foi diferente
do que queria a minha gente!

Eles nunca me entenderam...
Eles nunca me sentiram...
Eles não me deram nada ...

E a repulsa que lhes tive,
amargura que senti
fez de mim estrangeiro em casa ...

E o que ficou dessa ferida,
nessa fria madrugada,
entre a casa abandonada
e a minh'alma sem nada?!

Ficou a morte dessa infância
no enterro da minha gente ...

E alguém mais sofrerá a dor desta distancia?!
Haverá alguém mais que assim sente?!

Qu'importa?!

Sepulto os mortos do meu sangue
nessa casa abandonada.
E repouso por fim em paz, nesta hora,
no frio da madrugada...

Eles nunca me entenderam...
Eles não me deram nada ...

Inserida por Eliot

⁠Natal ... tempo de memória -

Natal.
Tempo de Memória.
Tempo de celebração.

Celebração de um outro tempo,
de um tempo bem antigo.
Aquando d'um luminoso nascimento:
Deus no seu filho que humano
baixou à Terra!

"... e a noite se fez dia ..."
enorme acontecimento!

Não é, no entanto, velado
na poeira da História,
encapsulado em vagos sentimentos
ou preso na teia obscura da memória
que o Cristo permanece.

Revela-se na abundância
d'uma secreta mutação,
na Vibração eterna
que é a Vida da Alma.

É na presença subtil
do nosso Templo Interior,
que de novo,
em cada Ser humano,
o Cristo se manifestará:
no intimo silêncio
do Ser Interno,
na Alquimia do Sangue,
no Espaço do Incomunicavel ...

Natal é Tempo vivo,
Tempo presente ...
Natal é para todos e cada um
uma imensa oportunidade
de Luz Maior.

Natal é mais um dia
de uma Eterna Revelação ...

Inserida por Eliot

⁠Intima Impotência: diálogo -

"- Onde foste Ricardo?"
- Fui ali pedir a Deus
que me deixasse morrer! ...

"- E porque vens tão triste?!!"
- Porque Deus me disse que tenho
que viver ...

"- E isso é mau?!"
- Não! É triste ... perturbador...

"- Porquê?!"
- Porque para mim, nesta dor, viver é morrer
e morrer é viver ...

"- Ó Poeta, sempre tão confuso,
sempre a sofrer ..."

Inserida por Eliot

⁠Hoje -

E hoje?!
Que se passa hoje em meu Coração?!

Amanheceu o dia e a noite cobre-me ainda!
Estranha solidão que me aglutina os sentidos,
- dia turvo e vazio!

E onde estou?! Onde?! Onde fiquei?! ...

Ó Senhor que me não vem a menor
consolação de Ti ...
Porque me tens tão esquecido?!
Tão cego e possuído ...

Inserida por Eliot

⁠Ao Poeta /Conde de Monsaraz -

Tens em minha Casa
um lugar onde podes pernoitar
sempre que venhas.
Tens em meus braços
um ninho de amizade que te espera.
Tens em minha Alma outra Alma
que sempre esperará a tua Alma...

(Para Macedo Papança)

Inserida por Eliot

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