Amiga Mensagem Ana Maria Braga

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⁠Perdão -

Quando passaram todos e quedou silêncio
sobrou a raiz da noite onde só é presente
o que sabemos vão!

E eis que quando a dor já de ninguém
se esconde, tudo na Vida é contradição.

Senhor, Senhor que nos foi dado Amar,
porque nos afogamos nós, sem nadar,
em Águas-de-solidão?!

Perdão Senhor ... perdão ...

Inserida por Eliot

⁠Não Chorem -

Não chorem por mim quando eu morrer!
Desfolhem antes rosas brancas sobre o meu caixão.
Para que minh’Alma se eleve aos Céus,
num intimo acenar, Sem medo de vos perder …

Inserida por Eliot

⁠OS PÁSSAROS.


Como um pequno pássaro, o "filho" aprende a bater as suas próprias asas. Ensaia pequenos saltos rasteiros, também toma alguns tombos; até que finalmente, sente-se seguro para empreender voos mais complexos.

Inserida por Mariapatriolino1

⁠Poema inacabado -

Numa praia distante
ficou meu corpo abandonado!

Sonho esquecido,
coração afogado,
naufrago perdido,
abraço não dado.

Numa praia longinqua
ficou este Fado, intimo gemido,
Poema inacabado ...

Inserida por Eliot

⁠No Enterro da minha Gente -

Sou ultimo vivente
d'uma infancia mal fadada
e recordo essa gente
numa fria madrugada
onde minh'alma sò
se via sem nada! ...

Minha vida foi diferente
do que queria a minha gente!

Eles nunca me entenderam...
Eles nunca me sentiram...
Eles não me deram nada ...

E a repulsa que lhes tive,
amargura que senti
fez de mim estrangeiro em casa ...

E o que ficou dessa ferida,
nessa fria madrugada,
entre a casa abandonada
e a minh'alma sem nada?!

Ficou a morte dessa infância
no enterro da minha gente ...

E alguém mais sofrerá a dor desta distancia?!
Haverá alguém mais que assim sente?!

Qu'importa?!

Sepulto os mortos do meu sangue
nessa casa abandonada.
E repouso por fim em paz, nesta hora,
no frio da madrugada...

Eles nunca me entenderam...
Eles não me deram nada ...

Inserida por Eliot

⁠Natal ... tempo de memória -

Natal.
Tempo de Memória.
Tempo de celebração.

Celebração de um outro tempo,
de um tempo bem antigo.
Aquando d'um luminoso nascimento:
Deus no seu filho que humano
baixou à Terra!

"... e a noite se fez dia ..."
enorme acontecimento!

Não é, no entanto, velado
na poeira da História,
encapsulado em vagos sentimentos
ou preso na teia obscura da memória
que o Cristo permanece.

Revela-se na abundância
d'uma secreta mutação,
na Vibração eterna
que é a Vida da Alma.

É na presença subtil
do nosso Templo Interior,
que de novo,
em cada Ser humano,
o Cristo se manifestará:
no intimo silêncio
do Ser Interno,
na Alquimia do Sangue,
no Espaço do Incomunicavel ...

Natal é Tempo vivo,
Tempo presente ...
Natal é para todos e cada um
uma imensa oportunidade
de Luz Maior.

Natal é mais um dia
de uma Eterna Revelação ...

Inserida por Eliot

⁠Intima Impotência: diálogo -

"- Onde foste Ricardo?"
- Fui ali pedir a Deus
que me deixasse morrer! ...

"- E porque vens tão triste?!!"
- Porque Deus me disse que tenho
que viver ...

"- E isso é mau?!"
- Não! É triste ... perturbador...

"- Porquê?!"
- Porque para mim, nesta dor, viver é morrer
e morrer é viver ...

"- Ó Poeta, sempre tão confuso,
sempre a sofrer ..."

Inserida por Eliot

⁠Hoje -

E hoje?!
Que se passa hoje em meu Coração?!

Amanheceu o dia e a noite cobre-me ainda!
Estranha solidão que me aglutina os sentidos,
- dia turvo e vazio!

E onde estou?! Onde?! Onde fiquei?! ...

Ó Senhor que me não vem a menor
consolação de Ti ...
Porque me tens tão esquecido?!
Tão cego e possuído ...

Inserida por Eliot

⁠Ao Poeta /Conde de Monsaraz -

Tens em minha Casa
um lugar onde podes pernoitar
sempre que venhas.
Tens em meus braços
um ninho de amizade que te espera.
Tens em minha Alma outra Alma
que sempre esperará a tua Alma...

(Para Macedo Papança)

Inserida por Eliot

⁠Junto ao Horto -

E é aqui,
Senhor,
em horas
d'agonia,
horas-desespero,
que encontro
neste mundo
o meu lugar.
Junto ao Horto
da angustia
do vosso altar!
Só aqui me
vejo!

Ai, Senhor,
Senhor,
que me sinto
morto,
sem Luz!
E onde estás
Tu,
que de Ti
me não vem
a menor
consolação?!! ...

Ai,
meu pobre
Coração!
Navega perdido,
sem estio,
em Eterna
solidão!
Senhor,
perdão!
Se estás aí
e Te não vejo,
perdão!

Meus passos
solitários,
baços,
ingremes,
carregam
pecados
de Seres que
ja fui,
alados ...
Mortos
que não
morreram
em meu corpo
naufragados!

Angustia
de Seres calados,
em mim,
sufocados!
Desejos
que d'eles desejei,
indesejados ...

E meu fim,
Senhor,
te peço,
p'ra quando
esse-meu fim?!
Tão pedido,
desejado,
prometido?!

Levai-me,
Senhor,
levai-me
p'ra donde
eu vim!!!

Inserida por Eliot

⁠Elegia a Nós -

Eu sou
esse espaço
onde ninguém
pode habitar.
Sou essa Vida
que ninguém
pode viver.
Sou esse Fado
que ninguém
pode cantar.
Sou aquele
que ninguém
pode entender!
Eu sou alguém
que ninguém
pode tocar.
Esse
que apenas
será livre
à hora
de morrer ...
E tu!
Sempre
tão tu!
A quem
ninguém vê
mas sente!
E onde
nos perdemos?!
Onde?!
Ai de nós,
neste
desencontro,
permanente,
que
morremos,
que
morremos ...

Inserida por Eliot

⁠Hemisfério -

Só!
Assim
me vejo
além-de-mim...
Tão só!
Assim me sei
neste
hemisfério
sem fim...
E o Amor,
esse,
nunca
o encontrei!
E tanto
que o
esperei!
Ai
de quem
chora,
p'la Vida
fora,
o desamor,
de quem,
não sei ...
E o
Coração
que lhe
dei,
deixou
meu corpo
frio,
sem calor!
E
p'la solidão
do Amor,
eu sinto
que estou
morto,
pálido,
sem cor,
vazio,
distante,
que voo,
além-
-da-
-dor ...

Inserida por Eliot

⁠Louros e Acácias -

Porque regressas tu assim,
tolhido e sem pressas?!
Choram-me os olhos
adentro aos teus ...
Que entre a Vida e eu
há já o costume d'um altar
em preces absorvido,
esquecido, perdido -
- na insistência dos dias,
na persistência das horas,
frente a tua ausência que tornou,
mas que agora, ao voltar,
foi-se-me à Vida que matou!
E sem ti, e sem mim,
mormente o tempo passe,
que minh'Alma se resgate,
e que Louros e acácias,
como frias-sentinelas
em sacadas de solidão,
adornem o altar da capela
do meu triste e pobre coração!

Inserida por Eliot

⁠Regresso -

Vem, meu Amor, estou à tua espera:
meus braços abertos, serão para Ti,
como prados floridos que te abraçam
numa doce Primavera!

E surge no peito um grito, um alvoroço,
surge nos montes um cantar,
um beijo, um abraço de saudade
que se espalha pelo ar ...

Nesse momento, recordaremos o que passou,
sonhos, promessas que fizemos,
a distância ofegante que nos afastou!
Lembra-te, meu Amor, das palavras lindas que dissemos!

E seremos um Só,
nova Chama, novo Fogo!
Pois na Vida,
tudo vem e tudo vai,
só tu ficas,
meu amor, meu amor ...

Inserida por Eliot

⁠Sinto Ciúme -

Sinto ciúme
das negras nuvens a passar
das gaivotas a voar
dos corações dos amantes
e das ondas do mar ...

Sinto ciúme
da noite que chega
da morte que nos leva
da Vida que nos beija
dos lagos, dos prados e da erva ...

Sinto ciúme
do nevoeiro que nos cobre
do dia que amanhece
da Terra que sepulta
da minh'Alma que perece ...

Sinto ciúme! Eterno ciúme!
Pena negra na aza alvissima do Amor,
olhos cegos, sem cor,
corpo frio, sem calor!
Sinto ciúme - ciúme de ti

- meu amor!
- meu Amor!

Inserida por Eliot

Na Poeira dos dias que me deste -

⁠Ferido d'angustia, ajoeilhei Senhor,
na poeira dos dias que me deste ...
Rasguei um longo olhar sobre o Passado,
mas vi-te, ó Deus, sempre a meu lado!
Inda quando louco não te amei!

Ferido d'angustias, caí na poeira dos dias
que me deste ... mas ergui-me ... e segui-te!

E agora! Quem sou? Dize-me Senhor - dize-me!

Eis-me na dor, por vezes, ainda ...

- tombado e inutil, verdadeiro e igual,
ferido d'angustia na poeira dos dias
que me deste! -

Inserida por Eliot

⁠Cinzas - poesia por cumprir -

Quando lançarem ao mar
minhas cinzas,
rezem uma oração!

Pedaços de mim ao vento
ao som d'uma canção
serão lançados dum penhasco,
e num imenso respirar, intimo pulsar,
ficarão no espaço,
entre-águas-de-solidão!

E eu irei, entre nardos
e ondas de nostalgia ficarei, a pairar ...

E das águas mais profundas do meu ser
hão-de um dia ver-me emergir,
e inda que seja cinzas-entre-mar,
hão-de saber-me poesia por cumprir ...

Versos, meus versos,
imersos em saudade - meu mal!
Poemas por viver, controversos,
- pó e cinza, cinza e sal!

Inserida por Eliot

⁠Alembradura -

Horas convulsas
da minha
aldeia!
Noites sem
Lua,
dias sem
Sol,
campos de
flores,
trigo e aveia,
tantas sementes
que o espaço
alteia ...

E um monte
de estevas,
ergue ao longe,
na umbra,
uma Terra audaz!

"- Ó menino,
tu não te
atrevas ir
sozinho a
Monsaraz!"

Dizia meu Avô!
Dizia minha Avó!

Montes e vales,
rochas traiçoeiras,
hortas e vinhedos,
cercas perturbantes,
bichos e cobras,
por aí, nas eiras,
onde eu andava
dantes ...

No Outeiro!
Na minha Aldeia!

Criança sem rumo,
pelo orvalho,
diziam meus Avós,
atormentados:

"- o menino
não levou
agasalho! ..."

E quando regressava
dessas voltas,
sempre, de meus Avós,
preocupados, escutava
um ralho!

E hoje, mais só,
que dura saudade!
Desse Tempo ...
Desse Espaço ...
De meu Avô ...
De minha Avó ...

Saudade que perdura,
nessa Casa da Infância,
nesta fria-alembradura ...

Inserida por Eliot

⁠No Largo da Igreja -

Há neste recinto
uma Paz
consoladora
qu'invade
o Coração!

No altar da
capela,
a Senhora
da Orada
de branco
vestida
de flores
adornada
dá-nos a
bênção!

Alta, risonha,
de mãos postas,
cabelo a cair,
em ondas,
p'las costas!

Na fina incarnação
dos lábios seus,
descerrados,
há nenúfares
de Amor,
em seus olhos
constelados...

E Confundindo-nos
a razão frente
ao sentimento,
a Sra. da Orada
é a Luz no
Firmamento!

E segue a
Procissão
p'lo adro
da Igreja,
com tal
graça,
devoção,
qu'ilumina
as Estrelas
e engrandece
o Coração!

Tlão! Tlão! Tlão!
Soa o Sino
no torreão ...

E o Povo
com devoção
leva a Senhora
da Orada
em grande
Procissão!
Entre foguetes,
bombas, cantares
e oração ...

A Senhora
do Convento,
num andor
de madeira,
manto de seda
esvoaçando
ao vento,
brincos, anéis
de estimação,
rodeada de flores,
mãos postas
junto ao ventre,
véu branco
sobre as costas,
irradia p'la aldeia,
Amor, paz e unção ...

Inserida por Eliot

⁠Sonho Desmentido -

E porque
cheguei
de parte
alguma,
deitei-me
e adormeci!

Imaginei
que
o amanhã
era possível
e entrei
num Mundo
etéreo
e invisível!

Por lá
deambulei,
austero
e incompleto!
Um sonhador ...

... O que
procurava ...
... não sei!

Mas era tudo
tão real ...
...tão falsamente
verdade ...

... como tu!

Estranho
odor a
fantasia!

Tu
e Eu!

Um
sonho
desmentido!
Uma promessa
inacabada!

Um Nós
tão iludido,
um Eu
tão manchado,
um Só
tão perdido ...

E despertei!

O dia, real
e verdadeiro,
finalmente
acontecia!

Inserida por Eliot

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