Amiga Mensagem Ana Maria Braga

Cerca de 30123 frases e pensamentos: Amiga Mensagem Ana Maria Braga

⁠Não vale a pena amar Ninguém -

Não vale a pena amar ninguém
porque ninguém nos ama a nós
quando afinal se ama alguém
ficamos sempre mais sós.

Quando damos o que temos
a quem por nós não sente nada
até da vida nos perdemos
na solidão de qualquer estrada.

Que importa morrer de amor
quando damos o que temos?!
Ficamos presos numa dor
e onde vamos não sabemos ...

E passa a noite e a madrugada
recordando os olhos de alguém
esse alguém que não sente nada
não vale a pena amar ninguém!

Inserida por Eliot

⁠Por Instantes -

No meu corpo, por instantes,
visto as dores de quem vive
num doer que é constante
por um amor que nunca tive.

Bailam dores nos meus olhos
como as flores pelo vento
como espadas e abrolhos
baila em mim o pensamento.

E bailas tu no meu cansaço
baila a vida e a saudade
no vazio do meu regaço
bailo eu com a cidade.

E verás, quando algum dia,
tu souberes que eu parti
como até na terra fria
esperarei, amor, por ti ...

Inserida por Eliot

⁠Cama Vazia -

Quando os corpos se penetram
mas as Almas não se encontram
os corações, no peito, choram
e os olhos não se enxergam.

Quando as Almas não se enleiam
nesse instante de paixão
só há silencio e solidão
e até sentem que se odeiam.

Que a paixão é um caminho
mas não chega, sem amor,
cada um fica sózinho
em lençóis de linho e dor.

E a cama fica fria
mais fria fica a vida
fica a Alma em vão despida
em cada cama vazia.

Inserida por Eliot

⁠No meu Corpo há um lugar -

No meu corpo há um lugar
onde alegrias se aninharam
onde amores se encontraram
onde esperei o teu olhar.

E na loucura de te encontrar
dei o corpo a tantos cantos
chorei dores, chorei prantos
na distância o teu olhar.

Cortei os pulsos ao Sol-posto
não me lembro de o fazer
só me lembro de te ver
a palidez, rubra, no rosto.

Mas um dia quis morrer
na minha cama d'ilusão
e dei meu corpo à solidão
morri cansado de sofrer.

Inserida por Eliot

⁠Ódio Cansado e Liso -

Odeio a Vida que Deus me deu ...
E odeio a Deus porque ma deu
sem lha pedir!

Nem um sonho, nem um AI,
eu sem nada, despido,
feito de gritos e de espanto,
sem mãe nem pai.

Odeio a Vida que Deus me deu ...
E odeio a Deus porque ma deu
sem lha pedir!

Nem um beijo, nem um canto,
eu sem vida, cansado,
feito de espinhos e de pranto,
mal-amado, mal-amado!

Odeio a Vida que Deus me deu ...
E odeio a Deus porque ma deu
sem lha pedir!

Nem um toque, nem um corpo,
eu sem ti, que mendigo?!,
pôdre na terra, morto,
ódio cansado e liso!

Odeio a Vida que Deus me deu ...
E odeio a Deus porque ma deu
sem lha pedir!

Inserida por Eliot

⁠Solidão d'Abutre -

Minha voz traz um lamento
que hoje afundo em alto mar
e uma dor cresce no tempo
deixa a morte em seu lugar.

Que nem oiço a voz do vento
só já resta de mim pena
p'ra fugir deste tormento
vá a vida a morte venha.

No Tarot saiu a Torre
com um pássaro apeado
um Abutre que não morre
comendo outro depenado.

E quem fica que lhe ocorre?!
Nada vale o qu'inda tenha ...
Como a sorte é de quem morre
vá a vida a morte venha.

Inserida por Eliot

⁠Ontem -

Ontem a Morte que parecia só miragem
é hoje um campo de papoulas carmesim
é os passos de um romeiro em viagem
nos últimos dias que o encaminham para o fim.

Ontem a tristeza que parecia não ser nada
é hoje a roupa que carrego sobre o corpo
do silêncio que fica nas paredes desta casa
ou dos olhos que se fecham no teu rosto.

Ontem a vida que parecia tão real
é hoje um acto de vazio e contrição
é um eco de amargura, um eterno vendaval
porque o Ontem, afinal, já não volta à nossa mão.

Inserida por Eliot

⁠O meu Corpo é um Navio -

O meu corpo é um navio
que se arrasta nas marés
pelos mares sem ter frio
à deriva sem ter Fé.

Os meus olhos dois lamentos
dois cansaços que me assaltam
dois martirios, dois tormentos
duas velas que se apagam.

Num caminho sem destino
dei-me à vida sem pensar
tantas dores no caminho
tanto espinho em meu olhar.

O meu corpo é um fado
que está preso à tua imagem
meu destino está marcado
teu amor é uma miragem.

Inserida por Eliot

⁠Numa Pátria de Poetas Desterrados -

Numa Pátria de Poetas desterrados
só se vê deambular gente proscrita
corpos frios em pedra funda,
voz dorida, cor do fado,
assim vivem tantas vidas ...

Eu lamento ser desterrado
também eu gente proscrita
minha cruz é pedra funda
minha voz calou o fado
e até minh'Alma está perdida ...

Dizem que a vida não acaba!
Que é eterna e não tem fim!
Mas que mentira tão piedosa!
Pois há gente que nos mata
com palavras, de uma forma fabulosa...

É solene o meu cansaço
é pesado o meu lamento
dou à vida o que não tenho
pois no peso do que faço
está a morte de onde venho ...

Inserida por Eliot

⁠Eu:

- ... dizes não me ver há muito tempo
pois eu esperava não te ver nunca mais!


P.S./ A uma quina do destino ao reencontrar fortuitamente alguém que dizia que me amava e partiu sem despedidas...

Inserida por Eliot

⁠Saudade que Agito -

Foste embora e morri
dia a dia não te vi
que triste é a nossa vida;
e na saudade que agito
a minh'Alma num grito
pede à vida outra vida!

Mas este canto na voz
não me deixa ficar a sós
e vai falando de ti;
coração do meu coração
que me grita em solidão
no mais calado de mim!

Nos poemas que cantei
quantas horas te esperei
só eu sei o que sofri;
contra ti e contra a vida
contra a dor da despedida
foste embora e morri!

Inserida por Eliot

⁠Sombras Aflitas -

Trago o meu olhar vazio
no vazio da solidão
trago o destino marcado
e o meu corpo cansado
sem Alma nem Coração.

Peço à Vida coragem
peço à Vida mais Vida
que a luz do meu olhar
tal como as ondas do mar
por mim passa de corrida.

Na ausência do meu quarto
no silêncio desta cama
nas palavras que me gritas
entre sombras aflitas
está a dor de quem te ama.

Ponho os olhos no teu corpo
é um sonho, não me iludo,
tantas horas paradas
em palavras esmagadas
que me deixam quase mudo.

Inserida por Eliot

⁠A Morte -

A morte é um campo de alfazema e alecrim,
um canteiro d'açucenas, rosas brancas,
traz um cheiro de malvasia e jasmim,
pairando triste de amargura, sobre as campas!

A morte é um anjo que esvoaça pelos Céus,
é um lírio, é um grito de vingança,
é a porta que nos leva um dia a Deus,
o silencio d'um adulto ou um choro de criança!

A morte é o claustro denso d'um convento,
a tela d'um pintor, pintada ou em branco,
o espaço que viaja, cada átomo do tempo,
é a pauta que se lê e dá suporte ao canto!

A morte é apenas o silencio da passagem,
destino que nos espera, ali, mais adiante,
todos a seu tempo, não é miragem,
verdade que nos despe, mais perto ou mais distante!

Inserida por Eliot

⁠Estou de Volta -

Estou de volta!
Não sei se alguma vez parti ...
Estou de volta!
Fui amado, esquecido, fugi ...
Estou de volta!
No silencio das tardes
transparentes que perdi ...
Estou de volta!
Nem sei o que senti ...
Entre quatro paredes densas
numa eterna e profunda solidão,
estou de volta, mas morri!

Inserida por Eliot

⁠Adeus Mãe -

Adeus mãe, quero morrer
vou partir p'ra qualquer parte
vou-me embora p'ra esquecer!
Vou aonde?! Ninguém sabe!

Vou além do que é possivel
adeus mãe, quero morrer
este mundo é invisivel
quero dele me perder!

Nunca soube onde viver
nada fui e nada sou
adeus mãe, quero morrer
não sei bem aonde vou!

Já não quero o amanhã
o amanhã faz-me sofrer
minha vida foi tão estranha
adeus mãe, quero morrer!

Inserida por Eliot

⁠Desabafo Profundo -

Passam dias que não vejo
o horizonte!
Passam horas que não sinto
a Luz da vida!
Não vejo quem me entenda
nem aceite ...

Que triste ser eu!
Eu por mim. Eu sozinho.
De mim a mim ...
Do berço até aqui,
daqui até à cova!
Minha angustia tão velha,
tão nova!
Tão perto e distante
daquela hora fria
em que nasci!

Levo aos ombros solidão,
o peso do Passado ...
Visto dor, culpas e cansaços;
levo pragas e lamentos
no silencio dos meus braços.

Meus olhos calados
num rosto adormecido
ausentes, fechados
num destino perdido!

Ninguém vê, ninguém sente,
ninguém, ninguém ...
E como dói este desdém!

Quando um dia eu morrer
terão pena, é verdade
mas nunca irão entender
o porquê de eu não saber
ser mais forte que a saudade!

Inserida por Eliot

⁠Não quero mais -

Não quero mais do que a minha solidão
não quero mais do que é possível conhecer
os versos de que me alimento, como pão,
não quero mais do que é possível entender!

Não quero mais do que a vida pode dar
não quero mais do que tenho dentro em mim
só aquilo que o tempo a cada dia vai tirar
não quero mais do que fugir de um triste fim!

Não quero mais do que passar pela vida indiferente
não quero que falem ou digam - "está a mais!"
quero que saibam que de todos fui diferente,
tal desprezo, já não quero, não quero mais!

Inserida por Eliot

⁠Na Capela da Casa do Outeiro -

Na Capela da Casa do Outeiro
há uma coisa que é de véras singular,
uma Virgem, no altar, emana o cheiro
d'uma rosa, que alguém está prestes a cortar!

Do outro lado, o Senhor Jesus dos Passos
veste o roxo d'um lírio, pelo campo,
que à deriva, a cada canto, dá abraços,
a quem, como Ele, traz nos olhos dor e espanto!

Ao alto, numa tela, está o Senhor dos Martyrios
que imponente, na parede, dá a bênção,
iluminado no altar, pela graça de dois cyrios!

Na mesa, ao centro, está Jesus Crucificado
numa profunda e imensa solidão,
pendurado numa Cruz, triste, só e abandonado!

Inserida por Eliot

⁠Renúncia -

Num jardim abandonado
plantei dores, nasceu fado
entre espinhos e abrolhos;
tu partiste, meu amor
reguei teu corpo, na dor
com a água dos meus olhos!

Não consigo adormecer
como é que posso esquecer
que a ti me dei por inteiro;
mas não me quero lembrar
que à noite canto a chorar
sinto falta do teu cheiro!

Terás dor no teu olhar
quando me vires passar
pisando o teu coração;
que até as pedras da rua
sabem que a culpa é só tua
p'lo fim da nossa paixão!

E quando a morte chegar
talvez te possas lembrar
dos meus olhos sem destino;
já não terás os meus braços
e no vazio dos meus passos
seguirei outro caminho!

Inserida por Eliot

⁠Porque foges meu Amor -

Porque foges meu amor
aos braços desta paixão
e me deixas ao sabor
dos ventos da solidão?!
Porque foges meu amor
aos braços desta paixão!

Porque dizes meu amor
o nosso amor está cansado
que preferes esta dor
sofrer num quarto fechado?!
Porque dizes meu amor
o nosso amor está cansado!

Meu amor se tu soubesses
perder-te eu já não suporto
porque foges; não aqueces
o frio que veste o meu corpo?!
Meu amor se tu soubesses
o frio que eu levo no corpo!

Eu preciso de te ver
amor não sejas ruím
eu preciso de saber
se ainda gostas de mim!
Eu preciso de saber
amor, amor se é o fim ...

Inserida por Eliot

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