Amiga Mensagem Ana Maria Braga

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⁠Um Tempo -

E o Tempo pára-me por dentro!
E o Tempo pára-me por fora!

E há em mim um Tempo cadente,
há em mim um Tempo Passado,
sem vida nem encanto
de mim esquecido, perdido, calado!

E o Tempo finge não ser Tempo!
E o Tempo deseja não ser Tempo!

E há por mim alguém que grita,
há alguém na minha cama,
um lamento que se alinha, que se agita,
conforme agita a voz de quem me chama!

Inserida por Eliot

⁠Pão -

Há tantos barcos ancorados
no cais de uma paixão
tantos olhos rejeitados
na raiz de um coração.

Há tantos corpos mutilados
que procuram salvação
tantos Homens aninhados
em lençóis de solidão.

Há tantos olhos enganados
sem porquê nem razão
vivem dias parados
trazem mágoas na mão.

Há tantos gestos de culpados
que se culpam sem razão
na verdade há muitos lados
p'ra quem precisa de pão.

Inserida por Eliot

⁠Fúria Lavrada -

Há dias que desejamos estar mortos!
Há noites em que choramos em vão!
Dizem que vivemos nos corpos ...
Mas da vida só vejo podridão.

Há horas que somos vermes sem casa!
Há segundos que sufocamos um grito!
Dizem que a vida não está gasta ...
É mentira! Eu não acredito.

Há gente qu'inda pensa em ser feliz!
Há outras que só estancam o sangue!
Sabem aquilo que a vida não diz ...
Vê-se nos olhos, seu rosto, exangue.

Há viúvas que choram seus mortos!
Há filhos que odeiam seus pais!
Há pais que sepultam seus corpos ...
Dão à terra, seus filhos, como animais.

Há dias em que o pranto seca na face!
Há noites que se ouve uma voz impiedosa!
Acredita-se em Deus como se isso bastasse...
Mas tudo termina em morte vagarosa.

Inserida por Eliot

⁠Súplica Vã -

Quem me dera dormir e não acordar mais
nessas horas em que o sono me trespassa
quem me dera ser a causa dos teus ais
nessas noites, em que só, tu não me abraças.

Se tu soubesses meu amor, ai se tu soubesses
quanto espero ver ainda o teu olhar
não ias pela vida como quem esquece
que um dia nos amámos sem esperar.

Se eu pudesse meu amor, ai se eu pudesse
se eu pudesse ser um pranto em tua voz
chorava a noite que me dói e arrefece
quando longe o teu olhar me deixa só.

Se tu pudesses tocar o meu lamento
que se veste de loucura e solidão
este luto que me pesa, meu tormento
teria a cor das aves, brancas, ao serão.

Inserida por Eliot

⁠Eu tenho um Fado -

Eu tenho um fado na mão
tua culpa, meu pecado
mas não te peço perdão
por me dar assim ao fado.
Eu tenho um fado na mão
tua culpa, meu pecado.

Eu tenho um fado na voz
que se amarra no teu Seio
agora estamos mais sós
amor que foi e não veio.
Eu tenho um fado na voz
que se amarra no teu Seio.

Eu tenho um fado no peito
que só canto por te amar
meu corpo, ferido, no leito
'inda espera o teu olhar.
Eu tenho um fado no peito
que só canto por te amar.

Eu tenho um fado na Alma
que é dolencia e solidão
um fado que não me acalma
e que me rasga o coração.
Eu tenho um fado na Alma
que é dolencia e solidão.

Inserida por Eliot

⁠4 Letras -

Quatro letras me recordam o amor
embaladas no meu corpo de paixão
quatro pétalas caídas tem a flor
esperando ter ainda uma afeição.

Quatro dores se me dão à despedida
quatro zangas me separam desse amor
quatro mastros nos são dados pela vida
tantos sonhos numa barca além da dor.

Quatro Povos nos deram solidão
quando a vida amanheceu e começou
quatro vozes nos sangraram o coração
mal o fado p'las vielas se espalhou.

São quatro esses lamentos qu'inda canto
pelas noites que me abraçam ao serão
são quatro as minhas culpas que levanto
na tristeza dos meus versos d'ilusão.

Inserida por Eliot

⁠Quando a Cruz foi Erguida -

Quando a cruz, ao alto, foi erguida,
e nela, suspenso, Jesus Cristo,
no Céu, um trovão, rasgou a vida,
nunca, nada assim, se tinha visto.

Havia tanta dor junto a Jesus ...
Sua mãe, vestia luto e solidão,
pois ao alto, seu filho, numa cruz,
como um triste condenado, sem razão.

E na tristeza de tão perdido olhar,
trazia sete dores numa mão,
e no peito, sete espadas a brilhar.

Quando, pelo Céu, o trovão soou,
as espadas, no seu peito, eu vi entrar,
eis quando nessa cruz - Jesus - expirou!

Inserida por Eliot

⁠Na Rota do Vazio -

Trago num pensar feito de nadas
memórias que um dia serão morte
não lamento se as horas estão contadas
não sinto do meu corpo as passadas
passam breves, não é que isso me importe
afinal, minhas asas estão quebradas!

Já não tenho as asas que antes tive
no meu dorso as sinto consumindo
regresso a cada sitio onde estive
àqueles onde a morte fui vestindo
nada lá encontro, nada vive
tudo a cada dia vai fugindo!

Já não tenho esse regaço onde dormi
já não sinto o teu olhar profundo
já não sei daquela vida que vivi
daqueles versos que outrora te escrevi
da vontade de ser dono do mundo
quando afinal vivia só p'ra ti!

Inserida por Eliot

⁠Confissão -

Ó pobre vida vivida
sempre à margem do amor
sei que te sentes perdida
ao veres-te assim envolvida
na solidão e na dor.

Não chores vida vivida
porque a esperança não morreu
não és folha caída
não és vida vencida
dá-lhe o que Ela não te deu.

Até um forte vendaval
ou tempestade no mar
são destino, são sinal
de que a vida bem ou mal
tem um dia que acabar.

Numa estrada sem destino
com destino ao coração
num silêncio que encaminho
tantas vezes em desalinho
só encontro a solidão.

Inserida por Eliot

⁠Saudade e Desamor -

A saudade vem de longe
como vem a solidão
vem à pressa, vem a monte
no pulsar de um coração.

A saudade é coisa rara
é vazio em pedra fria
é um berço que m'embala
nesta dor em triste dia.

Traz saudade o teu amor
traz silêncio o teu olhar
da saudade ao desamor
é traçado o meu penar.

Não me esqueço da saudade
por não ter saudade tua
já não tenho liberdade
que a saudade continua.

Inserida por Eliot

⁠Sem Retorno -

Foi na rua dos teus braços
junto à porta da capela
que fiquei apaixonado;
pois do alto da janela
teu olhar imaculado
era a estrela da viela.

Dar-te um beijo quem me dera
delicado como a flor
no teu rosto sem idade;
mas quem espera, desespera
que a saudade e o amor
andam juntos na verdade.

Meu amor é fria a vida
como as dores que se estendem
desde a noite à madrugada;
e os teus olhos, minha querida
não me vêem nem entendem
nesta voz amargurada.

E ainda, creio, agora,
que a ternura nos renega
mas o amor não tem idade;
quem não espera vai embora
vai embora e desespera
no silencio da saudade.

Inserida por Eliot

⁠Quando o Amor Acontece -

Quando o Amor nos acontece
damos à vida outra vida;
o coração o reconhece
e a vida até parece
não passar tão de fugida.

Quem não ama não entende
que o amor é coisa rara;
e ai de quem nunca pretende
numa estrada que se estende
dar à vida mais que nada.

Mas quem espera sempre alcança
vai-se a dor e o quebranto;
e ai dos olhos de quem ama
quando o nosso nome chama
traz um brilho no encanto.

Quando a vida até parece
ser eterna despedida;
eis que alguém nos aparece
eis que o amor nos acontece
damos à vida outra vida.

Inserida por Eliot

⁠Ao Acaso dos Sentidos -

Com a faca dos sentidos
faço um buraco no tempo
e dos sonhos esquecidos
nasce a dor do pensamento.

Há tantos corpos fechados
acrisolados no medo
tantos homens desterrados
por guardarem segredos.

Há tantos olhos de pedra
chorando lágrimas de cal
num silencio quem dera
fossem lágrimas de Portugal.

Há gente morrendo ao frio
com tantas facas por dentro
e alguém se atira ao rio
por viver no esquecimento.

Minha faca já não rasga
a raiz da solidão
a vontade já está gasta
e até eu já sou em vão.

Como silêncio que se aborta
há um tormento na voz
há uma faca que corta
e nos separa de nós.

Inserida por Eliot

⁠AMO GENTE!
Quando eu digo amo gente, é, na minha percepção gente, filhos de Deus. São essas gentes que amam e respeita o seu semelhante, que cuidam e zelam dos seus bichos de estimação cuidam e contribui com o equilíbrio natureza, fauna e flora separa os matérias recicláveis. São estas as pessoas que eu reverencio, no meu, amo gente!.

Inserida por ZenildamdaConceiao

⁠Ai meu Amor -

Se o partir for
como te amar
ai meu amor
não me deixes abalar!

Se o morrer for
como adormecer
ai meu amor
como eu quero morrer!

E se o viver for
como acordar
ai meu amor
eu não quero voltar!

Inserida por Eliot

⁠Triste Fim -

Quando um dia a minha dor
já não for p'ra ti amor
um motivo p'ra pensar;
quero em ti adormecer
quero em ti poder morrer
digo adeus, parto a chorar!

Mas eu não posso partir
sem pensar no que há-de vir
lá longe dentro de mim;
é partir, é não te ver
nunca mais por ti sofrer
é p'ra nós um triste fim!

Numa tarde em que chovia
não era noite, era dia
alguém te disse que eu morri;
um do outro longe enfim
vais saber que mesmo assim
'inda espero, amor, por ti!

Inserida por Eliot

⁠Quando Passo entre as Gentes -

Quando passo entre as gentes
essa gente que não sente
quanto dói meu coração;
sinto o peso do Passado
como alguém que é exilado
no silencio em solidão.

Quando passo entre as gentes
sinto em mim que novamente
me condenam sem ter fim;
eu sou eu e hei-de ser
nunca me vão entender
por ser eu por ser assim.

Não é fácil ser quem sou
eu nem sei porque me dou
a quem tão perto não me sente;
visto a cor da solidão
como a dor de uma prisão
quando passo entre as gentes.

Inserida por Eliot

Campo de Batalha -

⁠Sou um campo de batalha
onde a contenda é travada
e o meu corpo é a mortalha
de uma guerra inacabada!

Um sou eu desde que nasci
com um peso sem idade
outro o Poeta que recebi
e me castra a liberdade!

Dois que em não se entendiam
num confronto imortal
dois que em mim não percebiam
o quanto o corpo era mortal!

E como a lava de um vulcão
ou a cinza da lareira
resta nada e solidão
junto à minha cabeceira!

Inserida por Eliot

⁠Os meus olhos bebem Fado -

Os meus olhos bebem fado
e o meu corpo solidão
ai de mim preso ao passado;
levo a dor na minha mão
deste Sol que está cansado
de nascer em dia vão!

A minha boca bebe fado
nunca mais verei o dia
só há sombras a meu lado;
já não sinto alegria
sou um pássaro errado
na rota da poesia!

E nesse longe onde fiquei
num jardim abandonado
dei-me tanto que nem sei;
se o poeta ao meu lado
foi verdade ou se o sonhei ...
A minha Alma bebe Fado!

Inserida por Eliot

⁠Cadáver -

Já não tenho lágrimas nos meus olhos
excessivamente abertos
para aljofrar o cadáver podre da infância!

Esse morto que não morre
esse vazio que não enche
essa espada, esse abismo
essa faca de dois gumes
ferida que não sara
sangue que não estanca
dor, angustia e solidão ...

Já não tenho lágrimas nos meus olhos
excessivamente abertos
para aljofrar o cadáver podre da infância!

Esse poço de água suja
esse olhar que não desolha
essa terra de ninguém
esse aborto que apodrece
dor que gera dor
mentira que me enreda
pobre sombra desmaiada ...

Já não tenho lágrimas nos meus olhos
excessivamente abertos
para aljofrar o cadáver podre da infância!

Esse rosto sem ternura
esse corpo mutilado
esse olhar pesado e cego
esse filho indiferente
órfão de alegria
sem mãe nem pai
numa tumba sepultado ...

Já não tenho lágrimas nos meus olhos
excessivamente abertos
para aljofrar o cadáver podre da infância!

Inserida por Eliot

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