Amiga Mensagem Ana Maria Braga

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⁠O que Nunca te Direi -

Minha vida, sete dores,
à deriva pelo peito,
sete esperanças, sete flores,
que lhes tomam o jeito.

Se eu te pudesse contar
o que nunca te direi
tu ficavas a falar
deste amor a que me dei.

A tristeza ao cantar
vem da saudade sentida
nunca quis saber rezar
nesta ângustia desmedida.

E por este sentimento
que me consome no leito
tenho pena e lamento
trago estas dores no peito.

Inserida por Eliot

⁠Triste Balada -

Ái minha vida perdida
que a vivi n'outra vida
minha dura memória!

Ái meu lamento sentido
meu punhal desabrido
sem tempo nem glória!

Ái minha história doida
meu lastro de ferida
na raiz da memória!

Ái minha vida sem nada
de nada marcada
verdade sem história!

Meu caminho sem estrada
minha triste balada
na dolência da Vida!

Inserida por Eliot

⁠Contrariedade -

Passei a Vida a desejar a morte,
agora, prestes a morrer,
quero tanto à Vida!

Inserida por Eliot

⁠Não sei se fui eu quem usou a poesia
se foi a poesia quem me usou a mim!

Não sei ...

Inserida por Eliot

⁠- Quem és?!
Perguntaram-me certa vez.

Respondi:

- Sou e serei tudo o que resta quando tudo o mais que existe se transformar em pó. Sou Poeta! Sou Poeta!

Inserida por Eliot

⁠Outra Perspectiva -

Entre mim e a vida há outra perspectiva!
Uma angustia ou realidade que se põe
num lenço que me açena à despedida.
Uma partida indiscreta que se impõe ...
A partida é agora, o destino é ser Poeta!

Da aurora sem sentido que nasceu
vejo as vagas ondas que m'inspiram,
sinto o outro Eu que deixei e se perdeu
nos versos dos Poetas que morreram ...
A viagem não tem fim, a chegada sabe Deus!

Na calma indiscreta d'uma vida a navegar,
levo o barco do tormento pelo mar da solidão
e não encontro aquele porto ainda por achar
que amarra o pensamento ao cais do coração.
É o punho do Poeta aliado a um lamento!

Inserida por Eliot

⁠À Beira de um Poema -

À beira de um poema
lembro a noite que então havia ...
Fecho os olhos, morre o dia,
onde foste coração
num morrer que me doia?!
À beira de um destino
fui além do meu tormento
sem verdade nem tino
com a cruz no pensamento!
Num sentir que me tortura
num viver que não sentia
sobre a minha sepultura
nem uma cruz havia...

Inserida por Eliot

⁠Desabafo -

Trago no meu corpo uma verdade ...
Uma busca insaciável!
Um não sei quê que me vive,
que me alcança, que me escorre ...
Trago o halo de uma espada.
Trago a vida por viver
Ou as glórias alcançadas
Só a ti não trago e quero ter!

Inserida por Eliot

⁠A Culpa do Poeta -

Minha mãe eu sou poeta
num mundo sem sentido
a lágrima d'um Touro, (asceta)
que da manada está perdido ...

Não estou vivo nem estou morto!
Minha mãe que culpa tens?...
Não tens culpa deste aborto!
Diz-me ó morte quando vens!!...

Minha mãe de quem a culpa
se não é minha nem é tua?!
Quem me deu a triste luta
que m'enlouquece pela rua?!

Sou o grito d'um vulcão
que quer a terra prometida,
que mentira d'alcatrão
numa estrada à deriva!

Sou culpa e condenado,
assassino sem ter morto,
sou um preso não julgado
nas cadeias deste corpo.

E que culpa terei eu
de estar vivo num caixão?!
O destino quem mo deu
foi alguém sem coração ...

E que culpa tem a vida
deste gosto amargo e doce
que uma gente desconhecida
ao meu corpo sempre trouxe?!

Vou pegar o meu destino
como um touro em plena Praça!
Mas a Glória do bovino
é ser morto por ter raça!

Fecho os olhos, lembro a vida,
ai esquece-la quem me dera,
minha ânsia consumida
é só culpa do Poeta!

Inserida por Eliot

⁠Barco à Vela -

Às longas madrugadas eu me dei
num pulsar que me arrepia a solidão
foi nelas que na vida me encontrei
na rota do meu forte coração.

De longe vem o grito da partida
que me traz e que me leva além de ti
minh’Alma numa ânsia proibida
procura o infinito que há em mim.

Ao leme do meu barco vai a dor,
na proa levo a Glória d’outros tempos,
nos mastros vão as velas do amor,
soprando pelo mar, são novos ventos.

Parti p’las madrugadas sem destino
parti rompendo o mar da solidão
num grito que me rasga eu domino
a tristeza que me assalta o coração.

Inserida por Eliot

⁠Razão e Pó -

Somos qualquer coisa de tão efémero
como o pó das estrelas pelo Céu,
somos a ângustia à deriva no etéreo
guiados p'lo destino à mão de Deus.

Somos na verdade o pó da Vida
num corpo que dá forma à razão,
somos realidade, nunca antes concebida,
que Deus põe no pulsar do coração.

Somos uma busca incansavel
num eterno prometido p´los avós,
navegamos numa busca insaciável
e afinal encontramo-nos tão sós.

E a procura é mais alta do que a morte,
a morte mais desejada do que a vida,
a Vida arrefecida em cada morgue
e a morgue uma tristeza desinibida.

Faço dos meus versos autópsia à solidão
num corpo que JAZ foi e JAZ não é,
num destino que procura ter razão,
sou morto sem caixão sem verdade nem fé.

Este não saber quem sou sem pensamento,
esta vontade de morrer qu'inda me abraça,
é loucura, é dolência, é tormento
que atravessa o meu destino e me trespassa.

Inserida por Eliot

⁠Medo de Amar -


Diz-me porque temes tu amar-me?!
Porque temes ouvir a minha voz?!
Porque temes o meu corpo,
os meus beijos, o meu olhar?!

Diz-me meu amor,
diz-me porque queres ficar só, com o mar!
Porque aceitas o teu medo
e rejeitas meu amor ...
Porque travas este impulso,
porque travas a entrega
que nos leva além da dor?!

Meu ser, vazio de ti,
teu ser, longe de mim ...

Que sentido há no sentido de fugir?!
Obstante solidão que se aninha sem ter jeito,
em nós! Meu peito! Meu peito!
Tão só ... sem ti ... sem ti ...

Inserida por Eliot

⁠Trago um Silêncio -

Trago um silêncio nocturno
no meu corpo de lilases
das noites que não durmo
dos abraços que não trazes.

Trago um silêncio de sombras
num toque de matizes
do calice que não tomas
das palavras que não dizes.

Trago um silêncio de criança
numa espera inacabada
na loucura da lembrança
da minh'Alma enamorada.

Trago um silêncio sem sentido
nestes versos que compus
trago o meu olhar perdido
na tua pele que me seduz.

Trago um silêncio de rosas
no campo dos meus dias
trago sonhos com asas
rasgando as ventanias.

Trago um silêncio de mel
no eco do teu nome
lembro o toque da tua pele
num desejo que me consome.

E és tu esse silêncio
essa espera em que naufrago
és o barco dos meus dias
que no peito ainda guardo.

Inserida por Eliot

⁠Não Procures a Solidão -

Não procures a solidão
sem saber de onde ela vem
deixa-a ficar sossegada
a solidão é dor errada
no peito de quem a tem.

Não procures a solidão
que ela vai atras de ti
solidão, vazio e nada
traz a vida já cansada
a solidão não está aqui.

Nāo procures a solidão
na saudade ou no amor
na tristeza ou na loucura
solidão é dor sem cura
sem remédio nem pudor.

Da tristeza à saudade
vai a vida como é
Solidão é dor parada
é palavra mal-amada
de um poeta já sem fé.

Inserida por Eliot

⁠Solidão - Cansaço -

Solidão é cinza
silêncio, pó e nada,
solidão é gente,
à deriva, abandonada.

Solidão é ferida
ângustia e vaidade
é dor, lamento e culpa
numa teia de saudade.

Ai solidão - cansaço
que nos veste o coração
prende a vida a um regaço
numa dor pregada ao chão.

Inserida por Eliot

⁠De Ti -

De ti só quero as cores
das rosas que escolhestes
dos poemas que escreveste ...
De ti só quero as cores
das palavras que disseste
das esperanças que me deste ...

De ti só quero a vida
que nasceu da terra brava
e num impulso se fez lava ...
De ti só quero a vida
de uma aurora que me lavra
sem destino nem palavra ...

De ti só quero o infinito
que transcende a ilusão
e me leva a solidão ....
De ti só quero ter sido
o Amor que não é vão
nascido erva em pobre chão ...

De ti só quero ter
o impossivel que nós somos ....
De ti! Só de ti!

Inserida por Eliot

⁠Tarot -

No principio era o nada
e o nada era tudo,
era frio, água gelada
e o meu corpo era luto.

Mas do nada se fez tudo
quando em versos me falaste
dos teus olhos fiz um escudo
mas d'um sonho não passaste.

Tua voz sem sentimento
no passar das horas breves,
foi a dor, o sofrimento
que não quero que me leves.

De ti o nada me ficou
como roupa sem razão
e visto o nada que passou
no meu corpo de solidão.

Inserida por Eliot

⁠Termo sem Fim -

E então cheguei ao fim!
Gritei por Deus e foi em vão,
Ele nem olhou p'ra mim,
fiquei só, caido ao chão ...

E o que dizer das preces que lhe fiz?
Que as fiz sem mesmo acreditar
que as fazia num chorar que vem de mim
deixando as minhas penas pelo ar ...

Rezar p'ra quê se nem Deus ja pensa em mim?
Chorar porquê se ninguem me ouve nem me quer?
Cantar o quê se a minha voz chegou ao fim?
Pois vou sem rumo vivendo o nada que vier!!!

Inserida por Eliot

⁠Lágrima Contida -

Num encontro ou num olhar
procuramos em alguém
um amor que saiba amar
sem mentira nem desdem.

Ilusão que só nos prende
às amarras da loucura
da tristeza que se estende
ao amor que não tem cura.

E há um grito que magoa
quando alguém nos faz doer
há um lirio que destoa
pelos campos a morrer.

E uma lágrima contida
corre a face da solidão
basta a esperança estar perdida
p'ra sofrer um coração.

Inserida por Eliot

⁠Gastei a Vida -

Gastei a Vida
numa espera inutil
numa esperança vã!
Gastei a vida
numa dor sombria
em loucura sã!

Gastei a vida
na alegria que não tive
a pensar no que sobrou!
Gastei a vida
e a vida que escolhi
foi a vida que passou!

Gastei a vida
numa espiral inversa
que tudo me levou!
Gastei a vida
uma flor que nasceu
e nos campos secou!

Gastei a vida
a escrever poemas
num papel cansado!
Gastei a vida
a pensar na morte
a cantar o fado!

Gastei a vida
num suspiro errado
num pensar sombrio!
Gastei a vida
chegou a morte
morri de frio ...

Inserida por Eliot

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