Alucinações
eu tento fingir que as alucinações não me assustam, mas... Bem lá no fundo, sei que estou desesperada e com medo.
Tempo...
Um minuto parece um século
Eu espero e rezo
Que esses minutos
Sejam alucinações minha.
Pois o segundos perversos,
São até demais duradouros.
Fico sem o que fazer, sem o que pensar.
Até crio desgosto por meus versos.
Entro em taquicardia
Convulsiono verborragicamente
No entre da psicopatia analógica.
Paro por um minuto
e vejo quantos segundos vivi
Somo uma constante
Ponho na tangente.
Em suma
Tudo resolve-se em milésimos
De segundos.
Suramérica,
terra virada
em sanções,
conspirações,
eleições,
alucinações
e repressões.
Por aqui nem
eu sou mais a
mesma: até o
meu Brasil que
era lugar de falar
não pode mais
se expressar.
Temos que ter
cuidado porque
até no cotidiano
querem nos
censurar e não foi
diferente com
os universitários
que o Judiciário
tentou os calar.
Foi cena
de censura
bem na sua
cara que
afrontou
de maneira
explícita
o direito de
manifestação,
não tente me
convencer
que não.
Não há como
fingir que
não viu e não
ocorreu
tal tirania,
pois não
me permito
ignorar
ou banalizar,
antecipo
a minha
queixa
porque
não quero
jamais
pagar
para ver,
versejo
para não
esquecer.
"DESNORTEADO NA VIDA"
Andei sem rumo lacrimejando
Descanso e sem camisa
No meio da estrada com eternas faixas
Procurei eternas vezes nos mundo em que eu vivo
Alguém que partiu e partiu com meu coração
Lá no teu mundo Teresa
Descanse em paz e na clareza
E eu não meu mundinho descanso em guerra
No escuro e cercado com memórias eternas
Que criam delírios e alucinações na minha vida
E por tua partida
Ficou desnorteada toda a minha vida
À quem chamarei de querida neste mundinho!
A minha alucinação ou a tua fotografia?
Responda-me lá no teu mundo de finados
Ou fino também para enxergar o teu belo sorriso
Mas não sei se o teu mundo existe mesmo?
Se existe reserve um palácio de dois amados
Para estarmos juntos outra vez e para sempre.
Usei a palavra "realidade", porque era uma premissa básica no sistema de crenças de Dom Juan que os estados de consciência provocados pela ingestão de qualquer daquelas três plantas não eram alucinações, e sim aspectos concretos, embora não comuns, da realidade da vida quotidiana.
Era um amor quase platônico.
O amor entre a Agulha e a Pele.
Havia um esforço mútuo para que elas não se vissem.
Mas esse encontro era inevitável.
Ao se encostarem, a magia, ou feitiço, se realizava.
Vagavam pelo corpo, noite adentro, perdidos em seus anseios, em suas alucinações.
Mas, mais forte que esse amor, era a dor que ele trazia.
Então, num rompante, elas se separavam e juravam nunca mais se encostar.
O único descrente nessa promessa era o Corpo, condenado a presenciar calado o encontro desses eternos amantes.
..."Meia dúzia de loucos não podem modificar as tradições milenares que regem a natureza humana por conta de seus problemas mentais." ... Ricardo Fischer.
