Alma
Por fim, descobri:
não é preciso dizer tudo, nem mostrar a certidão da alma.
A verdade que importa mora na parte do iceberg
que ninguém enxerga —
e se alguém insiste em cavar o que não lhe cabe,
é só porque teme o vazio do próprio terreno.
Então, se perguntarem quem sou,
respondo com um sorriso meio torto, meio santo:
— Sou o que restou depois que parei de tentar ser qualquer outra coisa.
Se uma pessoa chora
Não a julgue antes de saber
As lágrimas estão lavando a alma
Tirando tudo de ruim guardadas no coração e na alma
Seja porque foi magoado
E também porque não quer falar, magoar o outro
Principalmente se essa pessoa for uma pisciana
Porque mesmo magoada
Não quer causar um estrago no outro
Uma pisciana machucada, faz cair tempestades até inundar tudo a sua volta
Faz um estrago que talvez não terá volta
Pois então
Quando ver o mesmo chorando
Não o chame de fraco
Ou dramático
Porque ele é tudo, menos isso
Ele está se afogando no próprio mar
Para não te magoar
Fui, por tempos,
o mais ingênuo dos poetas.
Traduzi minha alma em escritos,
ofertados a rostos que jamais souberam ler;
justamente por esconderem-se atrás de máscaras.
As palavras — essas que julguei importantes —,
definhavam-se à medida do correr do tempo.
Então, tornaram-se meras lembranças do que poderiam ser:
pontes de transformação,
não muros de adorno.
Foi à escuridão do meu quarto —
a única leal que me restou —
que compreendi:
não era a beleza que faltava aos versos,
mas o merecimento dos olhos.
Toda poesia é imperfeita,
como todo homem;
e é essa a essência da natureza.
Os dissimulados, na vã procura do eterno,
hão de pasmar-se aos espasmos da tênue verdade.
Agora, ao ausentar-me,
deixo um rastro de luz contida —
mínima, talvez,
mas real.
Aqueles que um dia lerem,
não mais embuçados
— com a alma aberta —,
sentirão o brilho de minha partícula viva,
explodindo no silêncio cósmico.
“Não fui lido,
mas fui real.”
Te encontrei no silêncio que acalma meu ser,
como brisa que toca, faz a alma florescer.
Teus olhos, faróis que iluminam meu cais,
me guiam nos mares dos sonhos reais.
Teu riso é abrigo, teu toque é canção,
que embala o amor no compasso do coração.
És porto seguro, razão do meu verso,
meu mundo, meu tudo, meu universo.
Minhas palavras vestem o humor da minha alma. A filosofia não é uma técnica de escrita — é um grito do coração. Ela deve ser sentida antes de ser dita.
Aprendi com uma alma antiga que a amizade é um eco, não um laço. Os colegas partem como fumaça, e tudo o que resta são fragmentos — grãos perdidos da imensidão
é que você não entende o brilho da minha alma
as cicatrizes que tem no meu peito
porque tentam me crucificar desse jeito
não sabe de onde veio, esse minha vontade pra continuar
só tenta ao menos uma vez
se por em meu lugar
você não conhece minhas dores
não sabe onde quero chegar
desconhece totalmente meus amores
meus gosto
minha rotina cansativa
o tipo de música que eu ouço
meu corre, minha perspectiva
conhece a sensação de se sentir vazio ?
mesmo assim de nada ter medo
sentindo na pele um pesadelo
na luta diária com seus pensamentos
desabafos ou apenas palavras ao vento
além da razão e do ódio
além dos seus sentimentos
além dos limites do tempo
eu sou só mais um neguinho
que nunca se abateu por lamentos.
Há dias em que o sol parece distante,
e o mundo pesa nos ombros como chumbo.
A alma, em silêncio, não encontra direção,
e tudo em mim grita por pausa.
Mas sigo.
Não porque tenho forças,
mas porque aprendi que parar também dói.
Sigo porque a estrada só se revela a quem anda,
mesmo quando o passo arrasta,
mesmo quando o coração hesita.
Nem sempre é coragem,
às vezes é apenas necessidade.
Outras, é a esperança escondida
num fio de luz que insiste em não apagar.
E sigo.
Com os olhos cansados,
com o peito em desalinho,
mas com a certeza de que a vontade
nem sempre é companhia
mas o caminho,
ah, o caminho ainda é meu.
Morada da Saudade
Saudade, dor que castiga,
Silenciosa, cruel, imprecisa,
Se agarra à alma, intrusa antiga,
E ninguém ouve minha brisa.
Grito alto, ninguém escuta,
É lamento que o vento carrega,
Coração sangra, a dor é bruta,
Na noite fria, a esperança nega.
Rasga o peito, faz morada,
Deixa em mim ferida aberta,
E a solidão, sempre calada,
Se torna a visita mais certa.
Por que me tomas, sentimento vil?
Levas a paz e me deixas assim...
Traz de volta o amor sutil,
Que era luz no meu jardim.
Alma maruja traz um pouco
de tudo aquilo que precisa
ser refeito na Baía da Babitonga
que eu já perdi a minha conta.
Embora não tenha perdido
a esperança de Ilha Alvarenga
por ser poesia, poema e poeta
com apego ao mar e esta terra.
Desistir não é e nem nunca
será a opção porque viver
é o quê move pleno o coração.
Não perder jamais as correntes
e deixar que pousem solenes
na existência feita para a navegação.
O Beijo Que Ficou
Lembro daquele beijo quente,
cheio de alma, cheio de gente,
beijo que ardia na pele
e aquecia o peito da gente.
Beijo com sorriso nos lábios,
beijo molhado,
beijo de abrigo —
onde o mundo parava
e só restava o nós.
Beijo sensual,
que roubava o fôlego,
meus dentes nos teus,
um suspiro, um desejo.
O coração correndo solto,
os corpos, sem pressa de ir,
e a gente só queria
amar, amar, e repetir...
Aquele beijo,
que nunca vai se apagar,
é o beijo do meu amor —
o beijo que ficou
só pra eternizar.
O amor começa quando a alma se abraça,
quando a gente se olha com calma e se enlaça.
Muitas vezes se ama quem não sabe amar,
e na partida, a dor tenta nos derrubar.
Mas quem vai embora não pode te definir,
não vale sua paz, nem te fazer desistir.
A vida é preciosa, tua luz é tesouro,
ninguém merece teu fim, nem teu ouro.
Se ame primeiro, se escolha sem medo,
teu coração é abrigo, não brinquedo.
E um dia, quem sabe, o amor de verdade
chega leve, com afeto e cumplicidade.
Embora apenas fraternalmente amigos no plano físico, e fisicamente distanciados,
Nossa Alma, atrelada misticamente uma, à outra, é casada por natureza insólita. Almas "matrimoniadas" no altar do Universo, e abençoadas pelo sacerdócio dos guias e mentores sobrenaturais! Pois os bons, talvez através dos "maus" ventos misteriosos e virtuais, te trouxeram a mim e, a você, sopraram-me para ti. E juntos, caminhamos irmanados nesse vastíssimo solo de mistérios.
Às 19:34 in 08.04.2025
De Lucius para Kimberly
“É na inocência que Deus toca a sua alma. Permita que Ele te sirva. Porque, até para dividir, primeiro é preciso se entregar.”
Desapegar pode até estar na moda, mas sentir com alma ainda é um ato de rebeldia. Quem ama pouco, vive pela metade e quem só sabe ser ausência disfarçada de presença, que passe longe. Minha intensidade assusta, mas é só o reflexo de quem não aceita viver morno.
Nas montanhas serenas do ouro,
Vejo a alma brilhar no barroco,
Cada esquina em Ouro Preto ensina
Que a beleza é também um sufoco.
Nas calçadas de pedra e silêncio,
O passado me sopra lições,
Do café ao congado, é ciência
Que se esconde nas canções.
ESTOU SEMPRE NA GUERRA!
ME ARMANDO COM LIVROS E
ME LIVRANDO DAS ARMAS.
Na viola que chora em São João,
Há um mestre que nunca se apaga,
Com poesia se ergue um sertão
Que a dureza da vida embala.
Sabedoria que brota do chão,
Na lida, no verso, no barro,
É a arte que traça a lição,
De um povo que aprende sem atalho.
ESTOU SEMPRE NA GUERRA!
ME ARMANDO COM LIVROS E
ME LIVRANDO DAS ARMAS.
E quando o mundo ruge sem freio,
Eu respondo com arte e saber,
Com um gole de Minas no peito,
Aprendi que é preciso entender...
Que o mineiro fala baixo e fundo,
Como quem já leu o mundo inteiro,
Entre um café e um segredo
Vai moldando o seu próprio roteiro.
ESTOU SEMPRE NA GUERRA!
ME ARMANDO COM LIVROS E
ME LIVRANDO DAS ARMAS.
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