Alegre Menino

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E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.
Não vejo, sem pensar.
Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter.

(Livro do Desassossego - Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa)

Ele não era um menino comum, isso eu soube desde que o vi. Foi quando eu senti, mais uma vez, que amar não tem remédio.

Preciso de um homem
que seja como um menino
inocente e meio desastrado
que necessite dos meus cuidados
e a meu redor se faça pequenino.

Que seja dengoso e faça beicinho
querendo receber meus afagos.
Um homem…
Que seja como adolescente.
Teimoso, mas muito carinhoso
quando fala suave ao meu ouvido,
ser somente o meu carinho
a razão da sua vida, e desse modo,
faça-me sentir muito querida.
Preciso de um homem
que o seja de verdade.
Que quando me abraçar
o faça com sinceridade.
Que faça de mim o seu tudo,
como um homem faz
da mulher que ele quer.
Um homem…
Que ao ficar maduro
sua palavra seja tão séria
que não precise dizer “eu juro”.
Que seja íntegro e honesto,
me faça sentir feliz sempre,
estando longe ou perto.
Preciso de um homem
a quem o meu amor baste.
Que vendo além da aparência
perceba a luz da minha alma,
me ame pelo que eu sou
e a mim entregue o seu amor
com toda a sua essência.
Sim, quero um homem que
quando velhinho ame do mesmo jeito,
com ternura e muito carinho.
lhe diga com sinceridade:
Obrigada querido por fazer-me tão feliz,
minhas esperanças não foram vãs.

A única coisa pior do que um menino que detesta a gente.
Um menino que ama a gente.

Markus Zusak
A menina que roubava livros. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013.

“O menino nunca mais chorou e nunca
mais se esqueceu do que aprendeu:
que amar é destruir e que ser amado é
ser destruído.”

O amor não envelhece, morre menino.

O Menino Que Carregava Água Na Peneira

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.

Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira

Com o tempo descobriu que escrever seria
o mesmo que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro
botando ponto final na frase.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.

O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.

A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Aquele menino trazia na testa a marca inconfundível: pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas às vezes sem saber porquê, não sei se na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar. Essas são as escolhidas — as que vão ao fundo, ainda que fiquem por lá.

[Consta na Lápide de Fernando Sabino]
Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino

Você não sabe, Menino, mas eu machuco as pessoas. Eu faço com que elas se apaixonem por mim como um desafio, como uma criança testando seus limites. Então enjoo do meu jogo e não dou explicações. Destruo corações que se abrem pra mim com tanto esforço, na esperança de terem encontrado alguém legal.

Pega ladrão!

quando passar correndo o menino,
tão magro e rasgado,
com a bolsa roubada
à madame
ao repentino clamor
que lhe segue,
não ouça!
pois, não sabem
que o pequeno ladrão,
desceu dos morros
e da miséria
onde algum dia (oh triste ilusão),
algum político a mais,
por pilhéria na certa,
a todos dizia
que o drama da morte acabara
e nunca mais fome teria
(porque se eleito…).

Mas, coitado, bem viu
que o doutor esqueceu
a promessa.
E agora na gente que grita
e com pressa
corre atrás do menino ladrão,
eu vejo somente
o desprezo
de uma fração poderosa
que vive alheia do povo
que ri da desgraça e destrata
que esquece as promessas
e, de novo,
vai pedir a esse povo
que maltrata.

O menino nunca mais chorou, e nunca se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir e que ser amado é ser destruído.

O Pequeno Príncipe


Menino pequeno, perdido no mundo
sozinho e cercado de imagem e ilusão,
vagando, vagando sem número e data,
descobre a verdade no meio do chão.

Descobre na terra, de olhos pr'o ceu,
pequeno menino perdido e sozinho,
reinados de estrelas, de sóis e de flores,
poemas ficados na cruz de um caminho.

Menino pequeno, sozinho encontrou
prazer escondido de olhar e sonhar
viver e cantar, beijar e reinar,
deitar e chorar, num berço de ar

Menino tão só, perdido e pequeno
que veio do ceu, que acaba no mar,
com um sopro retira, do chão, essa gente
e ensina que é fácil ter asa e voar

Menino sozinho, no mundo perdido
Menino perdido, pequeno e querido.

Ás vezes quando estou dando aula.. Um menino leva um golpe e então começa a chorar. Eu pergunto para ele " Você se machucou ou se magoou?" Se ele se machucou, eu o levo para casa. Mas se ele se magoou... "levante e volte para o tatame" Você tem que descobrir se está magoada ou se está machucada.

Quando soube o tamanho do amor que a sua namorada lhe prometera, o menino rapidamente ao papai do céu perguntou: Papai do céu, como eu faço para retribuir tanto amor e carinho que recebo da minha namorada? Alguns dias depois, ele recebe uma carta com umas anotações. O pequeno rapaz tratou de ler e, com o passar das linhas, percebeu que a carta era para outra pessoa, endereçada a uma casa que ficava uns dois quarteirões a frente. O menino, ficou espantado, pois a carta era embebida de palavras ásperas e grossas, algo um tanto diferente do que lhe foi ensinado até então. A leitura era fascinante, parar de ler já não fazia parte dos planos do garoto. Já no final das palavras ele pôde ler: "E apesar de tudo, eu a amo!", confuso, o jovem, não entendia como a vida funcionava, aliás, ele próprio a princípio só queria retribuir à altura o amor e carinho que sua namorada lhe dava. Ainda sem respostas, ele continuou, até que o carteiro, com a real endereçada, bateram em sua porta, chamando por seu nome. Ele, assustado, foi atender a porta. A mulher em prantos perguntava pela carta. O menino disse a ela que se verdadeiramente amasse o marido não haveria motivos para ler a carta, pois o conteúdo era ofensivo e que talvez ela não gostasse. A mulher explicou que o amor é um sentimento invisível como o ar, mas se faz sentir quando encontramos a pessoa certa, como o vento que balança árvores, ele será grande e forte quando houver afinidade. Por isso, quando encontramos uma pessoa que nos completa, temos que agir de forma elegante e retribuir tudo aquilo que recebemos. A partir desse dia, o menino começou a dar presentes sem motivos, fora das datas festivas, passou a ser mais calmo e compreensivo, passou também a elogiar mais e mais a beleza da sua amada, passou a amá-la cada vez mais, pois descobriu que o verdadeiro sentido do amor está na retribuição e que ser amado é lindo, mas retribuir esse amor é o gesto mais puro e nobre que um ser humano pode realizar.

Mais tarde, quando seu pai o deixou, o garoto chorou em cima do seu animal... O menino nunca chorou novamente, e nunca esqueceu do que aprendeu: amar é destruir, e ser amado é ser destruído.

(Jace Herondale)

Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado).
O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela?
O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura -- só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava.
O que é que eu faço? -- perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! -- diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978.
Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele -- se tem oito braços para os abraços, por que não quatro corações, para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo.
Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou, pela morte do mar e de seu grande amor.
Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara à Belém, de Meca à Jerusalém. Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia, pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, mas tão grande, que já nem cabia dentro dela.

‎"Filha: Mãe, por que as meninas comem chocolate quando algum menino parte o coração delas?
Mãe: Porque o chocolate é doce e faz esquecer o quanto é amargo ter seu coração partido.
Filha: E por que os meninos bebem quando se separam das meninas?
Mãe: Porque a bebida é amarga e faz esquecer o quanto as meninas são doces."

Oh meu menino do verão, o que você sabe sobre o medo, o medo é pro inverno quando a neve vai a 30 metros de profundidade, o medo é para noite longa quando o sol se esconde durante anos e as crianças nascem, vivem e morrem na escuridão. Essa é a hora do medo, meu pequeno lorde.

Game of Thrones

Nota: Episódio 3, Temporada 1

Essa coisa de menino que não demostra o que sente é do tempo das cavernas.