Alberto Caeiro

Cerca de 86 frases e pensamentos: Alberto Caeiro
Alberto Caeiro, é considerado o mestre de todos os heterônimos de Fernando Pessoa. Segundo o seu criador "Nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária; morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia avó. Morreu tuberculoso."

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos
Inserida por gtrevisol

Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Inserida por pbatistoi

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estacões
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Com um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.

Alberto Caeiro
Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.

Nota: Trecho do poema O guardador de rebanhos, de Fernando Pessoa.

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Inserida por annacarolineval

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.

Alberto Caeiro
“O pastor amoroso”. In Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.
Inserida por portalraizes

"O espelho reflete certo; não erra porque não pensa".

A tristeza bate coração adentro;
Estou perdido, seco e sem alento;
Triste sem ela do meu lado;
Meu coração de quente, está gelado.

Uma paixão sem limites de estação.
Sinto em meu coração;

Meu coração bate acelerado, como o de uma criança com medo dos trovões na tempestade!

O meu time preferido é o amor;
Meu jogador favorito é a paixão...
Só que eu que sou o campo;
A trave é meu coração.

Uma dor forte me consome...
...pela presença de sua ausência...
...Já estou a pedir aos céus, e implorar tanta clemência...

Sinto uma grande tristeza, por não poder ouvir tua voz, a saudade me consome, eu fico meio algoz...

Petrifico a minh'alma, junto à ela meu coração,
Que como um jogo de cintura embala, minha ignição...

Estou frio e duro feito o gesso, longe de mim está a emoção...
Choro feito uma criança sem a sua atenção...

Sinto o que nem sei que sinto, confuso está meu coração, nem sei o que realmente sinto, essa é a concepção...

Comigo minto, por não querer dizer-te, nem mesmo eu sei o que falar. É como o verlaine em mim confirma, a chuva está a me matar...

Pessoa sabe o que sinto, mas eu mesmo sei não, talvez verlaine e pessoa decifrem o que sente meu coração...

Álvaro, sabe me falar o que está a me matar?

Alberto, Me ajude a entender o que está a fazer morrer o meu "eu" que ainda existe em mim...

... Eu não sei como estou, caeiro talvez saiba, o que sinto é só calor? É ou não é um mal de amor?

Ricardo Reis me compreende, sabe o que pesa em meu ser?

Tento falar, o que pesa, mas nem eu mesmo sei expressar, essa tortura entediante que está a me matar...

Se é que já não morri..."

Inserida por diogopantoja

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