Frases de Albert Camus

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⁠O fim justifica os meios? É possível. Mas quem justificará o fim?

Todo homem sentiu-se em certos momentos igual a um deus.

Para o consolar, eu disse-lhe - "Mas acontece o mesmo a toda a gente!"
-Justamente- respondeu-me ele- , somos agora como toda a gente

⁠"Eu parecia ter as mãos vazias. Mas estava certo de mim mesmo, certo de tudo (...) certo da minha vida e desta morte que se aproximava. Sim, não sabia mais nada que isto. Mas, ao menos, segurava esta verdade, tanto como esta verdade me segurava a mim"

⁠"Pois bem, morrerei. Mais cedo do que os outros, evidentemente. Mas todos sabem que a vida não vale a pena ser vivida"

⁠Carregamos todos, dentro de nós, as nossas masmorras, os nossos crimes e as nossas devastações.

O que é chamado de ceticismo das novas gerações – mentira.
Desde quando o homem honesto que se recusa a acreditar no mentiroso é que é o cético?

A característica do homem absurdo é não acreditar no sentido profundo das coisas. Ele percorre, armazena e queima os rostos calorosos ou maravilhados. O tempo caminha com ele. O homem absurdo é aquele que não se separa do tempo.

⁠Nenhum ser, nem mesmo o mais amado, e que nos ama com maior paixão, jamais fica em nosso poder.

Não é, pois, necessário precisar a maneira como se ama entre nós. Os homens e as mulheres ou se devoram rapidamente no chamado acto do amor, ou se entregam a um longo hábito entre dois. Também isso não é original. (...) por falta de tempo e de reflexão, é-se obrigado a amar sem o saber.

Uma forma conveniente de travar conhecimento com uma cidade é procurar saber como se trabalha, como se ama e como se morre.

" Não me faz diferença esperar, desde que saiba que vais chegar. E quando cá não estás penso no que estás a fazer"

A filosofia pode servir pra tudo, até mesmo para transformar assassinos em juízes.

Albert Camus
O homem revoltado. São Paulo: Record, 1993.

“Existem pessoas que justificam o mundo, que ajudam os outros somente com a sua presença.”

A ausência de Deus, deixando o homem responsável por si mesmo, o condena a se revoltar. “Do absurdo à revolta”, dizia Camus.

O mundo assim como está não é suportável, por conseguinte, preciso da lua, da felicidade ou da imortalidade, de qualquer coisa que seja loucura, talvez, mas que não pertença a este mundo
-Calígula-

"Não há arte onde não há nada a ser vencido".

Nasce então a estranha alegria que nos ajuda a viver e a morrer e que, de agora em diante, não recusamos a adiar para mais tarde. Na terra dolorosa, ela é o joio inesgotável, o amargo alimento, o vento forte que vem dos mares, a antiga e a nova aurora.

⁠Às vezes, continuar, apenas continuar, é a conquista sobre-humana.

Albert Camus
A queda (1956).

Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo.