Agradecimentos de Convite de Formatura

Cerca de 100 agradecimentos de Convite de Formatura

Você tem que encontrar o que você ama

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.

Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.

Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro."

Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.

Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.

Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.

Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.

Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.

Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.

De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.

E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.

Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale do Silício.

Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.

A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.

E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.

Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.

Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.

Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último." Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.

Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.

Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.

Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.

Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.

Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.

O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.

Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.

Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.

E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.

Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.

Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.

Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
"Continue com fome, continue bobo."

Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.

Steve Jobs

Nota: Discurso na Universidade de Stanford, 2005

Convite Triste

Meu amigo, vamos sofrer,
vamos beber, vamos ler jornal,
vamos dizer que a vida é ruim,
meu amigo, vamos sofrer.

Vamos fazer um poema
ou qualquer outra besteira.
Fitar por exemplo uma estrela
por muito tempo, muito tempo
e dar um suspiro fundo
ou qualquer outra besteira.

Vamos beber uísque, vamos
beber cerveja preta e barata,
beber, gritar e morrer,
ou, quem sabe? beber apenas.

Vamos xingar a mulher,
que está envenenando a vida
com seus olhos e suas mãos
e o corpo que tem dois seios
e tem um embigo também.
Meu amigo, vamos xingar
o corpo e tudo que é dele
e que nunca será alma.

Meu amigo, vamos cantar,
vamos chorar de mansinho
e ouvir muita vitrola,
depois embriagados vamos
beber mais outros sequestros
(o olhar obsceno e a mão idiota)
depois vomitar e cair
e dormir.

(Em: Brejo das Almas)

Mensagem de despedida aos amigos,

Até aqui, viajamos juntos. Passamos por vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas. Enfrentamos grandes obstáculos e superamos cercas que nos ajudaram a transpor abismos. As subidas e descidas foram uma constante, mas também percorremos retas, nos apoiamos nas curvas e descobrimos novas cidades.

Agora, é chegada a hora de cada um seguir sua jornada individual. Que as experiências compartilhadas até aqui sejam a força que nos leva à alegria de alcançar nossos objetivos. Sentiremos falta daqueles que partiram por diferentes caminhos, mas carregamos conosco a saudade e a esperança de reencontros futuros.

Expressamos nosso agradecimento a todos que estiveram ao nosso lado, mesmo à distância, nos momentos bons e difíceis. Esta conquista é também de vocês, que dividiram conosco cada passo. Lembrem-se, uma despedida é necessária antes de nos reencontrarmos. Que nossas despedidas se tornem eternos reencontros.

A DANÇA

Ir para a cama com alguém é como aceitar o convite para uma dança.

E a mágica da dança começa antes mesmo dos primeiros passos juntos.

A magia começa com os primeiros olhares, com um sorriso, passa por um bom convite e um estender de mão...

Se o cavalheiro não sabe conduzir a dama, metade do prazer da dança terá esvaído-se no ar.

Mas quando um casal está no salão, e o cavalheiro sabe conduzir a dama com maestria, o que se verá é um lindo par a flutuar com a melodia da canção,

e nada será mais prazeroso que aquele movimentar de corpos, aquele inebriar-se de perfume e palavras inconfessáveis ao pé do ouvido,

e todo o tempo será pouco para a magia e a delícia de estarem juntos...

Convite

Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério

A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.

Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.

Augusto Branco

Nota: Trecho do poema "Vida" de Augusto Branco

Finalmente chegou o dia do Baile de Formatura. Foi realizado no ginásio feminino com música ao vivo, uma banda de verdade. Não sei por que, mas andei até lá naquela noite, os quatros quilômetros que separavam a escola da casa dos meus pais. Fiquei do lado de fora, no escuro olhando para o baile, através das janelas gradeadas, completamente admirado. Todas as garotas pareciam extremamente crescidas, imponentes, adoráveis, trajando vestidos longos, e todas exalando beleza. Quase não as reconheci. E os garotos em seus smokings estavam muito bem, dançavam com perfeição, cada qual segurando uma garota nos braços, seus rostos pressionados contra os cabelos delas. Todos dançavam com extrema graça, e a música vinha alta e límpida e boa, potente. Então vislumbrei o reflexo do meu rosto a admirá-los marcado por espinhas e cicatrizes, minha camisa surrada. Eu era como uma fera da selva atraída pela luz, olhando para dentro. Por que eu tinha vindo? Sentia-me mal. Mas continuava assistindo a tudo. A dança terminou. Houve uma pausa. Os casais trocavam palavras com facilidade. Era algo natural e civilizado. Onde eles tinham aprendido a conversar e a dançar? Eu não podia conversar ou dançar. Todo mundo sabia alguma coisa que eu desconhecia. As garotas eram tão lindas; os rapazes, tão elegantes. Eu ficaria aterrorizado só de olhar para uma daquelas garotas, o que dizer ficar sozinho em sua companhia. Mirá-la nos olhos ou dançar com ela estaria além das minhas forças. E ainda assim eu tinha consciência de que o que via não era tão simples e nem bonito como aparentava ser. Havia um preço a ser pago por aquilo tudo, uma falsidade generalizada na qual facilmente se poderia acreditar e que poderia ser o primeiro passo para um beco sem saída. A banda voltou a tocar e as garotas e os garotos recomeçaram a dança, e as luzes sobre suas cabeças giravam, lançando sobre os casais reflexos dourados, depois vermelhos, azuis, verdes e então novamente dourados. Enquanto eu os observava, dizia para mim mesmo que um dia minha dança iria começar. Quando este dia chegasse teria alguma coisa que eles não têm. De repente, contudo, aquilo se tornou demais para mim. Eu os odiei. Odiei sua beleza, sua juventude sem problemas e, enquanto os via dançar por entre o mar de luzes mágicas e coloridas, abraçados uns aos outros, sentindo-se tão bem, pequenas crianças ilesas, desfrutando de sua sorte temporária, odiei-os por terem algo que eu ainda não tinha, e disse para mim mesmo, repeti para mim mesmo, algum dia serei tão feliz quanto vocês, esperem para ver. Seguiram dançando, enquanto eu repetia minha frase para eles.

FORMATURA

Um jovem estava se preparando para sua formatura na Universidade. Há meses ele admirava um carro esporte em uma determinada concessionária, e, sabendo que seu pai poderia comprá-lo, disse-lhe que aquele carro era tudo que queria. Conforme a data da formatura se aproximava, o jovem tentava descobrir indícios de que seu pai tinha comprado o carro.
Finalmente, na manhã da formatura, o pai o chamou em seu escritório particular e lhe disse como estava orgulhoso em ter um filho como ele, o quanto o amava e lhe entregou uma caixa lindamente embrulhada para presente.
Curioso, e tanto decepcionado, o jovem abriu a caixa e encontrou uma BÍBLIA com rica encadernação de couro e seu nome gravado em ouro. Com raiva e gritando disse:
- Com todo o seu dinheiro, você me dá uma BÍBLIA?
E saiu bruscamente de casa.
Passaram-se muitos anos e o jovem transformou-se num bem sucedido homem de negócios.
Tinha bens, uma bonita casa e uma família maravilhosa.
Lembrou-se do pai e concluiu que ele estava muito velho e que talvez devesse ir vê-lo. Não tinha estado com ele desde o dia da formatura.
Enquanto se organizava para viajar, recebeu um telegrama comunicando-lhe que seu pai havia morrido, deixando toda sua herança para ele, seu filho único, e que precisava ir imediatamente até sua antiga casa tomar posse do que lhe havia sido legado.
Quando ele chegou em casa de seu pai, uma tristeza intensa e um grande arrependimento tomaram conta de seu coração.
Ele começou a olhar todos aqueles importantes papeis e viu a BÍBLIA, ainda nova, da mesma maneira que ele havia deixado muitos anos atrás.
Emocionado, com lágrimas nos olhos, abriu a BÍBLIA e começou a virar as páginas. Seu pai havia cuidadosamente sublinhado um versículo: MATEUS 7:11 "Se vós pois sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso pai, que estais no céu, dará bens aos que lho pedirem?"
Enquanto lia estas palavras, uma chave de carro caiu da BÍBLIA. Tinha uma etiqueta com o nome da concessionária, a mesma onde havia o tão desejado carro. Na etiqueta havia a data da formatura e as palavras "Pago a Vista".

"Quantas vezes perdemos as bênçãos de DEUS, só porque elas não estão na embalagem que desejamos?"

Fênix

Minha mensagem de formatura

Lembro-me das histórias que ouvia quando era pequena e não entendia qual o sentido delas, hoje percebi que cada uma tem um significado e delas retirei alguns aprendizados para a minha vida. Chapeuzinho Vermelho disse que a estrada é longa e deserta; com a Bela Adormecida aprendi que quem dorme demais não vê a vida passar; a Cinderela me ensinou a não desistir dos meus sonhos, pois eles não caberiam em mais ninguém, como um sapatinho de cristal; a Branca de Neve me ensinou que se tenho amigos, jamais estarei sozinha; e finalmente com a Bela entendi que enfrentarei feras na vida, mas que isso não me impeça de realizar o meu final feliz.

Cadê o meu cachorro ele não vai me abandonar.

Convite à Loucura

A loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram.
Após o café, a loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Esconde-esconde? O que é isso?, perguntou a curiosidade.
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até 100 e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o medo e a preguiça.
- 1,2,3..., a loucura começou a contar.
A pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer.
A timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A alegria correu para o meio do jardim. Já a tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder.
A inveja acompanhou o triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra.
A loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo.
O desespero ficou desesperado ao ver que a loucura já estava no 99.
- 100!, gritou a loucura. Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para o lado, a loucura viu a dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar.
E assim foram aparecendo a alegria, a tristeza, a timidez...
Quando estavam todos reunidos, a curiosidade perguntou:
- Onde está o amor?
Ninguém o tinha visto. A loucura começou a procurá-lo.
Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do amor aparecer.
Procurando por todos os lados, a loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A loucura não sabia o que fazer.
Pediu desculpas, implorou pelo perdão do amor e até prometeu segui-lo para sempre.

Moral da história:
O amor aceitou as desculpas e é por isso que hoje e em todo o sempre, o amor é cego e a loucura o acompanha sempre.

Eu sou essa pessoa a quem o vento chama,
a que não se recusa a esse final convite,
em máquinas de adeus,sem tentação de volta.

Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza:
Eu sou essa pessoa a quem o vento leva:
já de horizontes libertada,mas sozinha.

Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,
dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho ?
Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.

Pelos mundos do vento em meus cílios guardadas
vão as medidas que separam os abraços.
Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:

Agora és livre,se ainda recordas

(Solombra, p. 794)

Que o meu sorriso largo seja o convite para os espontâneos bons corações.

Amor é convite; não coação. É persistência; não insistência. É elogio; não humilhação. É escolha, não encolha. É lucidez; não ilusão.

Adoro o convite feito pelo olhar.
Que não precisa dizer nada.
Só sentir.

Não renuncie meu convite,
não me condenes por te querer,
não me perdoes por te amar,
apenas vem ...
vem comigo?

Sempre bem vindo.

Não há hóspede mais espaçoso que o amor
chega sem convite
permanece sem insistência
repousa em nossa alma
ocupa nossos pensamentos
e por fim, nos paga com saudade.

Deus trouxe você aqui hoje, para que eu possa lhe dizer, da parte dEle, que Ele tem um convite para você, e um presente. Deus está dizendo a você, agora: “Eu comuniquei tudo o que você precisa saber para ter piedade e vida, e para ser frutífero para mim, poderoso para mim e fiel a mim. Eu falei estas coisas e convido você a desfrutar delas, convido você a vivê-las. Não para lamber como um pirulito de três em três dias. Eu convido você para viver aqui! Segurar isso! Amar isso! Ler isso, meditar nisso, memorizar isso, dia e noite!” Não deixe o mundo moldar você, para que isso pareça chato. O Deus Todo Poderoso falou aqui! Isso não pode ser chato! Nós somos o problema! Ele é um vesúvio de alegria, e energia, e poder, e sabedoria, e força, e amor, e justiça, e verdade. Ele não pode ser chato! Televisão é chata! Internet é chata! O mundo é chato!

Primeiramente, boa noite a todos, gostaria de agradecer pelo privilégio de ser o orador de nossa turma nesta noite. Em nome dos formandos, gostaria de agradecer a presença de todos que estão aqui, todos aqueles que se disponibilizaram para participar desta ocasião tão especial.

Hoje concluímos mais uma etapa de nossas vidas e esta, sem dúvidas, é apenas uma das tantas vitórias que estão por vir. Ao longo de todos esses anos na escola convivemos com muitas pessoas. Professores e colegas vieram e se foram e deles levamos apenas as boas lembranças.

Hoje é também um dia de despedidas. Talvez amanhã ainda nos falemos, mas e daqui uma semana? Ou quem sabe daqui um mês? Será que nos reconheceremos daqui a 10 anos? Pois é, a vida nos separa, mas as memórias permanecem, os bons momentos que passamos juntos não nos abandonam. E daqui a alguns anos nós iremos olhar para trás e iremos pensar "onde está a minha turma do ensino médio?" E será neste momento que os corações irão apertar e as únicas coisas que teremos para nos agarrar serão nossas lembranças e a saudade.

Certa vez o filósofo Olavo de Carvalho disse: "Há coisas que são boas por alguns instantes, outras por algum tempo. Só algumas são para sempre" e o que poderia ser a escola se não um conjunto desses momentos que serão eternos em nossas mentes? A escola foi o nosso primeiro desafio, local de nossas primeiras interações sociais, também foi o local onde começamos a ter responsabilidades, mas acima de tudo foi onde nos tornamos quem somos.

Na física existe uma teoria chamada Teoria do Caos, ela fala sobre como acontecimentos aparentemente irrelevantes podem ter consequências gigantescas no futuro. Uma das frases mais célebres sobre a mesma é aquela que diz: “O bater de asas de uma borboleta no Brasil seria capaz de causar um furacão no Texas”. Parece um tanto absurdo, mas foi exatamente o que nos ocorreu, os sussurros do passado que diziam “corra atrás, estude, siga em frente, você é capaz” tornaram-se furacões e mudaram nossas vidas. E todos esses acontecimentos fizeram com que estivéssemos aqui hoje.

É engraçado como durante anos nós contávamos os dias para as férias, mas desta vez foi um pouco diferente, quando íamos pedir por férias, nós tivemos uma epifania, não haverá férias, não haverá rematrícula na escola, não haverá compras de materiais novos. Para serem férias é necessária uma data para voltar, e desta vez não voltaremos. Esperamos concluir a escola durante tanto tempo, que agora, no fim, vemos quanta falta ela nos fará.

Sentiremos saudades das risadas, das brincadeiras, até mesmo dos puxões de orelha, mesmo que esse último nem tanto, sentiremos saudades do local, do cheiro dos livros novos, e sem dúvida alguma, do lanche também.

Passamos muito tempo aprendendo e aprendemos. Aprendemos a ler, a escrever, aprendemos que 1+1 são 11, e que dom Pedro 2° descobriu o Brasil. Ou não? Será que foi isto mesmo? Bem, talvez, mas o aprendizado nunca termina, pois o conhecimento é a única coisa que levaremos sempre conosco.

E, por fim, não gostaríamos de apenas dizer um obrigado, é muito simples, a gratidão que sentimos não poderia ser traduzida em apenas uma palavra. Nós somos gratos a todos aqueles que passaram por nossa vida. Pais, professores, colegas, sem vocês nada disto seria possível. Mas como faltam palavras para expressar este sentimento, encerro com um obrigado, ou não, melhor, muito obrigado, por tudo.

A nossa caminhada apenas começou

E com muita alegria que nos apresentamos aqui hoje, embora seja para despedirmos-nos, a alegria permanece em nós. Somos pessoas completamente diferentes, mas com uma história em comum.

Hoje somos finalistas, mas nem sempre foi assim. Quando entramos nesta escola, foi acima de tudo uma fase de adaptação. Adaptação a uma escola maior, aos novos colegas, novas e muitas disciplinas e professores exigentes. Mas com a ajuda de todos aqui presentes, da nossa família, dos professores, dos funcionários, dos nossos amigos, ultrapassamos a cada dia esses desafios.

Nada foi fácil e aprendemos que nada será. Aprendemos, entre muitas coisas, que a pontualidade e assiduidade são importantes, que as regras são para ser respeitadas, que devemos ser solidários uns para com os outros, que devemos fazer valer a nossa voz, que sem esforço não se vai a lado nenhum, que o que alcançamos hoje é só uma pequena parte do que ainda podemos alcançar.

A nossa caminhada foi longa e difícil. Mas conseguimos chegar aqui e este é o fruto de nosso esforço. Portanto, colegas, tenhamos sempre em nós essa força de vontade e persistência que nos trouxe até aqui.

Hoje despedimos com a certeza de dever cumprido. Mas em breve tentaremos esconder de todos que sentimos saudades de nossa escola, afinal, é aqui que passamos maior parte de nossos dias. Não sentiremos saudades somente da sala, mas dos corredores, dos trabalhos que fazíamos no último dia de entrega, sentiremos saudades de todos os cantos da escola que de alguma forma fomos felizes.
Passamos de alunos que vão à escola porque alguém os mandou aos alunos que vão à escola a busca de um futuro promissor.

E daqui a alguns anos, não muitos anos, prometemos outro encontro como este, mas ao invés de uma faixa receberemos um diploma. E quando isso acontecer, lembrem-se que só foi possível pela interseção de cada um de vós. Não nos resta mais nada a não ser agradecer.

Os nossos agradecimentos vão...
Aos nossos pais: pois são os pilares de nossas vidas. O nosso primeiro incentivo para frequentar a escola e nos dão motivação a cada dia. Agradecer por olhar por nós em todos os momentos.
Achamos que sabemos muito, mas ainda não aprendemos nada que possa substituir o simples obrigado.

Aos pais ausentes: nossa homenagem àqueles que partiram, pais, mães, irmãos, parentes, deixando a lembrança de suas presenças. Que onde quer que estejam sintam-se orgulhosos dos grandiosos passos que demos e daremos.

Aos amigos e colegas: no início, unidos apenas por um objetivo comum. Com o passar do tempo vieram os compromissos, as amizades, as diferenças, mas soubemos conviver e respeitar-nos.
Colegas, muitos desafios nos esperam. Temos ainda muito a conquistar. E este é o momento de comemorar juntos nossa primeira conquista, que abre a porta de nossa mais nova importante etapa da vida. E por tudo a saudade há de ficar.

Aos professores: que em todos estes anos transmitiram-nos ensinamentos, não só didáticos, mas também da vida cotidiana. Que souberam dar-nos bases para prosperar em nossos caminhos, e as devidas sanções pelos nossos atos. Tivemos em vós não só professores, mas também amigos.

Agora com esperança de grandes sucessos, seguimos nesta nova etapa de nossas vidas, pois a nossa caminhada apenas começou.