Agora é assim
Vem cá. Me dá aqui a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escute. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra.(...)
(...)Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também.
Contei meus anos e descobri
Que terei menos tempo para viver do que já tive até agora
Tenho muito mais passado do que futuro
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de jabuticabas
As primeiras, ele chupou displicentemente
Mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades
Inquieto-me com os invejosos tentando destruir quem eles admiram
Cobiçando seus lugares, talento e sorte
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas
As pessoas não debatem conteúdo, apenas rótulos
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos
Quero a essência... Minha alma tem pressa
Sem muitas jabuticabas na bacia
Quero viver ao lado de gente humana, muito humana
Que não foge de sua mortalidade
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.
...MaisEU QUERIA
Eu queria você aqui, agora,
me dando um beijo, me olhando e...
sonhando.
Eu queria você
me beijando no ouvido,
falando baixinho,
me fazendo sonhar...
Eu queria você
me tirando do espaço,
me roubando um suspiro...
Eu queria você
para deitar no seu peito,
despertar o desejo,
esquecer o que é direito...
Eu queria você
para te olhar bem de perto,
te beijar sem censura,
te levar à loucura...
Eu queria você
brigando comigo
se te corto um pouquinho,
ou te chamo a atenção...
Eu queria você
a me morder de mansinho,
me fazer um carinho,
me fazer flutuar...
Eu queria você
para afagar meu cabelo,
descobrir o que penso,
ser um pouco de mim...
Eu queria você
para me deixar contente
quando o mundo parece
desabar sobre mim.
Eu queria você para,
se eu chorar, chorar comigo
e saber o motivo,
ser meu amor e meu maior amigo.
O que definitivamente não dá certo, ao menos para mim, é se apaixonar. Agora, que graça tem fazer qualquer coisa da vida sem estar apaixonada? Ô vidinha filha da p***.
Resolvi me afastar, e agora estou tentando tirar da cabeça. Não estou conseguindo, porém tentando. Não consigo mais aceitar relações pela metade. Em outras palavras, raspas e restos não me interessam.
Eu queria te contar que não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso. Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você.Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez.
Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas e escrevi lá outras histórias...
Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda... e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas, ainda assim, não dói. Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim.
Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer à tona o que o coração vive tentando deixar pra trás.
(Então eu pego o passado, e transformo em poesia-ou-coisa-assim.)
Quero esquecer...
Que me perdi
Que me magoei...
Perdida e confusa,
Sinto agora um profundo amargo...
Um gosto amargo mas, em nada desconhecido...
Deambulo por entre caminhos sem sentido.
Dou passadas largas envolta de pensamentos,
Em desejos que desejei
Em sonhos que sonhei,
Que sabia, não se poderem realizar...
Que esperava eu?!
Enfim, tonta
Sou ainda sonhadora num mundo de frieza.
Falo tanto em acreditar...
Que esqueci de acreditar em mim
De me precaver contra esta dor, a solidão
A desilusão...
Sou culpada sim,
Eu criei-te dentro de mim, somente.
Talvez, esteja procurando o que ainda não existe
Talvez, esteja desejando o que ainda não foi construido
Talvez, tenha pensado ter descoberto alguém que não existe
Talvez, seja ainda menina neste mundo de sentimentos crueis...
Somos responsáveis pela expectativa que criamos sobre alguém logo, também pela dor que ela nos causa.
Sinto-me perdida
Confusa
Perdedora
Frustada...por não saber reverter esta situação, este sentimento.
Tenho medo de uma vez mais, me perder
...no meio da multidão.
Se seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo; agora construa os alicerces.
Filho é Bom, Mas Dura Muito
— Aproveita agora, porque, depois que o seu filho nascer você nunca mais vai ter sossego na vida. Você nunca mais vai dormir.
— Aproveita agora, que ele ainda não tem cólicas noturnas e ainda mama nas horas certas, porque depois a sua vida se transformará num verdadeiro inferno noturno.
— Aproveita agora, que os dentinhos dele não começaram a nascer e, quando isso acontecer não vai ter Nenedent que acalme nem ele nem você.
— Aproveita agora, enquanto ele não engatinha, porque, quando começar a arrasar a casa e a derrubar cadeiras e bibelôs e lustres e a comer jornal, só vai dar dor de cabeça.
— Aproveita agora, antes que ele comece a andar. Aí acaba o sossego. É o perigo de ele bater a cabeça nas quinas das mesas, cair e meter a boca no chão, puxar panela no fogão. É um transtorno, filho andando. Ele correndo pela casa e você atrás.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não está na fase do "Por quê?", porque depois você não vai conseguir ler nem jornal nem livro e nem ver televisão. E vai ter que explicar sempre o inexplicável.
— Aproveita agora, que ele ainda não sabe ler e pedir o que quiser no restaurante. A única vantagem é você não precisar ficar traduzindo os filmes para ele.
— Aproveita agora, enquanto você programa as férias dele e ele ainda não ouviu falar no Disneyworld, porque você vai ter que pegar filas de duas horas e enfrentar montanhas-russas no escuro.
— Aproveita agora, que ele ainda não é tarado por música, porque, quando ele resolver ouvir "música" na sua casa — com ou sem os amigos —, até os vizinhos mais simpáticos irão reclamar. E não pense que ele vai tocar aquelas músicas do seu tempo, não.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na adolescência. Pois, quando entrar, você nunca mais vai ter sossego, nunca mais vai dormir Não se esqueça da íntima relação entre a palavra adolescência e adoecer. Não ele, mas, sim, você.
— Aproveita agora, que ele ainda não está nem fumando maconha e nem acabando com o seu uísque e aquela cervejinha que você tinha certeza que estava na geladeira te esperando do trabalho.
— Aproveita agora, que ele ainda não está andando em más companhias, porque você vai ter que aturar figuras saídas sabe-se lá de onde, com cabelos, brincos e tatuagens que você jamais poderia imaginar um dia conviver.
— Aproveita agora, que ele ainda não tomou nenhuma bomba e você ainda acha que ele é tudo que você sonhou, porque, quando ele repetir de ano, você fará — para você mesmo — a eterna pergunta: "Meu Deus, onde foi que eu errei?".
— Aproveita agora, que ele ainda não decidiu que faculdade cursar porque a escolha dele não vai nunca coincidir com os planos que você fazia para ele, quando ele ainda engatinhava.
— Aproveita agora, que ele ainda não entrou na faculdade, porque, quando entrar, vai pedir um carro para ele ou usar o seu.
— Aproveita agora, que ele ainda avisa quando vai dormir fora de casa, e você pode dormir sossegado e não pensar em ligações desagradáveis para a polícia, o hospital e, o pior de tudo, para o IML.
— Aproveita agora, que ele ainda não se casou, porque, depois, ele nunca mais vai te visitar a não ser para pedir dinheiro emprestado.
— Aproveita agora, enquanto ele ainda não tem filhos, porque, quando tiver, é você quem vai tomar conta deles nos fins de semana. Seu sossego chegará ao fim, logo agora que você se aposentou.
— Aproveita agora, que ele ainda não se separou da primeira esposa, pois, quando isso acontecer, ele virá morar novamente na sua casa.
— Aproveita agora, que ele ainda te ajuda com um dinheirinho, porque a sua aposentadoria não dá para nada, pois a segunda mulher dele vai ser contra a ajuda.
— Aproveita agora, porque ele está pensando em te colocar num asilo de velhinhos.
P.S. - A frase do título é do Marcelo von Zuben, dentista brasileiro que mora em Portugal, pai do Murilo e da Úrsula.
Texto extraído do livro "100 Crônicas", Cartaz Editorial Ltda. - São Paulo, 1997, pág. 15.
Agora eu sei que o amor que você prometeu não foi igual ao que você me deu, era mentira o que você jurou. Mas não faz mal, eu aprendi que não se deve crer em tudo aquilo que alguém nos diz num momento de prazer ou de amor.
Jamais vou me perdoar...
Jamais vou te esquecer...
Mas agora com a certeza..
Que é preciso te deixar
Para você poder viver
poder mesmo sem mim...ser feliz...
Pra sempre "você" estará em mim...
Me perdoe...
prometo desta vez te ajudar...
pela certeza ter...
Será o melhor pra "você"...
Meu amor eterno...meu anjo bom
Pra sempre amarei você
Obrigada de coração...
Perdão meu doce amor perdão...
Nossos caminhos são agora um só caminho, nossas almas, uma só alma.
Cantarão para nós os mesmos pássaros, e os mesmos anjos desdobrarão sobre nós as invisíveis asas. Temos agora por espelho os nossos olhos; o teu riso dirá a minha alegria, e o teu pranto, a minha tristeza. Se eu fechar os olhos, tu estarás presente; se eu adormecer, serás o meu sonho; e serás, ao despertar, o sol que desponta.
Nossos mapas serão iguais, e traçaremos juntos os mesmos roteiros
que conduzam às fontes escondidas e aos tesouros ocultos.
Na mesma página do Evangelho encontraremos o Cristo, partiremos na ceia o mesmo pão; meus amigos serão os teus amigos, perdoaremos com iguais palavras aqueles que nos invejam.
Será nossa leitura à luz da mesma lâmpada, aqueceremos as mãos ao mesmo fogo e veremos em silêncio desabrochar no jardim a primeira rosa da Primavera. Iremos depois nos descobrindo nos filhos que crescem, e não mais saberemos distinguir em cada um os meus traços e os teus, o meu e o teu gesto, e então nos tornaremos parecidos. E nem o mundo nem a guerra nem a morte, nada mais poderá separar-nos, pois seremos mais que nunca, em cada filho, uma só carne e um só coração.
Que o homem não separe o que Deus uniu. Que o tempo não destrua a aliança que nos prende, nem os amores, o amor.
Que eu não tenha outro repouso que o teu peito, outro amparo que a tua mão, outro alimento que o teu sorriso. E, quando eu fechar os olhos para a grande noite, sejam tuas as mãos que hão de fechá-los. E, quando os abrir para a visão de Deus, possa contemplar-te como o caminho que me levou, dia após dia, à fonte de todo amor.
Nossos caminhos são agora um só caminho, nossas almas, uma só alma. Já não preciso estender a mão para alcançar-te, já não precisas falar para que eu te escute...
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir “eu te amo” num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
Nota: Trecho da crônica "A Impontualidade do Amor" de Martha Medeiros
E seria cruel demais para mim lembrar agora que cheiro era esse, aquele, bem na curva onde o pescoço se transforma em ombro, um lugar onde o cheiro de nenhuma pessoa é igual ao cheiro de outra pessoa.
(Os Dragões não conhecem o paraíso)
Queria agora estar com você
E toda aquela alegria de novo sentir
Com você agora estar
A sorrir... a brincar...
Queria poder te chamar
Mas melhor me calar
Eu amo te amar
E para sempre em minha vida..
Você vai estar...
Sou um sonhador; a minha vida real é tão reduzida que momentos
como estes que agora vivo são para mim de tal modo preciosos
que não poderei evitar de os reproduzir nos meus sonhos.
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