Africanos

Cerca de 60 frases e pensamentos: Africanos

Nós, Africanos, iremos lutar, se necessário, e sabemos que iremos vencer, pois somos confiantes na vitória do bem sobre o mal.

Bento XVI disse que foi embora da África triste pela fome. Já os africanos ficaram felizes com a vinda do Papa. Mas continuam com fome.

Matérias-primas do BRASIL

Brancos:
Riqueza (de ignorância)
Africanos:
Sede (de importância)
Indígenas:
Liberdade (de ganância)

Os escravos

Negros africanos
Obrigados a trabalhar
Por ordem dos soberanos
Sem poder reclamar

Acorrentados pela escravidão
Viviam na solidão
Sonhavam conquistar a alforria, dia a dia
Sendo assim vítimas da covardia

Durante a extração do ouro
Brilhavam também os olhos
De quem vivia a chorar
Mas persistia em orar
E assim quem sabe um dia
A liberdade finalmente conquistar

Foram quinhentos anos de exploração
Em uma vida sem opção
Em minas de carvão e campos de algodão

Nas lavouras trabalhavam
E nunca descansavam
Ficavam sempre em pé
Nas plantações de café

A escravidão ainda não acabou
E a lei Áurea não adiantou
Vivemos em um país capitalista
Em que o brasileiro é um ser consumista

Crianças-soldado

Os meninos-soldado na maioria, africanos
Não têm tempo para os folguedos. Seus brinquedos?
Pistolas, fuzis e metralhadas.
Matam, decapitam friamente e prosseguem indiferentes.
Chutando os membros mutilados
Dos inimigos. Cirandas?
Nunca seus ouvidos ouviram
As suaves melodias infantis
Carregadas de magias.
Seus sonhos foram visitados
Pelo terror que as guerras civis criam.
E arrancam de suas entranhas.
A suavidade da infância.
Tornando-os tão malvados
E ousados quanto ou mais que um adulto.
Recebem ordens de arrancarem mãos
Cabeças, e as cumprem fielmente.
Como se estivessem apenas
Pulando a amarelinha.
Soltando o pião. Não têm culpas
Desses desvios de condutas
São crianças que não tiveram a sorte
De nascerem em paz.
Foram plantadas
No meio de intrigas.
Brigas.
Muitos perderam pais.
E como vingança.
Aprendem a matar.
Deixam o amor de lado
Dura fatalidade.
E se transformam
Triste realidade
Em crianças-soldado.



Eleni Mariana de Menezes

Nao faca dos outros melhores culpados e falhados. As circunstancias sao sempre rotativas.

Se queres comer melhor, entao seja amigo da cozinha.

Inserida por Ciller

De certo modo nós somos europeus, de certo modo os europeus são africanos. Não podemos esquecer os latinos-americanos, que de certo são africanos e nós tambem somos de certo modo latino-americanos. não podemos esquecer os asiáticos porque de certo modo são tambem africanos e de certo modo nós tambem somos asiáticos. Nós somos uma ecruzilhada de civilizações

Nos africanos ja nascemos com azar ta ver nenhum profecta foi negro, e nenhum filosofo, os negros foram reconhecido por reclamarem. Ex: martim luder king, nelson mandela,mondelane entre outros

Força da raça (africanos escravizados)

Ser negro não é ter cor e sim raça,descendente dos africanos escravizados. Como não ter orgulho do meu passado? Mesmo com grilhões nos prendendo construímos nosso país carregando a dor das chibatas,e assim começou a historia da minha raça.

Oh.. Salve ao líder Ganga-Zumba através dele conhecemos a nossa força chamado de Zumbi. Mesmo tendo a abolição da escravatura foram marginalizados por sua raça (negra)e desde então nada muda.devo acreditar mesmo que o Brasil evoluiu? Nunca! senta, respira e espera,hoje nosso cérebro esta sempre alerta. Se for forte venha e me impeca,se julgar-se capaz. Meus ancestrais africanos,meu líder ganga-zumba vive em minha mente e zumbi em minhas forças!

Nico Sá

⁠A Bagunça entre os Dialetos Africanos e a Língua Portuguesa Deu Samba!

A dependência nos consome como africanos até o ponto de sermos escravos da nossa independência.
A cegueira nos cega os corações e nos veste com a escuridão transformando-nos em negros inimigos da paz e da união.

A consciência jurídica ainda é uma criança na mente dos africanos.

Inserida por LennyAgostinho

Se querer fosse poder, africanos não morreriam da fome.

Inserida por carlinhosmoura

A escravidão jamais feriu a sensibilidade moral dos africanos, que a praticaram durante milênios sem ver nela nada de errado. Os cristãos europeus, ao contrário, sempre a consideraram abominável e não pararam de lutar contra ela desde o dia em que o primeiro português teve a maldita idéia de comprar um escravo na África para revendê-lo na América.

Inserida por LEandRO_ALissON

Quando eu morrer deixarei meus dentes no túmulo in memória aos africanos.

Inserida por claudiaalmeida

Os europeus deveriam indenizar os africanos pelos danos psicológicos, pelas riquezas roubadas e pelas perdas de vidas humanas causados por eles na invasão desse magnifico continente

Inserida por carlitos_nansambe

Nós Africanos, somos desprezados porque sempre queremos viver na dependencia dos países que se auto denominaram serem do primeiro mundo, e desenharam criterios para que nenhum país africano fosse considerado desenvolvido, porque eles querem explorar os nossos recursos. Sejamos unidos, porque nós podemos.

Inserida por romalopec

O maior problema dos países africanos não é a estupidez das suas populações,mas a falta de aptência pelo trabalho.O maior problema de Portugal não é a falta de aptência pelo trabalho das suas populações, mas sim a estupidez.

Inserida por joaquimpinto

ALMA DA ÁFRICA,ALMA DO BRASIL

A narrativa de Antonio Olinto em seus romances africanos começa, em A casa da água, como uma enxurrada. Não há introdução, preparativos, prolegômenos. O leitor literalmente mergulha, já na primeira frase, em uma enchente. É a metáfora que conduz o discurso, uma recuperação moderna da narrativa sinfônica. Olinto escreve como quem conta uma história ao pé da fogueira na noite da África ancestral. Enumera os usos e costumes, o sincretismo religioso, os procedimentos curativos, o folclore, o cotidiano das casas e das ruas, mas principalmente localiza o leitor, pondo e transpondo pessoas, com enorme habilidade, em lugares de aqui e de acolá, do Piau a Juiz de Fora, do Rio à Bahia, do Brasil à África. Mas, se o espaço tem destaque na linguagem, o tempo é etéreo. Tempus fugit. A primeira referência temporal só se dá por volta da página 200, quando se menciona a guerra. "Mariana achava ingleses, franceses e alemães tão parecidos, por que haveriam de brigar, mas deviam ter lá suas razões." Somente ao final do livro uma tabela de datas vai esclarecer de que tempo histórico se está falando. E aí está: o tempo cronológico não tem importância.

Os achados de linguagem são tocantes. Logo à página 20, damos com esta preciosidade: "As mulheres ficaram com receio de olhar para fora e puseram os olhos no chão, Mariana, não, Mariana comeu o prazer de cada imagem." À página 58, outra: "Maria Gorda pegou-a no colo, começou a falar, tinha uma voz boa e gorda também." E à página 64: "A alegria dominou durante outra semana ainda o navio, mas foi-se diluindo em pedaços cada vez maiores de silêncio." É a voz soberana do narrador, simples, despida e precisa, fazendo um registro. Sem avaliações morais ou moralistas. O padre José que bebe cachaça, a matança cerimonial, a fornicação sem vergonhas. O livro é a pauta da vida. Desenvolve-se. Evolui, como um navio que avança pelas ondas franjadas. O livro é a vida, em seu processo, sujeitando as pessoas pela tradição, cultura, pela dinâmica própria. Um relicário da prodigiosa observação desse autor que funde ficção e memória em uma liga só, emocionante
A Casa da água foi lançado em 1969 e serviu de esteio para os outros dois livros da trilogia (O Rei de Keto e o Trono de Vidro). A análise da alma africana, e por extensão da alma humana, é preciosa, no texto de Antonio Olinto. Mas não está em fatos pitorescos ou nas anedotas. Está nos refrões, pregões, imprecações. Vejam esta frase: "Ele tinha boa cara, os lábios, grossos e fortes, formavam um sorriso lento, que demorava a se formar e demorava a se desfazer." Outra: "O pai revelou-se um homem baixo e muito gordo, a boca se esparramava como a de um sapo, ria uma risada enorme e demorada."
A trilogia do acadêmico Antonio Olinto é um compêndio sobre costumes de um povo que passou muitos anos lutando para manter a sua identidade. Assim, a pretexto de falar da alma da África, o autor fala da alma do Brasil. O fio condutor é Mariana, errante e errática, miscigenada e híbrida, suspensa entre dois mundos, como a água do mar, a água da enchente, nessa torrente de vida. Mas uma mulher firme, empreendedora, justa. Uma brasileira. A frase de Mariana, ao batizar a sua loja, comprada com o trabalho de uma vida, de Casa da água, foi esta: "É que eu comecei a ser eu depois que fiz um poço." Anos mais tarde, ela diria (página 59 de O Rei de Keto): "A coisa mais importante que fiz foi abrir um poço em Lagos quando era moça." Quanta densidade em duas frases!
Aqui e ali, a voz do autor se deixa evidenciar, numa cuidada intervenção da primeira pessoa. São apenas dois ou três verbos em cada volume, com desinência voltada para o eu. Artifícios de um habilidoso processo de construção da narrativa.

A um homem que viveu a África, como adido cultural na Nigéria, escolho a boa tradição iorubá, e termino este artigo com um oriki, como faz o autor no seu romance: ó Antonio Olinto, tu que ensinas a ver e a julgar, que estás no teu merecido lugar no cenáculo da Academia Brasileira de Letras, que escrevas muito e que teus escritos sejam recebidos com alegria pelos nossos corações, para sempre. Porque tua obra, nobre escritor, é como tu: tem a energia do trovão, a sabedoria dos nossos ancestrais e a serenidade do mar calmo.



Jornal da Letras, edição de setembro de 2007

Inserida por fraseschalita