Adeus meu Amor a Morte me Levou de Vc
O bom dia é o hoje! O ontem foi bom, mas entregou o bastão e disse adeus. Agora seu lugar é o anonimato.
Sabe aquela sensação de ter dado o último adeus a uma pessoa e nem sequer se lembrar daquele momento ?
Aquela mesma sensação de quando você se lembra que você saiu uma última vez para brincar e nunca mais voltou.
Me sinto assim.
Fui brincar de ser adulto e mesmo tão precoce se quer me lembro de ter lhe dado um adeus.
É ! tô aceitando aos poucos, mais eu ainda sinto a sua falta. Estar com você era oque mais precisava agora, mais você se foi e me deixou aqui.
Mais como ?
Quando poderei te vê novamente, e será que ainda seremos os mesmos ?
É, e no fim só me sobrou você..o antônimo da inocência. Preferiria não tê-la conhecido.
"Adeus "
Eu vou me lembrar
Vou me lembrar da dor
Das noites inteiras de choro
Da sensação de agonia
Da espera incessante
Que nunca acabava
Do meu coração sangrar
Sem saber o porque
Da minha pele fria
Da perda da falta de apetite
Da dor , da minha própria companhia
Do pânico , da falta constante
Do assoprar do vento
congelando as lágrimas do meu rosto
Em todo caso
Eu sempre vou me lembrar.
Adeus
Num instante, a ansiedade, o calor, o encontro,
Logo, o reflexo de uma passagem, sentimentos envolvidos,
Depois, as regras, a comodidade, a ausência,
Então, o adeus, a história engavetada e o céu noturno em silêncio.
Os momentos mágicos permanecem para sempre!
Da primeira troca de olhares, do primeiro, do segundo e do terceiro beijo em diante, das belas confissões, do abraço apertado, do olhar perdido nos olhos do outro, da falta de ar e do aperto no peito, da fraqueza nas pernas à saudade que parece não ter fim... Todos esses mágicos momentos ficarão para sempre guardados nos íntimos recônditos do sentimento.
Essa...
Essa, que hoje se entrega aos meus braços escrava
olhos tontos do amor de que aos poucos me farto,
ontem... era a mulher ideal que eu procurava
que enchia a minha insônia a rondar o meu quarto...
Essa, que ao meu olhar parado e indiferente
há pouco se despiu - divinamente nua -,
já me ouviu murmurar em êxtase, fremente:
- Sou teu! ... E já me disse, a delirar: - Sou tua !
Essa, que encheu meus sonhos, meus receios vãos,
num tempo em que eram vãos meus sonhos, meus receios,
já transbordou de vida a ânsia das minhas mãos
com a beleza estonteante e morna dos seus seios !
Essa, que se vestiu... que saiu dos meus braços
e se foi... - para vir, quem sabe? uma outra vez.
- segui-a... e eu era a sombra dos seus próprios passos..
- amei-a... e eu era um louco quando a amei talvez...
Hoje, seu corpo é um livro aberto aos meus sentidos
já não guarda as surpresas de antes para mim...
(Não importa se há livros muita vez relidos
importa... é que afinal, todos eles têm fim...
Essa, a quem julguei Ter tanta afeição sincera
e hoje não enche mais a minha solidão,
simboliza a mulher que sempre a gente espera...
mas que chega, e se vai... como todas vão...
(Do livro - Amo – 1939)
A verdade é que nunca acreditei em vida após a morte, achava que fosse uma coisa banal. Sem explicações concretas e convincentes. No mundo em que vivemos tudo se tornou questionável e eu, como um mero mortal, não poderia agir diferente. Até que uma fatalidade mudou tudo e junto com ele os meus questionamentos. Somos humanos e estamos sujeitos a poucas certezas nessa vida, mas eis um pequeno fato: Você também vai morrer!
As pessoas passam a vida correndo atrás de respostas, mas a própria morte é o resultado dessa sentença e alguns só saberão quando morrerem.
A vida nos Ensinou a não dizer nunca mas, nunca nos ensinou suportar o profundo abismos que a morte de um ente-querido provoca!!
No meu silêncio para ti?
Talvez seja silêncio de palavras não ditas- [Morte, se calhar…(se eu ousar em te dizer)]
Quando calo, como tu me vês?
Quando no meu silêncio tu me desnudas?
- Tu vês meu amor em um olhar?
- Ou, um beijo suave de Judas?
(Amores no silêncio- editado)
