Adeus meu Amor a Morte me Levou de Vc
~ Soneto 92 ~
Faz teu pior pra mim te afastares,
Enquanto eu viva tu és sempre meu,
Não há mais vida se tu não ficares,
Pois ela vive desse amor que é teu.
Por que hei de temer grande traição
Se tem fim minha vida com a menor;
De vida abençoada eu sou, então,
Por não estar preso ao teu cruel humor.
Tua mente inconstante não me afeta,
Minha vida é ligada à tua sorte;
Como é feliz o fato que decreta
Que sou feliz no amor, feliz na morte!
Porém que graça escapa de temer?
Podes ser falso e eu sequer saber.
Quando eu amo
Eu devoro
Todo o meu coração
Eu odeio
Eu adoro
Numa mesma oração
Nunca
Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar…
Por isso o meu verso tem
essa quase imperceptível tremor...
A vida é triste, o mundo é louco!
Nem vale a pena matar-se por isso.
Nem por ninguém.
Por nenhum amor…
A vida continua, indiferente!
Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta
entre ti e mim, e está comigo.
CONHECIDOS E AMIGOS: AS GRADAÇÕES
Amigo do peito.
Amigão.
Velho amigo.
Meu melhor amigo.
Conheço-o há muito tempo.
Conhecido metido a amigo.
Amigo que cai de turma e vira conhecido.
Sempre foi muito legal comigo.
Conhecido íntimo.
Conhecido afetuoso.
Conhecido que se diz amigo.
Conhecido que finge que não nos vê em certas situações.
Amigo intenso que não se vê há muitos anos.
Amigo passivo.
Amigo de convivência esparsa e rara.
Amigo de todas as horas.
Amigo das horas difíceis.
Amigo só de horas fáceis.
Amigos encrenqueiros.
Amigos adoráveis.
Amigos trabalhosos.
Amigo de Fé.
Conhecido de vista.
Falso íntimo.
Amigo a quem não se conhece pessoalmente.
Amigo da Internet.
Conhecido da Internet.
Chato da Internet.
Afinidade especial na Internet.
Amigo dela de quem foi caso secreto no passado.
Amiga dele de quem foi caso secreto no passado.
Ex–amigo que ainda não sabe que já é.
Candidato a ex-amigo.
Amizade que deixamos escapar.
Amizade unilateral.
Admiração sem amizade.
Amizade com inveja.
A mútua admiração da amizade.
A impossibilidade do amigo morto.
O Impossível Carinho
Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
-Eu soubesse repor_
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!
Objeto
de meu mais desesperado desejo
não seja aquilo
por quem ardo e não vejo
seja estrela que me beija
oriente que me reja
azul amor beleza
faça qualquer coisa
mas pelo amor de deus
ou de nós dois
SEJA
Queria não controlar meu coração. Penso: se pudesse entregá-lo ao menos por um final-de-semana esta chuva caindo em meu rosto teria outro sabor. Se amar fosse fácil eu estaria abraçada com ele, e a letra da música contaria uma história que é a nossa história.
Encostar Na Tua
Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino
Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já era o que eu queria achar
Quando você chamar meu nome
Eu que também não sei aonde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for
Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua
E saiba que forte eu sei chegar
Mesmo se eu perder o rumo, êê
E saiba que forte eu sei chegar
Se for preciso eu sumo
Eu só quero saber em qual rua
A minha vida vai encostar na tua.
Aquietei-me, não por que a morte levou o que tinha guardado dentro da minha alma, mas para que o intervalo sirva de tempo suficiente para mostrar que tudo continua vivo dentro de mim.
Se não for você, eu desisto. Desisto de procurar alguém, desisto de tentar amar. Desisto dos beijos sentimentais. Desisto do corpo a corpo passional. Largo de mão dos meus planos pro futuro com alguém. Desisto de tudo. Não penso mais em vida a dois e muito menos em amor eterno. Se não for você, não vai ser ninguém. É o que eu sinto agora. Sinto que não posso e não dá para viver sem você. E se não for para te ter, eu chuto o balde. Eu largo o mundo e nunca mais penso no que planejamos juntos. Passaria a desacreditar no futuro. Se não for você, eu deixo de ser eu. Se não for você, meu amor, se não for você, a minha vida deixaria de fazer sentido.
Como dizia o poeta
Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai
Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não
Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão
Peste, fome e guerra, morte e amor, a vida de Tereza Batista é uma história de cordel.
Só o amor, e não a razão, é mais forte do que a morte.
Nota: Paráfrase de Link
Pra mim tudo tem remédio, só a morte que não. Porque eu aprendi que mal de amor, se cura com o novo amor. Não deu certo com aquele babaca? Tenta com outro.
É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo - tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes.
Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor. Amor não tem nada a ver com isso. Ela era uma parasita. Ela o matou porque era uma parasita. Porque não conseguia viver sozinha. Ela o sugou como um vampiro, até a última gota, para que pudesse exibir ao mundo aquelas flores roxas e amarelas. Aquelas flores imundas. Aquelas flores nojentas. Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio.
Há Vida na Morte.
Uma rosa, uma oração.
A paz no meu silêncio.
Minha profunda gratidão.
Um adeus, uma ida sem volta.
A permanência da ausência.
O estar longe dos olhos,
Mas tão dentro de mim.
Uma vida, na morte.
Uma partida, um choque.
Lágrimas que se vão... Solidão.
Imagens que se dão,
Memórias... Amplidão.
Saudades que fica.
Relembra vidas, libera emoção.
Silêncio!
Há vida na morte.
Vagueia, toca e chega,
Beija e se vai.
Agradeço por tua existência,
Mesmo que da morte te espreita,
Tu em mim,
Tens grande certeza,
Não morrerás jamais.
Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
