Adeus meu Amor a Morte me Levou de Vc
Meus temas e meu universo não são convencionais no meio literário. Minha aparência também não. Por um lado, essa desconfiança vem diminuindo, porque já tenho mais de dez anos de carreira, oito livros, não sou mais um garotinho. Mas também me sinto mais confortável para ousar, tanto no discurso, na aparência, quanto no texto.
Eu precisava renunciar à hipótese de que ele já se situava sob o meu domínio. Se sumisse talvez fosse o melhor. Que eu voltasse à minha solidão sem me abater. Nela tinha as minhas referências todas ordenadas, eu a abastecia com algumas obsessões, como o pensamento sobre o que eu perderia se viesse a morrer nas próximas horas.
Carrego no meu corpo projéteis dos inimigo
E eu nem sei quem são, mas sei que Deus é bom
Mesmo no vale Ele sempre esteve comigo
Me livrou dos perigo e da má intenção
IMPRÓPRIO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O calar do meu corpo sufoca o calor
e parece um colar apertando a garganta;
uma cola na dor da santa inquisição
sobre minhas vontades escravas do sangue...
No calor de quentar os meus sonhos carnais
feito mãos no mormaço do fogão a lenha,
cresce o calo no colo desta solidão
prenha duma esperança que não vem à luz...
Há um nódulo ardente na minha virilha;
é a Ilha de Patmos do meu desejo
que não pode ceder ao ensejo da chama...
Meu calar me derrete no calor do colo
e promete ao colar um pescoço mais dócil,
pra que o dolo da carne seja culpa inerte...
Hoje, o pico alto do meu dia foi os 300 mls de um refrigerante borbulhando na garganta. Sim, um momento de felicidade.
27012020 escassez
Sou feliz do meu jeito
e me amo como sou,
Com minhas qualidades e meus defeitos.
Não nasci para agradar
mas para ser feliz e amar.
Todas as ações que eu tomei, não importa a violência ou a crueldade, foi pelo bem maior de meu povo e agora não tenho mais povo e nem alma é o que vc tirou de mim !
Onde quero estar...estou. Minha vida tem a cor que quero, coloco meu destino onde bem entender.
Flávia Abib
O meu livro de instruções de poesia,
comprado num quiosque junto ao rio,
contém várias regras
sobre o que evitar e o que seguir.
Mais de duas pessoas num poema
é uma multidão, eis uma.
Mencionar que roupa usas
enquanto escreves, é outra.
Evitar a palavra vórtice,
a palavra aveludado, e a palavra cigarra.
À falta de um final,
coloca umas galinhas castanhas em plena chuva.
Nunca admitas que reves.
E – mantém sempre o teu poema numa só estação.
Tento estar atento,
mas nestes últimos dias de verão
sempre que elevo os olhos da página
e vejo uma mancha queimada de folhas amarelas,
penso nos ventos glaciais
que brevemente me atravessarão o casaco.
Pedaços de Mim
Minhas curvas convocatórias de inveja e desejos insaciáveis
Meu rosto que com um sorriso respondia a quem bem me abordava
Minha saia cumprida de pouco pano que minha auto-estima aumentava
Minha cinta fina que ao ritmo da marrabenta dançava
E meu lindo corpo que ao som da guitarra tocava
Malditos!
Malditos os dedos que nas minhas curvas a mão passaram
Malditos os seres que no meu rosto a felecidade afugentaram
Malditas mãos que minha saia de pouco pano arrancaram
Malditos braços que minha cinta fina agrediram
Malditos corpos que na minha guitarra sons sem arte tocaram
Malditos!
Aos poucos a chuva foi parando, a folha secando e o sol timidamente confundindo meu olhar. Era toda vez assim, quando chovia e hoje já se faziam 40 anos e eu?
Aos poucos a chuva foi parando, a folha secando e o sol timidamente confundindo meu olhar...
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