Adão e Eva
Faça sol ou faça tempestade
faça sol ou faça tempestade,
meu corpo é fechado
por esta pele negra.
faça sol ou faça tempestade
meu corpo é cercado
por estes muros altos,
– currais
onde ainda se coagula
o sangue dos escravos.
faça sol
ou faça tempestade,
meu corpo é fechado
por esta pele negra.
Enquanto o dia infinito sem sol se arrastava, eu piscava devagar para o teto rachado, onde aranhas teciam teias preguiçosas como minhas próprias desculpas. "A banda parar de tocar", murmurava para mim mesmo, ecoando aquela frase quebrada que o usuário jogara, talvez um erro de digitação, talvez um grito abafado de uma mente cansada como a minha. Mas que banda? A orquestra invisível da vida, com seus violinos desafinados e tambores surdos, que nunca parava de martelar na cabeça, mesmo quando eu implorava pelo silêncio?
Sozinho no sofá que cheirava a mofo e memórias podres, eu rolava para o lado, evitando o esforço de acender a luz. Amargo era o resíduo do café na língua, misturado ao gosto metálico da derrota autoimposta. A preguiça me ancorava, uma âncora enferrujada no fundo, de um mar de nada, onde peixes mortos flutuavam como promessas quebradas. Por que me mexer? O mundo lá fora, com suas corridas e risos forçados, não sentia minha falta e eu, solitário rei de um reino vazio, não sentia falta dele.
Deixei os pensamentos vagarem como nuvens cinzentas, preguiçosos demais para chover. O tigre flamejante?
Agora era só um gatinho ronronando debilmente, sua fúria dissipada no ar úmido. A morte, ah, ela demorava, preguiçosa como eu, talvez deitada em seu próprio sofá eterno, esperando que eu a chamasse. Mas eu não chamava. Somente esperava, no vazio que se expandia, engolindo horas como um buraco negro faminto. Continuei assim, ou melhor, parei de continuar porque no fim, o que era a história senão uma sucessão de nadas, amargos e solitários, ecoando até o silêncio final.
Enquanto o eco dos versos passavam, se dissipando no ar úmido da noite, eu me arrastava para o sofá puído, onde o tempo se esticava como uma goma velha e mastigada. A amizade, esse amor disfarçado que ela cantava, não passava de uma piada amarga para mim agora, vazio em um quarto sem janelas. Preguiça? Ah, ela era minha companheira fiel, enrolando-se em mim como uma cobra sonolenta, sussurrando que o esforço era para tolos, que o mundo lá fora girava sem precisar do meu olhar.
Sozinho, via o céu como túmulos de sonhos esquecidos, inalcançáveis aos meros preguiçosos e fracos. O tigre flamejante rugia distante, o gatinho gritava em vão? Eu nem me mexia. Por que lutar contra o medo, contra o tempo que devora tudo? Deixei o relógio ticar, o amor passar como um trem que nunca para na minha estação abandonada. Amargo era o café frio na xícara, solitário o silêncio que engolia minhas risadas antigas, preguiçoso o corpo que se recusava a levantar.
E assim, continuei a história, ou melhor, a falta dela. Deitei ali, esperando que a morte, essa preguiçosa rainha, viesse me buscar sem pressa, sem drama. Pois no fim, o que restava? Somente o vazio, o amargo gosto de nada, e a solidão que se estendia como um dia infinito sem sol.
Estar de terno não define o grau de importância das suas palavras, mas palavras importantes coadjuvam muito bem com um terno.
Travamos uma luta, a luta contra o sono.
E está luta não podemos vencer, pôs é impossível, uma hora ou outra ele vence.
Ser gestora dos sentimentos e das emoções de alguém é saber planear, organizar, liderar, e controlar suas alegrias, tristezas, medos e angústias.
"Planeia a alegria da pessoa amada, ajude-a a organizar seus problemas, lidera seu estado de alegria e controla sua autêntica felicidade . Está é a mais bela gestão de relacionamento".
Gilybasta
“A inovação não muda o nosso estilo primário, mas dá-nos à oportunidade de mostrar que temos um novo estilo”.
Gilybasta
Amizade Insegura
Pessoa amiga, é a amizade.
Insegura, sente falta de confiança...
Segurança é o conforto sem o perigo.
A firmeza que não implica riscos,
a confiança que temos na proteção
de um amigo.
Amizade insegura é falta de confiança,
de proteção, falta de companheiro e de segurança.
Gilybasta
Segurança é o conforto sem o perigo.
A firmeza que não implica riscos,
a confiança que temos na proteção
de um amigo.
[GMMA]
“Estar triste não é obrigatório, é opcional. Lembra-te que existe a alegria, então faça uma boa escolha”.😉
[GMMA]
Sinto a tua falta mesmo estando ao teu lado. Ando depressa, com medo, que o "medo de perder "me alcança.
Não tenho medo de te perder. Mas tenho medo de deixar de sentir a tua falta, porque para mim seria o mesmo que te perder.
Estar ao meu lado e não conversar, é o mesmo que estar no mar e não mergulhar nas profundezas do oceano.
[GMMA]
És o nascente das minhas alegrias, o poente das minhas tristezas.
O renascer dos meus sorrisos, o esmorecer das minhas angústias.
O manancial do meu bem estar, a foz da minha dor.
És o frio e calor que sinto. És a flora e a fauna do meu sistema límbico.
És a minha natureza perfeita imperfeita.
Comer é a mais alta diversão dos dentes, e pelo menos de dois sentidos. Olfato e paladar, divertem-se ao degustar as iguarias.
Pai, querida mãe, não me esqueci de quem eu era e do que sou agora, e nem me vou esquecer quem eu quero ser.
Já fui o menino da roulote. Hoje chamam-me de menino do sorriso lindo. Amanhã eu quero ser apenas eu mesmo, o “Giltuany Adão”.
- Relacionados
- Poesia sobre a Mulher Costela Adão
- Eva
- Frases de Adão Negro
