Acabar o Encanto
Sou água...
Sou água que corre entre pedras, sou a liberdade tão singela hoje mais valiosa do que o mais caro tesouro e de tanto limpar os caminhos por onde passo acabo criando um limo diferenciado, criação, de tão forte que sou acabo transformando a mais dura pedra em tão serena pele e a beijo tão intensamente e ali planto o meu amor...
Eu admito que não sou perfeito, mas farei de tudo para ser o melhor em sua vida.
Palavra de Honra
Doniluz O pensador!
Ao invés de ler um livro, ouça uma música. Alguns minutos de olhos fechados abrem mais a mente do que vários dias de olhos abertos.
Antes de utilizar os olhos e a câmera fotográfica você deve usar o coração e a humildade. Sem estes dois elementos, você irá apenas registrar em imagens a frieza de si próprio.
As palavras do coração apaixonado queimaram me a alma, escrevendo cores certas para coração ferido e vida vazia de amor. Ama-me quando menos mereço porque é neste momento que mas preciso do teu amor.
Quando te vejo pelas ruas da CIDADE,
Sinto SAUDADE, E a solidão me DOMINA,
Vejo ao teu lado o homem com quem CASOU,
E CONQUISTOU, Teu amor puro de MENINA,
E a tristeza eu não consigo ESCONDER,
Me faz SOFRER, A situação que eu CRIEI,
Te ABANDONEI, Por uma mulher CASADA,
Uma vida ARRISCADA, E mesmo assim eu CONTINUEI...
Eita loirinha LINDA,
Quando a tarde FINDA,
E a noite CHEGA,
A intensão se APROCHEGA,
De te pegar te dar um BEIJO,
Ardente, molhado de DESEJO,
De contigo fazer AMOR,
Me deliciar no teu CALOR,
E te fazer tanto CARINHO,
De te fazer virar o ZOINHO,
Te sentir feliz ao chegar o FIM,
E depois tu olha pra MIM,
E diz que sempre será ASSIM...
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
China véia não te RENEGA,
Tá com saudade das MACEGAS,
Onde a gente RETOUÇOU,
Mas hoje sou o que SOU,
Não esqueço minhas ORIGENS,
Nem de quando tu eras VIRGEM,
Fui eu que te fiz MULHER,
Me digas o que tu QUER,
E deixe de FRESCURA,
Este guasca não ATURA,
Xorumingo de CHINA,
Agarro logo das CRINA,
E atiro nos PELEGOS,
Cavalgando sem SOSSEGO,
Me chicoteia com teus CABELOS,
E contentando teus APELOS,
Com meu instinto BAGOAL,
Pois sou teu ANIMAL,
Que de jeito sempre te PEGA,
E te arrasta pras MACEGAS...
Para espantar o teu MAL...
É nesse momento de nostalgia e SOLIDÃO,...Um foguito bueno de CHÃO,...Na luz tímida do GALPÃO,...Iluminada por um antigo LAMPEÃO,...Um trago de canha pura me brota a INSPIRAÇÃO,...Assim pego o meu VIOLÃO,...E escrevo e canto esta CANÇÃO,...Com a voz embargada pela canha e a EMOÇÃO...
Com todo o respeito e consideração que tenho pelas mulheres, mas as vezes eu perco a noção, pra dar espaço e razão a minha imaginação...
Me falaram que quando se deixa de amar algo, na verdade é porque nunca se amou. Talvez o que eu tenha sentindo por ti, tivesse sido um engano, numa tentativa desesperada para me libertar dessas amarras. Um novo dia surgiu e eu deixei de ser aquela menina. Aquela menina que fazia brilhar os seus olhos, aquela menina que tinha uma voz fofa. Aquela menina se tornou uma estranha, que nem ela mesma reconhecia. E então da forma mais dura e triste, o que era um amor eterno, acabou. É talvez eu não soubesse amar, ou não quisesse ter aprendido, talvez se eu tivesse ido com calma, talvez se eu tivesse esperado o tempo agir. Talvez tivesse dado certo. Mas a vida é feita disso, de novos recomeços.
Esperando um salvador
Vivemos esperando um salvador
Uma pessoa que venha nos salvar
Que nossa vida possa melhorar
Uma esperança para a nossa dor!
Vivemos esperando um salvador
Que possa dar um rumo a nossa vida
Pois não tomamos iniciativa
Agir como um verdadeiro servidor!
Vivemos esperando um salvador
Somos muito acomodados
Ficamos de braços cruzados
Aguardando milagres do Senhor!
Vivemos esperando um salvador
Mas somos seres inteligentes
Não podemos ficar dormentes
Jogar a responsabilidade no Criador!
Viver esperando um salvador
É sinônimo de fraqueza
Não seremos dignos da grandeza
De ajudar na obra superior.
Quando a velhice chegar
Quando a velhice chegar
Tenho que estar preparado
Posso ser discriminado
Problemas vou enfrentar!
Quando a velhice chegar
Não é motivo para desespero
Não podemos ficar com medo
A fase não é de lamentar!
Quando a velhice chegar
Não quero morrer de tédio
Mente sã é o melhor remédio
Os sonhos não podem parar!
Quando a velhice chegar
Estarei com mais sabedoria
Devemos sentir alegria
Muitos não chegarão em nosso lugar!
Quando a velhice chegar
Quero continuar trabalhando
Aos jovens estarei ensinando
O velho ainda pode ajudar!
Que o tempo diga
Que o tempo explique:
o que está subtendido,
o que não está escrito e o que não foi dito.
Que o tempo diga o que os lábios não profetizou e o que as mãos não entrelaçou.
Deixando entre o pensamento um silêncio e um tempo vázio
compasso lento.
compassando a música do pensamento.
Deixando entre o pensamento um caos sob o vento.
Entre o dia e a noite
entre o segundo e o minunto
um vazio fraudulento...
Que o tempo diga o que os lábios não profetizou
na fluídez do momento.