A Virtude da Maturidade

Nem me seduz o vício, nem adoro a virtude.

A virtude é coisa deveras inútil e frívola, caso apenas tenha a recomendá-la a glória.

A virtude também é uma arte. Eis porque ela tem duas espécies de discípulos: os que a praticam e os que a admiram.

O pecado é mais fecundo que a virtude.

O vício não seria completamente vício se não odiasse a virtude.

Não é colocando o dever em primeiro lugar e o êxito em segundo, que se eleva o padrão da virtude?

Ganha dinheiro primeiro, a virtude vem depois.

Quando a virtude se mostra unida ao talento, coloca um grande homem acima da sua glória.

O idealismo é a virtude da inexperiência.

Hospitalidade: virtude que nos obriga a alimentarmos e alojarmos certas pessoas que não precisam de alimentos nem de alojamento.

Censuram-se severamente defeitos à virtude, ao passo que se não poupa indulgência para as qualidades do vício.

Nobre e ilustrada é a ambição que tem por objeto a sabedoria e a virtude.

A virtude resplandece na adversidade, como o incenso reacende sobre as brasas.

Se perecer a virtude, perecerá a caridade.

Entre a avareza e a prodigalidade encontra-se a economia, e esta é a virtude que o homem honesto deve praticar.

A virtude é a única nobreza.

A economia, que é uma virtude, é uma necessidade na pobreza, um ato de juízo na mediania, e na opulência um vício.

A primeira virtude revolucionária é a arte de pôr os outros em sentido.

Honro com o nome de virtude o hábito de praticar ações penosas e úteis aos outros.

Quando o amor excede, não traz aos homens nem honra nem virtude.