A Semente da Vitoria
O mundo tá cheio de covardia, te apunhalam
Pelas costas e ainda com ironia, tudo começa
Quando se fecha as cortinas.
Ninguém confia mais em ninguém, nem mesmo na
Própria sombra
Nem o espelho tá mais servindo, quando fui me olhar
Até me assustei com meu semblante destruído, geral
Corrompido, o amor tá frio, eu também já enfriei.
No calor do ódio e da intolerância, todo mundo quer
Ser rei, me desculpe se eu errei, é que eu já não sei
Mais pra onde eu vou, aonde vou parar, será que da pra
Raciocinar?
O que é certo ficou errado, e o que é errado ficou certo
Meu papo é reto, nem sei mais quem sou, às vezes me sinto que
Estou em um deserto querendo desabafar com tanto glamour .
Muitos rir pra não chorar, diz que tá tudo bem, más eu sei que
No fundo não tá, é só pra agradar né? esse filme eu já conheço
Porque temos sempre algo em comum, isso ai eu já desmereço.
Choramos todos os dias, mesmo sentindo alegria, a tristeza sempre
Tá perto, vejo agonia, não da pra entender, só quem não quer ver, aonde
O bem tá, o mal também tá próximo, é tóxico pra quem tá de plantão, mas
Também vejo muitos pregando o amor e outros religião.
Ai vem me falar, o que é que tem haver? é preciso dizer? que ninguém se importa
Com você, só você pode e tem a chave secreta, na calada na madruga o coração
Acelera à mil por hora, porque a gente chora? em silêncio, dia após dia, querendo
Colocar pra fora toda essa patifaria.
Tá me matando aos pouco, me vejo no poço, calabouço, eu dou grito com minha alma
Ao invés de usar minha própria voz, porra ninguém me escuta, más falam que eu tô na
Paranóia, ninguém entende minhas loucuras, e loucuras de louco quem vai entender?
Nós mesmo joga pedra sem querer ser atirado, somos nós mesmo, o próprio
réu sem querer ser o culpado, é tanta hipocresia que até quem é não consegue ficar calado
E eu não me calo, é preciso mais amor pra não poder ver mais um morrer enforcado, ame mais
Ame mais, ame mais, ame mais...
A Vida
A vida não é assim
Com beleza maquiada
Para demonstrar felicidade
Muito além do normal,
Viver de trocas
Inventar novos passeios
A tentar preencher o vazio do peito
Ilusão afoita do esperançado perfeito
No desencontro do próprio eu,
Os olhos passam a carregar um olhar cansado
O corpo a ficar esquálido
E o sorrir constante e aberto
Sem alegria,
Bonito talvez fosse
Abstrair-se do imaginário
E internalizar que a felicidade
Pode vir de uma vida minimalista, serena
Mais real e plena.
Ansiedade & Angústia
É no esplendor dessa dor
Que me pego a pensar
Se do aperto que me parte
Desejo não há demais
E se demais eu dê mais
De desejo vou queimar
Se me pede que grite
Que grite ainda mais
Se me pede que guie
Que guie um pouco mais
Há no sufoco de cada grito
Um pouco de ar perdido
Para quem e quê gritar
Se no fim não terá mais ar
Desespero de aperto
Sufoco no peito
Angústia
Leva-me a tantos medos
Se de medo me leva
Medo me pega
Tento evitar
Anseio pelo não ocorrido
Em mil pensamentos a pensar
Me perco no labirinto
De pensamentos
Que não posso controlar
E do futuro que tenho medo
Evitar faze-lo
Ansiedade me prendo
De angústia do antes e agora
De ansiedade do futuro a fora
Eu me perco
Nesse labirinto que sou
Eu mesmo
Não há labirinto!
Se do futuro não posso saber
Nem passado mudar
Para quê tanto grito
Por algo que não posso ver
Nem mesmo mudar?
De mil pensamentos deixar me tomar
No labirinto interno
Irei me levar
Esquecido de mim
Esquecido de agora
Me perco sem rumo
Numa luta ilusória
Se me apego no evitar
Ou se me apego do que veio passar
Eis que entro
Me prendo
Me acorrento
Em pleno desespero!
Quem trouxe?
Da onde veio?
Esse fantasma!
Que me causa tanto medo
Sou eu mesmo!
O morto que me assombra
Meu passado acorrentado
E meu futuro antecipado
Por mim mesmo
Me torno o que penso
Por mim mesmo transformo
Os mortos em vivos
Os vivos em mortos
E medos eu crio
Pelo futuro não visto
Pelo passado perdido
Torno o não real
O meu real
Pois agora
O sinto
O faço
O penso
E o digiro!
Eu o vomito no mundo
O pesamento por mim criado
Onde está a saída?
Do labirinto de meus fantasmas?
Meu próprio labirinto!
Há se disser para onde andam
Para onde vai.
Não há labirinto
Nem fantasma
Nem futuro
Nem passado!
Há memória
Há pesamento
Há sentimentos!
Eles criam, o que antecipo
Eles moldam o que penso
Eles fazem o que eu evito
Eu mesmo sou
O criador
De meus medos!
Onde vou estarei
Onde fujo eu farei
Meu fluxo não cessa
Enquanto não ver
Que o que é visto
Miragem não passa
Quando me deixo
Perder-me
Em mim mesmo
Em correntes de fluxos
De Pensamentos!
Não há labirinto!
Cada dia que você vive é como uma porta aberta, um livro contemplado, uma fruta desejada. Por isso escolha seguir. Apenas siga.
A humanidade sobreviverá enquanto conservar a força da indignação; mas será o fim da espécie humana quando se considerarem naturais a miséria, a violência, a poluição e a falta de empatia com o outro.
VIVER É LUTAR!
A luta é o motor propulsor da história, e a condição necessária para a sobrevivência. Nossa existência é afirmada na luta. Na luta os resultados podem ser imprevisíveis, mas a única condição para vencer é lutar.
Soneto
Quando Fílis as lágrimas bebia,
em um fio de pérolas brilhante
da matutina luz, bela, e flamante
precursora do sol, e mãe do dia,
uns dentes se lhe partem à porfia
para a união das pérolas amante,
que sendo a qualidade semelhante
os quis conglutinar a simpatia.
Bem que ao beber as pérolas luzentes
se lhe quebrem os dentes, julga e toca
não serem as matérias diferentes,
pois sem se conhecer mudança, ou troca
enfiados por pérolas os dentes
têm por dentes as pérolas na boca.
Soneto jocoso
Pondero a emudecida formosura
De Fília, sem temer que impertinente
Possa, no meu soneto, meter dente,
Pois carece de toda a dentadura.
Se, por cobrir a falta, esta escultura
Tão muda está que não parece gente,
Estátua de jardim será somente,
Se de pano de raz não for figura.
O Senhor Secretário quer que a creia
Bela sem dentes; eu lho não concedo:
Desdentada é pior do que ser feia,
E em silêncio só pode causar medo,
Ser relógio do sol para uma aldeia,
Para um povo estafermo do segredo.
Se a senhora continuar a interceder desse jeito por todos, o inferno vai terminar como disse Murilo: feito repartição pública, que existe, mas não funciona.
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