A Procura do Homem Perfeito
"A fé cristã e a vida escoteira formam um todo único, só são Escoteiros para viver como Cristãos mais perfeitos, com um espírito sobrenatural mais intenso."
São Jorge, Padroeiro do Escotismo Católico.
“Há muito, muito tempo, diz-nos o imaginário deste Dia, surgiu a necessidade de criar umgrupo de pessoas que, por terem capacidades extraordinárias de adaptação, perseverança,amizade, solidariedade e o arrojo de ir mais além e ser mais e melhor se tornaram osguardiões de S. Jorge”. Surgiram depois os cavaleiros de rumos e as alcateias repletas de boadisposição e sabedoria e comunidades que têm a destreza de construir novos mundos” (Doimaginário deste Dia de S. Jorge)."
"A santidade não pertence a um período específico, nem possui um
uniforme particular. O sentido das responsabilidades despertado pela pedagogia escotista conduz a uma vida na caridade e ao desejo de se colocar ao serviço do seu próximo, à imagem de Cristo servo, alicerçando-se na graça que Cristo oferece, em particular, através dossacramentos da Eucaristia e do Perdão."
CONCERTO… (soneto)
Concerto... de performance revestido
Em admiração e espanto, na cor canela
Onde o céu em rubor dispa da aquarela
Musicando e luzindo o horizonte pálido
Divinal, tal sinfonia com poético sentido
Desce a túnica da noite com lua e estrela
Deixando o sol com a alumiação de vela
Num cenário de um sentimento prazido
Orquestra, ó cerrado do Triângulo Mineiro
No sossego e silêncio doidejante e faceiro
Matizando o sertão com música e poesia
São acordes de cores de um cancioneiro
Cheio de harmonia e de mágico cheiro
Compondo-se de atração nesta noite fria
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de junho, 2020 – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
Sabedoria não tem nada a ver com idade. Tem a ver com o que o mundo te dá e o que você aprende com isso.
FINADOS
Perdida é a paixão no finados, ó Deidade!
Dentro do silêncio das lembranças, o choro
Dos que já se foram. Vácuo no peito em coro
E as orações repetindo o lamento, piedade!
Tantas flores pra tantas covas, pesar em goro
Tantos prantos pra tantas dores, familiaridade
Desfiando suspiros, em tal trágica fatuidade
No ocaso de glórias num plangor tão canoro
Devagar é o enterro no aflitivo perdido laço
Onde os olhares, passam, sem dar passo
Murmurando no vazio que o coração brade
Cada qual pega na alça do triste compasso
De conta em conta na magoa num repasso
Deixado as lágrimas e, arrastando saudade
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
BRASÍLIA (Distrito Federal)
Do planalto, ergue Brasília
De vasto céu e mar de estrela
Contrastes sua maior ironia
Se rubra tão senhora outrora donzela...
É Brasília
dos ipês, da arquitetura, és magia
tão bela...
O por do sol dourado
agita o candango, vê-se da janela...
Tuas asas são do cerrado
urbano e domésticas
És tão poético e outras poéticas...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Abril de 2016
Cerrado goiano
REVERÊNCIA
minha tristura
saúda a lágrima
e nesta usura
a vida é estima
na ternura
se em baixa ou em cima
saúdo a loucura...
no silêncio, um covil
solidão
tudo é funil
só amor é coração
e possível
com emoção...
O resto falível!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
AMANHÃ
pendulando a hora
vai-se
o dia embora
sem tir-te
penhora
e além de...
segundo a segundo
entardecer noto
tão rotundo
tão remoto
do hoje moribundo
pro amanhã ignoto...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO DIFERENTE
Pois quero parir a um soneto
Sangrado do amor adjacente
Que seja preciso e reluzente
E vire insígnia no meu projeto
Terá que vir do sol poente
De verso livre e irrequieto
Num abstrato tão concreto
Que me doe integralmente
Em cada tom, infinito teto
De textura tão irreverente
Que nunca vire obsoleto
E de tão querer o diferente
A mesmice torna decreto
E o soneto, repetido objeto
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO CAIPIRA
Fogão de lenha na poesia a poetar
Panela a chiar, vastidão pela janela
Cheiro da noite no negror sem tramela
Desprendendo olor na roça aformosear
O entardecer se tingindo de canela
No céu estrelas soturnas a navegar
Em uma sensação de paz, de amar
Amassando jeito matuto na gamela
É só silêncio, cigarro de palha a pitar
Saudade esfumaçada na luz de vela
Arando sensos num canoro devanear
Depois, uma pitada de solidão donzela
Acalentando as lembranças a revigorar
Ah, gostoso a vida caipira na sua tutela
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO DA RAZÃO
Na prepotência do querer ser altivo
Que arde na desavença em chama
E queima no ódio que não se ama
Acinzentando num desafeto cativo
É um tal sentimento insano, adjetivo
Que então contamina a alma na lama
Do egoísmo, que o zelo nunca clama
O acolher nos abraços, e ser passivo
Que devoto tanto, esse, que flama
A injustiça, num arbítrio explosivo
Tiranizando o viver em um drama
Onde há razão no ato opressivo?
Quando o Verbo, oferta proclama:
- Amar com amor para estar vivo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
CAUSA (soneto)
Ah soneto porque agruras quer poetar
No diálogo da ledice com a amargura
Nem tanta alegria, nem tanta tristura
Sou devaneador que se põe a sonhar
Se o rimar então chora porventura
Também riem nos versos ao cantar
Tenho o céu e o cerrado pra inspirar
E o amor no coração, principal figura
E neste motivo vai o meu caminhar
Veloz ou lento, moldo está escultura
Desenhando o fado no ser e no estar
Então, antes que tudo seja ventura
Completo a lacuna com meu olhar
E no tempo, vou cingindo a costura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
chororô
o cerrado chora
chororô
chove lá fora!
é chuvarada, sinhô
18horas: melancólica hora
e eu também tô:
- chorando...
pobre pecador!
que no peito vai gotejando
uma tempestade de amor
de chuva e choro infando
lá fora chove, e eu sofredor!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano
SONETO PASSADO
Nem o tempo pode voltar
Nem ninguém tal querer
O passo dado vai varrer
O passado no caminhar
Se quiser voltar e ver
Saudade irá encontrar
O ontem perdido no ar
E a vida sem se viver
No olhar, o velho e tal pesar
No coração, revés a abater
E a alma sem se transformar
Então, sigamos no outro ter
Pro vário podermos amar
Passar... um novo alvorecer!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
IMORTALIDADE DA SAUDADE (soneto)
Saudade: tal como uma faca crivada
Na alma, abrindo em uma agre fenda
No coração nostálgico, rude moenda
Sonial, insiste tirana com vergastada
A tua dor foi concebida em oferenda
Ao peito, e fazendo de sua morada
Brinda com a melancolia em prenda
A sofrença da lágrima esbravejada
Imorredoura, se mantém sem venda
Reencenando num tudo, num nada
No silêncio duma esvaecida legenda
Sempre renascendo, e tão indesejada
Porém, é proposta de pouca emenda
E de imortalidade no dissabor estacada
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
a coitada
fui ali na janela
ouvir a chuva
magricela
tão turva
ela estava chiando
ai, como sussurra
fica só reclamando
da secura, e hurra
e empurra a poeira
do telhado
escorre pela beira
da rua, e desanuviado
refrescado, na sua eira
ah! feliz, está o cerrado...
e numa tranqueira enleada
a chuva desce a ladeira
a coitada!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2919
Cerrado goiano
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