A Gente vai se Vê de novo
Universo de Dentro
Carrego um céu que ninguém vê,
feito de estrelas que brilham por fé.
Não sou espaço, sou explosão,
um infinito em combustão.
O amor é como um espelho quebrado que você se vê em partes e percebe que tentou colar o impossível. Que amar sozinho é como construir uma casa em areia movediça.
Dinheiro é deus morto,
mas ainda assim nos ajoelhamos.
Ele não nos vê.
Não nos ama.
Mas imprime silêncio
nos corredores das clínicas,
nos apartamentos sem janelas,
nas decisões entre o pão e o ônibus.
E a gente segue,
curvado,
pagando juros por existir.
Todo relacionamento de amor fracassado, deixa um aprendizado!
O problema é que na maioria das vezes a lição deixada pela pessoa errada!?
Acaba sendo colocada em prática com, à pessoa certa.
O instrumento que o poeta toca não se vê aos olhos,
não faz acordes, nem pode ser escutado pelos ouvidos.
O poeta é o instrumento,
e, se vibra, vibra com a própria vida.
Mas, se cala, cala-se não pela ausência,
mas pela dúvida:
será o som que sai mais que um simples barulho?
O músico tenta tocar o mundo
como quem afina um piano quebrado.
Mas o poeta, ah, o poeta é o mundo,
em todas as suas notas desajustadas e desarranjadas.
O músico, com sua partitura,
tem os dedos certos,
mas o poeta, ah, o poeta,
não tem mais dedos que o próprio instante.
O músico se orgulha do som que cria.
O poeta, esse, se espanta
com o que não pode ser tocado,
e talvez,
no fim,
seja o poeta quem, por fim, toque.
Nós, médiuns, percebemos a intenção por trás das palavras suaves e dos rostos amigáveis. Mas, às vezes, é melhor deixar que acreditem que confiamos em sua bondade, para que fiquem satisfeitos e sigam seu caminho, evitando conflitos desnecessários e preservando a paz. Não podemos esperar que os outros compreendam aquilo para o que ainda não estão prontos.
Olha para mim.
E me diz o que você vê.
Por que eu não vejo nada.
Além de um cara triste.
Que acreditou em pessoas.
Que decepcionou pessoas.
E que foi deixado para traz por pessoas.
A piedade é como o espírito: sem forma, não se vê nem se pode tocar — só se sente e se ouve; é vida, não sistema.
Me perguntaram por que perdi duas vezes em concursos de oratória. Eu respondi: a maior vitória é ver o outro sorrir.
IV. A lucidez que enlouquece
Nem toda loucura é fuga. Algumas são excesso de lucidez. Quando se vê demais, sente-se demais. Quando se compreende além do que é possível suportar, a mente busca rotas que a consciência não escolhe. Há dores que não cabem na razão, e há verdades tão nuas que dilaceram.
A lucidez, quando absoluta, é um risco. Porque ver tudo sem véus é também ver o absurdo, a finitude, o vão das promessas humanas. E nem sempre se está pronto para permanecer são dentro desse deserto.
A loucura, por sua vez, aparece como véu restaurador. Ela recobre o intolerável, inventa símbolos, reinventa a lógica. Cria sistemas próprios onde o indivíduo pode ainda ser deus, vítima, redentor, qualquer coisa que impeça o colapso. É nesse sentido que a loucura pode ser também criação, não destruição. A reconstrução de um universo interno, com regras próprias, para que o ser não se desintegre.
E no entanto, mesmo no delírio, há beleza. Porque onde há linguagem, ainda que dissonante, há desejo de expressão. Onde há construção, ainda que simbólica, há instinto de permanência. E onde há dor, há humanidade.
Compreender esse ponto é recusar a dicotomia. É não separar em rótulos estanques o que, na verdade, se entrelaça em ondas. Todos os que pensam profundamente já roçaram a margem da loucura. Todos os que criam com intensidade já sentiram a vertigem do descontrole. O equilíbrio é uma dança. E a lucidez verdadeira não exclui o delírio, apenas o traduz.
Somos como espelhos quebrados querendo ser um espelho de Cristal...só não queremos pagar o preço verdadeiro e pagamos por um falso que nos proporciona uma ótica ilusória de quem somos.
"Ela vê minhas lágrimas e, ainda assim, as ignora, afogado no orgulho do seu ego inflado. Enquanto isso, minha dor se intensifica a cada instante, ferida pelo peso cruel do seu desprezo"
O generoso vê as atitudes de quem é grato na simplicidade, e conhece o egoísmo a hipocrisia na ingratidão do ingrato.
Aquilo que meus olhos não enxergam, Deus Vê com perfeição. O que meus ouvidos não podem ouvir, o Senhor Ouve. Ele Guarda e Protege aqueles que o amam de verdade, livrando-os de todo engano e toda maldade.
A mãe vida te gera e te devora te consome, nos mata.
A vida não vê, não ouve, não fala mas, nos sente e nos draga, ainda que imaginemos nos desvencilhar sendo assim nosso maior engodo!
Não adianta dizer “Cuidado!!!”
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