A Cartomante Machado de Assis Poemas
O cinamomo floresce
Em frente do teu postigo
Cada flor murcha que desce
Morre de sonhar contigo.
E as folhas verdes que vejo
Caídas por sobre o solo,
Chamadas pelo teu beijo
Vão procurar o teu colo.
Ai! Senhora, se eu pudesse
Ser o cinamomo antigo
Que em flores roxas floresce
Em frente do teu postigo:
Verias talvez, ai! Como
São tristes em noite calma
As flores do cinamomo
De que está cheia a minh'alma!
Um diia lembraremos de uma sala, um lugar que criou amigos, que criou confiança, alegria todas as tardes.
Um dia lembraremos de um sorriso, aquele que abriu espaço para o crescimento de grandes amizades. Lembraremos de alguem gritando, ou uma pessoa chorando, lembraremos de uma despedida, de um carinho a mais no diia de uma partida.
Vamos olhar para traz, veremos que sorte para nos não faltou, nos conheçemos, isso é o que importa!
Temos que aprender a conviver com a saudade, mesmo que seja ruim, temos que aprender a conviver com a vida, aquela que nos traz as melhores pessoas, e que infelizmente tem de leva-las, tornando o contato um pouco mais raro, porem muito valioso !
Minha vida,minha história
Só fez sentido, quando te conheci
Seus olhos,sua face,me levam além do que pensei
Se as vezes escondo em você,me acho
Nem dá pra disfarçar,ahh
Preciso dizer você faz muita falta
Não há como explicar..
A brusca poesia da mulher amada (III)
A Nelita
Minha mãe, alisa de minha fronte todas as cicatrizes do passado
Minha irmã, conta-me histórias da infância em que que eu haja sido herói sem mácula
Meu irmão, verifica-me a pressão, o colesterol, a turvação do timol, a bilirrubina
Maria, prepara-me uma dieta baixa em calorias, preciso perder cinco quilos
Chamem-me a massagista, o florista, o amigo fiel para as confidências
E comprem bastante papel; quero todas as minhas esferográficas
Alinhadas sobre a mesa, as pontas prestes à poesia.
Eis que se anuncia de modo sumamente grave
A vinda da mulher amada, de cuja fragrância já me chega o rastro.
É ela uma menina, parece de plumas
E seu canto inaudível acompanha desde muito a migração dos ventos
Empós meu canto. É ela uma menina.
Como um jovem pássaro, uma súbita e lenta dançarina
Que para mim caminha em pontas, os braços suplicantes
Do meu amor em solidão. Sim, eis que os arautos
Da descrença começam a encapuçar-se em negros mantos
Para cantar seus réquiens e os falsos profetas
A ganhar rapidamente os logradouros para gritar suas mentiras.
Mas nada a detém; ela avança, rigorosa
Em rodopios nítidos
Criando vácuos onde morrem as aves.
Seu corpo, pouco a pouco
Abre-se em pétalas... Ei-la que vem vindo
Como uma escura rosa voltejante
Surgida de um jardim imenso em trevas.
Ela vem vindo... Desnudai-me, aversos!
Lavai-me, chuvas! Enxugai-me, ventos!
Alvoroçai-me, auroras nascituras!
Eis que chega de longe, como a estrela
De longe, como o tempo
A minha amada última!
MINHA SORTE
Minha sorte foi colher sementes do bem
Plantá-las dentro de cada coração
e aos poucos vê-las brotarem,
transformando-se em flores de AMOR.
Reguei-as com carinho,
às vezes com minhas próprias lágrimas.
Distribuí raios de luzes para que germinassem
e brotassem em cada coração.
Aos poucos percebi que cresciam
Multiplicando-se.
Conquistei amigos e os acolhi em meu campo.
Dividimos todos os momentos,
as tempestades e depois as calmarias.
Sorrimos e choramos
sempre juntos!
Para cada amigo brotou uma flor e
cada flor uma essência diferente
todas com o mesmo encanto,
o mesmo AMOR.
Pensando bem... pensando agora.
- Qual foi a minha sorte? Eu sei!
Minha sorte foi colher amigos como vocês
Transformando-me em AMOR!
Extremamente provocante !
Provocas-me com teus lábios incandescentes ateando o fogo que arde aos meus.
Provocas-me com teus sussurros e gemidos a ordenar que esteja junto a ti.
Provocas-me com teu jeito sedutor deixando-me trêmulo em meu interior, sentindo sensações incontroláveis.
Provocas-me com teu corpo, em uma silhueta perfeita, aguçando meu desejo por ti.
Provocas-me ansiando minha presença ao teu lado, sentindo teu perfume que toca meus sentidos.
Provocas-me com teu convite saliente a estar em teu leito, sendo teu cobertor.
Provocas-me de todas as maneiras, sem pena e nem dó, pois afinal és extremamente provocante.
Trovas de Amor
Esta menina querida
é meu pé, é minha mão
minha alegria na vida
meu arroz e meu feijão
ela é meu rio, meu lago
meu riacho, meu açude
ela é meu beijo e afago
não quero que ela mude
ela é meu dedo e anel
minha camisa de linho
minha garrafa de mel
meu consolo, meu carinho
se a carne mata a fome
o beijo mata a saudade
a tristeza me consome
eu quero é felicidade
me abraça bem abraçado
quero todo o teu carinho
sem teu abraço apertado
vou me perder no caminho
és água que mata a sede
és chuva no meu roçado
és punho na minha rede
és rima neste recado
essa menina adorada
essa menina querida
que alegria danada
ter ela na minha vida
A Flor e a Fonte
Vicente de Carvalho
"Deixa-me, fonte!" Dizia
A flor, tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria,
Cantava, levando a flor.
"Deixa-me, deixa-me, fonte!
" Dizia a flor a chorar:
"Eu fui nascida no monte...
"Não me leves para o mar".
E a fonte, rápida e fria,
Com um sussurro zombador,
Por sobre a areia corria,
Corria levando a flor.
"Ai, balanços do meu galho,
"Balanços do berço meu;
"Ai, claras gotas de orvalho
"Caídas do azul do céu!...
Chorava a flor, e gemia,
Branca, branca de terror,
E a fonte, sonora e fria
Rolava levando a flor.
"Adeus, sombra das ramadas,
"Cantigas do rouxinol;
"Ai, festa das madrugadas,
"Doçuras do pôr do sol;
"Carícia das brisas leves
"Que abrem rasgões de luar...
"Fonte, fonte, não me leves,
"Não me leves para o mar!...
" As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor...
Deuses, forças, almas de ciência ou fé
Deuses, forças, almas de ciência ou fé,
Eh! Tanta explicação que nada explica!
Estou sentado no cais, numa barrica,
E não compreendo mais do que de pé.
Por que o havia de compreender?
Pois sim, mas também por que o não havia?
Água do rio, correndo suja e fria,
Eu passo como tu, sem mais valer...
Ó universo, novelo emaranhado,
Que paciência de dedos de quem pensa
Em outras cousa te põe separado?
Deixa de ser novelo o que nos fica...
A que brincar? Ao amor?, à indif'rença?
Por mim, só me levanto da barrica.
Álvaro De Campos
"For do normal
Feito um espiral
Desenhando o sol
Pitando um arco-irís em seu coração
Serei o teu amor
No meio da multidão
Jogando flores pelo chão
Indo em sua direção
Feito uma canção"
Nós dois e a distância
Começamos por brincadeira
E por desejo nos unimos
Mas não por muito tempo
Pois além do desejo veio a distância, a qual me separa de teu cheiro
Dos teus carinhos, do teu amor
A saudade me mata por dentro, não sei mais o que fazer
Tentei pararde diversas maneiras de pensar em ti
Mas como fazer se tudo que existe me lembra você?
Pois assim quis, por querer que fizeste parte de minha vida por completo
Sobrevivo a espera de um tempo ao qual essa distância diminua
E me faça cada vez mais ser seu
Cada vez mais um só
Cada vez mais amor
Resisto por saber que a mesma lua e as mesmas estrelas que iluminam minha noite e as contemplo todos os dias, são as mesmas que iluminam o teu caminho e levam a ti as minhas preces e lamurias sinceras de meu amor a ti
Amo-te a cima de tudo
E sei que a distância não será suficiente para separar nós dois
Quando me lembro do passado triste e das pessoas que me magoaram, logo ouço a minha Voz Interior e ela me diz:
- Libere! Libere! Libere!
Experiência... Experiência...
Você aprendeu!
E, de agora em diante, aconteça o que acontecer, você vai estar sempre bem!
você chegou te reconheci já havia estado ali vc é a minha certeza
logo te gostei beijei a sua face até sentirmos o amor mais puro e perfeito desejei parar o tempo.
os segundos corriam de mim quase que te levando embora eu vivia_os como se durassem minutos,dias,horas sempre sempre?pra mim,sempre é tudo que agora se faz eterno.
Último Soneto
Que rosas fugitivas foste ali!
Requeriam-te os tapetes, e vieste...
--- Se me dói hoje o bem que me fizeste,
É justo, porque muito te devi.
Em que seda de afagos me envolvi
Quando entraste, nas tardes que apareceste!
Como fui de percal quando me deste
Tua boca a beijar, que remordi...
Pensei que fosse o meu o teu cansaço ---
Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...
E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste,
Onde a minha saudade a Cor se trava?...
NUNCA MAIS
(Fatima Merigue de Mendonça)
Nunca mais tocarei teus lábios
Nunca mais poderá sentir a minha ternura
Minhas palavras não falarão mais por mim
Nunca mais saberás com que sorriso te olho
e não saberás também, como te desejei
tão pouco ouvirás palavras de amor
como aquelas que te falei.
Não saberás dos meus lamentos
minhas súplicas feitas por ti.
Poderás apenas imaginar o quanto te desejei
Quanto sofri, quanto amei.
Poderás apenas imaginar.
Nunca mais me deitarei ao teu lado;
tuas mãos não alcançarão meu corpo,
tão pouco sentirás meu coração
e não saberás jamais
o tamanho do amor que tive por ti,
nunca mais!
Não sou a verdade
Nem a vaidade
Talvez a sinceridade
Ou quem sabe lealdade
Sou o sentimento
Naquele tormento
Com vontade de chorar
Há beira mar
Não sou metamorfose
Nem sofrimento
Sou um homem
Com grandes sonhos
Sou a vida
Sou a fila que anda
Que não passa
Mais fica sempre no mesmo lugar
Quem seja o mar
Ou talvez o ar
Viver é amar
Sempre havera lugar.
Faxina pra ela chegar.
Ele estava la, sentado com seus milhões de idéias.
Com a cabeça encostada no tédio, de tanto que as coisas se repetiam.
De tanto que ele tava cansado, sem muita expectativa de novas surpresas.
Afinal, era todo mundo tão igual e previsivel.
E as coisas tao parecidamente identicas.
Como ver a Lagoa Azul, mais uma vez.
E ele se dopava de risos, whisk's, cigarros, e tanto mais.
Pra ver se ficava tudo menos chato.
Ae, quando ele tava lá, tão conformado com a chatice.
Com aquele cigarro acabando na mão, esgotando os pulmões,
esgotando o tédio, esgotando o tempo na internet e a paciência dele.
Ele olhou pro lado. Ele olhou pra ela.
Ae, ele sempre lirico, se deixou levar.
E por que não?
Se ela estava lá.
Aquela imponente presença de dedos longos e finos segurando,
um cigarro que parecia queimar a paciência dela e o tédio dela,
tanto quanto o dele.
Pessoas tão diferentes e ele via ali, tanta coisa em comum.
E agora, ele estava preso.
Ele que tanto falou em 'finalmente liberdade'.
Estava ali entregue, sem lutar, por vontade própria.
Ele estava ali, e tinha se esquecido do tédio, tinha se esquecido
de encostar a cabeça.
Ela havia trazido naqueles olhos vivos, a vontade da renovação.
E ele queria se renovar, queria mudar tudo, pra que quando ela
viesse pra vida dele, ela encontrasse tudo de alguma forma,
arrumado pra ela.
E agora, lá estava ele, faxinando tudo.
E esperando ela chegar.
A vida é cheia de exemplos, basta se espelhar, mais não imitar, tente fazer melhor.
A vida tem bilhões de historias, mais só uma você se encaixa, a SUA !.
Tenhas outras como base, mais a tua como prioridade, leia as outras rapidamente mais não tão rápido, que não possa entender, e a sua lentamente... Para que possa
Que possa VIVER !
Afinal, não é difícil ser feliz, difícil é ser feliz sem lutar...
FIM DE FESTA
Se quem você ama vive de ameaças,
A abandonar-te, deixar-te, coisa assim!
E usa sempre isso pra fazer trapaças,
Falando em constância de um provável fim.
Se quem você ama vive de pirraças,
Apenas pra enervar-te ou algo mais alem
E às vezes se desmancha em graças
Fazendo-te inferior a outro alguém.
Se quem você ama, só te vê defeitos
Questionando sempre seus conceitos
E nem mais pedindo tua opinião.
Então se acabou!... Fim!... Final de festa...
Recolha o pouco orgulho que te resta,
E procure abrigo noutro coração.
GLOSAS
Amor é chama que mata,
Dizem todos com razão,
É mal do coração
E com ele se endoidece.
O amor é um sorriso
Sorriso que desfalece.
Madeixa que se desata
Denominam-no também.
O amor não é um bem:
Quem ama sempre padece.
O amor é um perfume
Perfume que se esvaece.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp