Poemas de Voltaire

Cerca de 181 poemas de Voltaire

De todas as doenças do espírito humano, a fúria de dominar é a mais terrível.

Se os homens estivessem satisfeitos consigo mesmos, estariam menos insatisfeitos com as suas mulheres.

Todo o divórcio começa mais ou menos ao mesmo tempo que o casamento. O casamento talvez comece algumas semanas mais cedo.

Um dia tudo será excelente, eis a nossa esperança; hoje tudo corre pelo melhor, eis a nossa ilusão.

Só se servem do pensamento para autorizar as suas injustiças e só empregam as palavras para disfarçar os pensamentos.

Voltaire
Dialogue du chapon et de la poularde (1763).

Teria maior confiança no desempenho de um homem que espera ter uma grande recompensa do que no daquele que já a recebeu.

Só fui à falência duas vezes. A primeira, quando perdi uma causa. A segunda, quando a ganhei.

Deixaremos este mundo tão tolo e tão malvado como o encontrámos quando chegámos a ele.

A alma é uma fogueira que convém alimentar, e que se apaga dado que não se aumente.

Quanto mais envelhecemos, mais precisamos ter o que fazer. Mais vale morrer do que arrastarmos na ociosidade uma velhice insípida: trabalhar é viver.

Se o homem nasceu livre, deve governar-se; se ele tem tiranos, deve destroná-los.

(...) esse monstro enorme a que se chama público, e que tem tantos ouvidos e tantas línguas, mas ao qual faltam os olhos.

Há muito poucas repúblicas no mundo, e mesmo assim elas devem a liberdade aos seus rochedos ou ao mar que as defende. Os homens só raramente são os dignos de se governar a si mesmos.

Para se ter alguma autoridade sobre os homens, é preciso distinguir-se deles. É por isso que os magistrados e os padres têm gorros quadrados.

Nunca a natureza é tão aviltada como quando a ignorância supersticiosa tem a arma do poder.

Os caluniadores são como o fogo que enegrece a madeira verde, não podendo queimá-la.

Um general vitorioso nunca cometeu erros aos olhos do público, ao passo que um general vencido só fez asneiras, por mais sensato que tenha sido o seu procedimento.

Os maus só têm cúmplices; os libertinos têm sócios de devassidão; o comum dos homens ociosos tem relações. Os homens virtuosos têm amigos.

Quem pretende destruir as paixões, em vez de as regular, quer fingir-se inocente.

A via pela qual se ensinou durante largo tempo a arte de pensar, de certeza que é oposta ao dom de pensar.