Voz
A importância de ouvir, tão sutil,
é dar voz ao silêncio, um gesto gentil.
Na escuta atenta, encontra-se o saber,
e na troca sincera, começa o crescer.
Não espero aplausos, construo testemunhos, quem precisa vê-los verá nas obras, minha voz é o trabalho concluído.
Minha voz ganhou tom de autoridade serena, falo o necessário, faço o suficiente, o mundo foi acostumando-se ao meu ritmo.
Mesmo o silêncio das orações ecoa no céu, há preces que não precisam de voz para serem compreendidas por Deus.
Nos dias em que a dor tomou a voz, foi a fé, em silêncio, que me deu bússola. Nesse silêncio aprendi a seguir.
Vivi o silêncio de deus e vi que ele estava lá, ausência de voz não foi abandono, foi espera, no silêncio, aprendi que a presença persiste, mesmo calado, Deus se fez companhia.
Há um eco que rasga a montanha, é o som do amor em busca. Nenhuma noite é tão densa que impeça a voz de chegar. O pastor caminha, cansado, mas a fé o guia, mansa, até que o pranto se cala no peito que volta a pulsar.
Às vezes a voz de Deus sussurra. A esperança é um som leve, quase imperceptível, mas suficiente para mover montanhas internas. Quem ouve o chamado na escuridão, já está a caminho da luz.
Que tua voz Senhor, seja prece e tua vida, louvor, assim a esperança faz morada no coração do mundo.
Quando o silêncio da derrota tentar sufocá-lo, levante a voz e declare o rugido vibrante das possibilidades.
O caminho da retidão é forjado em momentos de renúncia, onde o ego se cala para que a voz da consciência fale mais alto.
É a Sua voz, o impulso diário e terno que ordena: 'Levanta, encontra o ritmo da paz, respira fundo e segue em frente.'
É no silêncio profundo e reverente d’Ele que, ironicamente, meu espírito encontra a voz, recobra o fôlego e se pacifica.
