Voce esta Guardada em meu Coracao
Até depois se Deus assim permitir
Eu vou, pois lá é o meu lugar
Oh, cerrado! Devo ir
Te gosto mas pra beira mar vou voltar
O fado é quem determinou
Despeço de ti com gratidão
Se vim agora vou
Pois o meu poetar aqui sente solidão
Pode até ser
Que vá saber
Do teu amor
O dia que for
Que foi impar
No meu amar
Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano
Não desdiga o meu afeto de predileção
Pois no meu amor só se tem um aclamo
E é singular a minha poesia ao coração
Cada rima, garbosa, só há um eu te amo
E na constância dos versos, una inspiração.
Luciano Spagnol
Final de maio, 2016
Cerrado goiano
E.mail
Escrevo-te este e.mail simples, amor meu
Porque hoje acordei com saudades tuas
Nas entrelinhas um pouco do poeta plebeu
E muito de minha alma em versos ingênuos
Para dizer-te de emoção
Cantar-te o quão forte continuas
Na minha vida, no meu coração
Que queria ouvir de ti novamente:
-meu bem
Mesmo que por ligação
Pois você é amor que detém
Que domina a razão
Só você faz o meu poetar ir além
Portanto seja novamente parte desta canção.
Assinado, este que do teu amor é refém.
Soneto do meu eu
Em busca do meu eu, muito errei
Noite a dentro, adentrava em prece
Tolo fui eu, pois a vida acontece
E por muito querer, muito eu andei
Neste dilema o silêncio foi solitário
Achei areia e cascalho sob os pés
E nas procuras tive prazer e revés
Mas sempre nostálgico no itinerário
Fechei os olhos, e ao amor poetei
Pois a poesia tornou-me alicerce
E nos vários temores me encontrei
Tive fala de saudade no meu diário
A cada por do sol tentei ir através
Mas fui operário no meu eu arbitrário
Luciano Spagnol
01/06/2016, 03'16"
Cerrado goiano
Encantamento
O tempo cá no cerrado
me fez um bom aprendizado
tudo veloz passava
no meu eu versado
assim, pude apreciar onde estava
e na saudade fui encantado.
E eu nem imaginava...
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
SONETO AFETIVO
O meu amor é para que seja amado
Gentil, e na composição seja ditoso
Tanto quanto na vida tão precioso
E nos sentimentos oferta e agrado
A nós mortais nunca seja enganoso
Torne ao olhar um prazer dourado
O abraço no abraço bem enlaçado
E aos carinhos suave verso mimoso
Vinde amor, sempre, fruto consagrado
Que seja na alma zéfiro bem gostoso
Airando os lábios com uivo adornado
Ah, amor meu, ser amado é saudoso
Se se os delírios ao outro é alcançado
E derramado da emoção licor vigoroso
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
ECOS DA SAUDADE
Oh! Ilusões acordadas nas madrugadas
Segregadas no meu poetar tão sagrado
Que goteja as saudades de um passado
Entornando na alma quimeras sonhadas
Oh! Lua pujante no tão árido cerrado
Dá-me tua companhia nas derrocadas
Das demências por mim vergastadas
Que redige insônia num tal desagrado
Longe está a luz que fulge as enseadas
Do mar, tão cotidiano, agora tão calado
E nas lembranças a ferro e fogo grifadas
Ah! Se meu fado não fosse condenado
Em tuas noites voltaria para as baladas
Num cometa de um fulgor apaixonado
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
ÍNTIMA SOLIDÃO
Árida é a solidão que inspira o cerrado
Tão nostálgica e árdua no meu contentar
A que provém da saudade a me chamar
Em murmúrios, além, do vivido passado
Aquela que se perde no horizonte ao olhar
Que chora no entardecer de céu rubrado
E traz na brisa, a maresia, no seu ventado
A que me faz relembrar, calado à saudosar
Ampla, melancólica, é a solidão no cerrado
Uiva nas planuras em vagidos dum soluçar
Nos pousando vazios no chão cascalhado
Mas, a solidão abafada, que faz lacrimejar
É a que domicilia comigo, no meu sobrado
E que existe íntima e triste no meu trovar
Luciano Spagnol
22 de junho, 2016
Cerrado goiano
ERROS
Meus erros, o fado e seus enganos
Má ventura, estão no meu legado
Numa perdição, no destino calado
Onde a sorte, bastava, ser planos
E na dor, as lágrimas, estive culpado
Tentei no querer, ter bons atos ufanos
Mas a vida, no acaso, teve olhos tiranos
E neste infortúnio cascalhou o passado
Errei todo o traçado dos meus anos
Cosi do avesso ao invés de adornado
Os valimentos os concederei profanos
Na admiração não tive o tal agrado
Os amores, sobejaram os insanos
E agora na rudeza eu sou castigado
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
FELIZ DIA DOS PAIS
LEMBRANÇAS DE MEU PAI
Pai, o herói de nossa infância
Conflito na rebelde juventude
Amigo em nossa inconstância
Na ausência, saudade amiúde
Você foi mais que tolerância
No sim e no não, foi atitude
Ao seu lado conheci virtude
Hoje na lembrança, radiância
Estava lá na minha vicissitude
Foi presença na minha distância
Nobre paladino na uma solicitude
Exalto o sentido da exuberância
Dum amor acanhado, diria rude
Que define: PAI, vital importância...
(Minha gratidão, nesta lassitude.)
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO VAZIO
Meu cerrado, distante dos amores
Que me vê chorar no teu chão árido
Singrando entre cascalhos, e flores
Em uivos de dor no peito afluído
Em tal saudade, que tira os vigores
Da alma solitária e coração ferido
Imersos na tristura e pesares tutores
Da falta do afeto no passado perdido
Aqui na soleira do cerrado, temores
Com um assustado olhar esvaído
Olhando o horizonte que exala odores
De um velho sonhador de sonho diluído
Na solidão de secos sabores, incolores
Duma nostalgia, aqui pelo vazio fruído
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Amor eterno do meu amor
Minh'alma gêmea desvelada
És a benção do Pai criador
A aliança ao afeto desejada
Esperança e carinho coesor
Bem maior, meu tudo no nada
Nesta trova, lhe trago flor...
No coração, ofereço morada!
Luciano Spagnol
cerrado goiano
No dia em que sozinho, sinto solidão
o meu poetar só, poeta solitário
um novo poema saído do porão
da alma, num ermo cenário
da imaginação em evazão.
Então, debruçado no vazio temerária
da concepção,
a retraída inspiração, versa unitário...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
FELIZ DIA DOS PAIS, aos presentes e ausentes, em nossas vidas contundentes...
SONETO AO MEU PAI
Oi pai, escuta minha voz dai distante
A saudade é redundante, é impotência
A falta de teu tom forte me é constante
A vida sente a lacuna da tua existência
A roseira do jardim é lembrança radiante
Ter tido os teus ensinamentos, essência
guardadas no peito aqui tão palpitante.
Neste dia dos pais, a minha reverência
Ei pai, perdoa as falhas por mim operante
Se fui negligente foi por pura contingência
Pois, no meu amor és um amor gigante
Nas minhas veias corre a tua aparência
Na concepção o que sou, teu semelhante
No coração, a nostalgia de tua ausência...
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
SONETO NUM MANTRA
Vai, poema meu, declame emoção
diz a vida, que o bom é ter sinfonia
se a rima em prece ou em melodia
no sentimento amor, luz e canção
Se de saudade, pouca sê a nostalgia
se com tristeza, que venha agitação
se silêncio, que seja para inspiração
só não deixe a sorte sem ter alegria
Pois sem estas razões, é desilusão
e desiludido o meu verso morreria
e a minha alma perderia o coração
Então, em cada estrofe, ore fantasia
enchendo os versos com doce ilusão
assim, num mantra de paz e de poesia
Luciano Spagnol
Outubro de 2016
Cerrado goiano
SONETO DOS AUSENTES
O alvo do meu amor, vai além
Duma saudade na vida vivida
Da ação da chegada ou partida
Sou aquele que do amor advém
Sinto no coração e é sem medida
Até porque, ele que me mantém
No fado, sonhos que nele contém
Pois, são curas pra qualquer ferida
Se há tristura, há alegria também
Junto e misturado, n'alma perdida
Por isso, dele eu sou sempre refém
Vários são os ausentes, e na dor parida
Outros, lembranças, que o afeto detém
Porém, todos histórias de vida repartida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
ENFADO (soneto)
O quarto penumbroso e triste. Meu viver!
Um silêncio na alma que ela parece morta
Eu num olhar vago, uma pujança absorta
Não tenho ânimo, nem uma reação sequer
Rabisco gestos pálidos que a nada importa
O mundo lá fora a passos largos. Ouço dizer
O meu aqui dento de solidão põe a embeber
O vazio lânguido, num isolamento que corta
E neste enfado, no enfado inquieto do ser
Que é que me interessa além desta porta?
Se sempre é o mesmo, o mesmo parecer
Aqui neste útero meu sonho se transporta
Que diga a sorte, e o destino o que quiser
Aqui poeto quimera, que abre comporta... (do meu envelhecer!)
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
A poesia invade
o meu poetar. Se não vem,
morro de saudade.
Sou metade de um ninguém...
Luciano Spagnol
poeta do cerrado
O MEU CALAR (soneto)
Solidão arde tal qual fogueira acesa
É como em um brasido caminhar
Perder-se no procurar sem se achar
Estar no silêncio do vão da incerteza
O que pesa, é submergir na tristeza
Dum incompleto, que nos faz cegar
Perfeito no imperfeito, n'alma crepitar
Medos, saudades... Oh estranheza!
Tudo é negridão e dor, é um debicar
Rosa numa solitária posposta na mesa
É chorar sem singulto e sem lacrimejar
E se hoje o ontem eu tivesse a clareza
Não a sentia como sinto aqui a prantear
Teria a perfeita companhia como presa!
Luciano Spagnol
Final de novembro, 2016
17'00", cerrado goiano
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