Voce diz eu te Amo eu Digo Idem
- Dói.
- Eu sei, mas passa.
- Choro, paro, choro, morro.
- Vai passar.
- Como a fumaça de um cigarro?
- Sim, bem mais rápido.
- E o cheiro?
- Será melhor quando distante.
E eu pedi:
- Me ame, por favor.
E ele retrucou:
- Não posso.
E os meus olhos ficaram úmidos e eu perguntei entre lágrimas:
- Por quê?
E ele olhou bem fundo nos meus olhos, depois acendeu um cigarro e disse:
- Você partirá o meu coração como todos os outros.
E então ele foi embora, deixando-me só naquela chuva de dezembro.
Tudo o que eu senti foi um gosto amargo de nada quando os teus lábios finos encostaram os meus lábios grossos e a tua mão deslizou pela minha cintura no momento em que a música ficava mais agitada.
Confesso que me senti como um zero à esquerda, entregue a perguntas sem respostas e sentimentos sem explicações.
Quis gritar por alguém naquele escuro silencioso, mas não havia ninguém, nunca houve e nunca haverá, se depender de mim e de você, mas quem é você?
Fico entregue as mentiras e as juras de algo que eu nem sei se é real. Talvez fosse, num momento diferente do qual eu me encontro, onde um desconhecido tiras as minhas roupas deparando-se com a minha nudez e sem pedir licença para tocar-me de um modo bruto e ruim, onde eu tento fugir em pensamentos para algum lugar seguro onde só exista eu e a solidão.
Enquanto uns tropeçam pelo caminho e desistem da luta, eu sigo meu caminho distribuindo amor e positividade por onde eu passo.
Talvez eu tenha lido contos de fadas demais, visto finais felizes demais..
Talvez eu só tenha esperado da vida demais!
Eu me magoei ao arriscar ser feliz, mas aprendi com as decepções mais do que pensei, descobri nelas o quanto sou forte. Sobre tudo aprendi que se deve tentar e correr riscos ao invés de ficar parada.
Eu aprendi que tem momentos em que parece que estamos só, mas foi nesse momento em que descobri que às vezes precisamos estar apenas na companhia de Deus para termos um particular com Ele.
A liberdade não é algo que se conquista aos dezoito anos. Eu tenho mais de vinte anos e percebi que só a terei de vez em quando.
“Eu era um ajudante de bate-estaca em uma obra em São Paulo, em 2001, quando conseguiu juntar R$ 1 mil e gravar a minha primeira fita cassete demo”,
Não é que eu tenha perdido a fé no amor, é que hoje em dia ele está tão banalizado, que acreditar nele, se tornou perda de tempo