Voce diz eu te Amo eu Digo Idem

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Caso não tenha adivinhado, esta não é uma história de amor. Pelo menos não uma em que alguém consegue o que quer.

Qual é a natureza do ser humano? Qual é a melhor maneira de viver? Como viemos parar aqui? E o que será de nós quando não existirmos mais?

:: Pequenas folhas ::

Certo dia me encontrei admirando uma arvore e não pude deixar de notar as suas pobres folhas.

Fiquei ali parado por algum tempo e refletindo comigo mesmo no seguinte pensar:

- A natureza de fato nos é o único livro do qual contem algo valioso em suas folhas e podendo entender isso eu percebi que o desejo pode ser uma arvore frondosa, mas a esperança nos é as suas flores e a realização os nossos doces frutos.

Em todas as arvores as folhas sempre caem, mas o real motivo disso é para que outras folhas possam renascer em seu lugar. Tal como é o desejo humano. O renascimento para um dia cada vez melhor.

Eu sei que podemos mudar as nossas opiniões, mantermos os nossos princípios e com sabedoria trocar as nossas folhas; mas a verdade absoluta é que devemos manter as nossas raízes firmes no solo da vida, de maneira que se desta arvore não houver frutos, iremos nos valer da beleza de suas flores, se não houver flores, iremos nos valer da sombra das folhas e se não houver folhas, iremos nos valer da intenção da nossa própria semente.

Na vida, existem vontades que nascem, morrem e caem como as pequenas folhas de uma árvore, outras, porém, são tão fortes que lutam para permanecerem firmes junto aos galhos e assim, poderem realmente desfrutar em harmonia do real desejo do sucesso e felicidade encontrada.

Como me sinto grato por esta descoberta e aprendizado de vida. Como é bom podermos descobrir em meras folhas algo de tamanha grandiosidade de saber.

Sejamos todos como estas pequenas folhas, que se agarram firmes em seus propósitos e que os ventos fortes não abalam as suas vontades e que os seus desejos esperam apenas o brilhar de mais um dia de florescer.

Não importa o quão bom ou ruim você é
Amigos te aceitam e jamais te abandonam.
Seja por grana, carro ou mulher

Te amo e quero te matar. Queria que você evaporasse. Onde é que eu te incinero, te escondo, te enterro? Me conta onde fica esse esconderijo secreto, o mesmo onde você sumiu com todos os "Eu te amo" que me disse.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

E mais uma vez, eu abri uma página sua de uma rede social e fiquei olhando sua foto. Como eu já sorri olhando praquilo, você não tem idéia. Mas das últimas vezes, infelizmente não era sorrindo que eu olhava.

Então!
Disfarçar minha dor
Eu não consigo dizer:
Somos sempre bons amigos
É muita mentira para mim...

Mulher, ó mulher,
Pudesse eu recomeçar este mundo,
inventaria de criar-te primeiro,
e somente depois retiraria Adão de tuas costelas.

Padre Fábio de Melo

Nota: Mulheres de Aço e de Flores

Eu fico criando um montão de expectativas sem saber que isso acaba comigo.

Eu acredito que não existem heróis.
A gente pode ter pessoas realmente espetaculares, por exemplo, figuras espiritualizadas, religiosas, que são grandes modelos para a humanidade, mas na verdade, todo mundo é igual.
Eu não acredito que eu tenha uma verdade a mais. E principalmente a juventude.
Se a juventude cair nesse erro de acreditar que sim, elas inevitavelmente vão acabar descobrindo que o ídolo delas tem pés de barro.

Eu tô só vendo, sabendo,
Sentindo, escutando e não posso falar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu te quero todo dia, mesmo que não tenha nada para te dizer, ou nada para oferecer além do tédio a dois.

Quanto mais louco fica o mundo, mais espaço eu tenho para ser louca e parecer normal. Isso não é bom?

Odeio criar expectativas. Porque no final não acontece nada do que eu imaginei que seria.

E eu achei que seria diferente, achei que pelo menos dessa vez eu seria feliz. E pra variar, os finais foram iguais.

Eu era uma menina, quando saí desta casa, há quatro meses. Por que não me disse que havia perigo entre os homens? Por que a senhora não me avisou?
As damas sabem contra o que ficar prevenidas, porque leem novelas que lhes falam desses truques; eu, porém, nunca tive ocasião de ler dessa maneira, e a senhora não me ajudou.

Zelador

No domingo veio o Gustavo. Esse eu confesso que não é o que se pode chamar de irmãozinho, ainda que a gente já tenha tomado muitos banhos juntos. Mas olha, seu Zé, que menino mais fofo: veio me trazer um presente. Uma luminária super bonita, dessas de chão. Você não acha que ele mereceu aquele beijo que eu dei nele no elevador? Eu sei que o senhor viu, sei bem. E sei também que o senhor viu que não foi bem um beijinho inocente. Mas ele não merece? Um presente bacana desses, veja só! O senhor entende, né?
Na terça tava um silêncio danado na rua, a maior paz. E eu sei que acordei o senhor. O senhor tava lá dormindo escondidinho na guarita, não tava? E eu no interfone desesperada pra subir logo. Mas o senhor logo entendeu meu desespero, não foi? Não vou enganar o senhor não, pra esse eu dei mais do que um beijo safado no elevador e uma mordiscada irmã no braço. Pra esse eu dei banho e fiz até torrada no café da manhã. O senhor viu como ele era bonito? Nossa. Ah, o senhor reparou também que ele é bem mais novo do que eu? Caramba, seu Zé, mas tá tão na cara assim? Só porque ele usa o moletom da faculdade? Aliás, que moletom mais cheiroso, seu Zé.
Que será que tá acontecendo comigo, heim? Ando muito a fim desses garotinhos que ligam pra avisar a mãe que não vão voltar. Será que é a crise dos 30, Zé? Ou será que já que o cérebro de um de 20 é o mesmo que o de um de 50, então pelo menos vamos ficar com o melhor desempenho na corrida dos 100 metros rasos? Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Uma tora. Um macho.
Na quarta eu não vi o senhor, mas será que o senhor me viu chegando cedinho, com o dia amanhecendo? Balada, Zé. E da boa. Sabe quem tava lá? Esse mesmo. Ele que veio me trazer, o senhor não viu? Ah, o senhor viu? Que vergonha. Eu tava meio caindo pelas beiradas não era? Era sono. Tá, um pouco disso e um pouco daquilo também, mas basicamente sono. O senhor não viu ele indo embora? Então somos dois. Mas vou confessar pro senhor: adoro quando eles vão embora sem me dar nenhum trabalho. Se eu cobro? Que é isso, seu Zé! Tá louco? Sou menina de família! Escritora, publicitária e à espera de um grande amor. Mas to me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, tô só obedecendo todo mundo. Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa. Mas hoje é quinta, hoje tem visita. Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? Eu sei que você se atrapalha, liga aqui pra cima e fica até mudo. São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não. Amanhã é sexta, um novo dia. Um novo outro qualquer. Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé.

Tati Bernardi
To com vontade de uma coisa que eu não sei o que é

Para ser feliz, eu preciso estar ao seu lado em todos os momentos.

Tu és cego e eu sou surdo mudo, toquemo-nos com as mãos e compreendamo-nos.

Não, eu não queria o homem perfeito que eu idealizei não, eu só queria um homem de verdade. Um homem que namora de verdade, que ama de verdade, que tenta de verdade, que encara a vida de verdade, que sofre de verdade, que tem saudade de verdade, que tem dor de verdade, que é humano de verdade.