Voce a Luz do meu Viver

Cerca de 420304 frases e pensamentos: Voce a Luz do meu Viver

MATUTINA (soneto)

Na manhã matutina do planalto
Vagueia o horizonte tão rubente
Numa dança de cor em contralto
Cintilando o azul do céu nascente

Ultrapassa os jardins do asfalto
Sem esquinas, nuvem ausente
No espetáculo como ponto alto
Riscando o cerrado num repente

E o vento chia, é julho, tão frio
Brasília de curvas retas, feitio
Sereno, num panorama pleno

Rompi o dia em arauto gentil
Ipês floridos, de sertão bravio
E amanhecer nunca pequeno

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Planalto central - Brasília

Inserida por LucianoSpagnol

SAUDADES DO RIO

Rio, de longe, uma saudade
Amizade, eterna recordação
Das cidades sua majestade
Tu pulsa no meu coração...

Tuas ruas, varia a felicidade
Vivo bem longe, de ti solidão
No bem querer, divindade...

Se algum dia voltar, será enfim,
Pra nunca te deixar,
E bem junto há ti. Ficar assim!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SOLIDÃO EM VERSOS

Os versos que não pude criar
E que não redigem o tal verso
Na saudade é verso perverso
De um tal silêncio a me fincar

E nesta vaga do verso, o olhar
Perdido, e na quimera imerso
Áspero, de um vário universo
Que faz meu verso, um vagar

Suspiros em versos, reverso
Ao poeta do cerrado a poetar
Pois, o amor na alma, é terso

E de todos, o verso a me julgar
O infortúnio, me foi inconverso
Deixando a prosa sem seu par

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

As pessoas não estão demonstrando mais amor, muito menos valor para as suas vidas; elas ficam em todos os instantes, contando os segundos, o tempo dos relógios, desejando a velocidade dos dias... Reclamam se chove, se faz frio, se acaso nasce um forte sol, e até mesmo, quando nenhum dos fenômenos ocorre.
Eles reclamam da vida, da sua própria vida, e das vidas alheias ao redor; sem se darem conta da ingratidão, e da injustiça que cometem para toda uma geração.
Esquecem e ficam sem tempo até mesmo para seus familiares, Avôs e Avós, Pais e seus Filhos, entre entes queridos num geral, a qual a vida os leva com a mesma intensidade, velocidade, que cada um desejou, e questionou todos os dias.
A verdade, é que quando isto ocorre, amargas lágrimas escorrem sobre rostos cansados; o arrependimento de não terem aproveitado momentos, pessoas tão queridas, começam a surgir, e conforme as fichas caem, são obrigados a lidar com a ideia da perda; das saudades; do tempo totalmente perdido, que tinham sim, e o jogaram fora... Desejando no dia de hoje, o amanhã, chegando o amanhã, e já desejando o "amanhã do amanhã", desta forma, esquecendo a essência dos instantes; dos sorrisos; dos riscos e "perigos" gostosos... Da essência de viver, vidas, e tempo (...).

Inserida por MayconHalss

Escultura de Barro

Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.

Já viajamos descalços, solas dos pés sobre uma terra acolhedora; barro frio, gostoso, cheio de sentimentos, que hoje não existem mais, devido aos “asfaltos”, ignorância, disseminados com o passar do tempo.

Sentir saudade de tudo aquilo que se foi, não seca as lágrimas que escorrem em nossas faces, por lembranças, momentos tão únicos, marcantes, individuais.... Nossas fases.

Muitas vezes, pode até parecer normal, ver como a vida nasce e se passa, levando sem permissão as nossas histórias, as essências da gente, que sofrem mutações; eis que devemos entender, elas pertenciam àquele tempo, àquela época, e àquele presente.

Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.

O tempo de vida é o devido, porém, carregamos pouco de tudo o que vivemos; o tempo arrasta, leva embora, apaga, e se não aprendemos a cultivar todos os dias nossas lembranças e histórias, eis esse fim, um final tênue; ambíguo; fabuloso ou deprimente.

Inserida por MayconHalss

BEM VINDO!
SETEMBRO...
...é sentir a beleza e a leveza de uma pétala.

SETEMBRO

É setembro, mês de transmudação
Nuvens metamorfoseiam em chuva
Chuva em flores que colorem o chão
O cerrado recamado de peúva (ipê)

É o mês de setembro, a primavera
Em coro, a passarada o que se vê
Beijando o beija flor... a flor da era
A natureza tão diversa em comitê

E o céu se rubra, e o sertão flama
Qual uma árida canção encantada
Disputam o botão na virgem rama
Floreando às margens da estrada

Briza casta de pureza despojada
Aflam quimeras rumo a novembro
No rodopio dum condão de fada
O renascer de mais um setembro...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CANÇÃO MÍNIMA

No cerrado do planalto
brotam quimeras de cetim

E, no teu traçado, asfalto
canteiros, em um jardim

E, no jardim, o horizonte
ao longo, ilusão sem fim

Assim, Brasília, sem monte
desabrocha na cor carmim...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

QUEM SOMOS

Quem somos? Poeira
Despidos
Singelos hora primeira
No equilíbrio divididos
No querer o poder
Revestidos
De variedade no viver
Da semelhança providos
Porém,
No ir além, a nós permitidos
O mal e o bem
Façam as escolhas!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SINTONIA

A união mais que ideal
com quimera e magia
sai dum ilusório irreal
pro real da sabedoria.
Em cadência musical
e a perfeita sintonia;
de um tão feliz final.
O enlace,
do ledor com a poesia.
Que ao coração transpasse...

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ÚLTIMO SONETO PRA TI

Alega o teu olhar não me querer mais
com palavras tão vazias e sem dispor
Agora como sair deste vicio imperador
se no coração, ter-ti, ventura me traz

Alega tuas mãos, negação e mal humor
é um artifício impensável que dói demais
E nesta meada a tramontana é a que vais
se com plangor, é por ter tédio no clamor

Agora me sinto um nada nos teus sinais
São tantos versos esquálidos e sem cor
Deserção, desencontro e desapego tais

Pois, minha emoção sempre foi dispor
o laço, nos laços não foram desiguais...
Se lhe é aversão, saiba que eu fui amor

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

FRONTEIRA (soneto)

Em cada rosa, sempre existe espinhos
Nos árduos caminhos, também vitórias
Na humildade é que se escreve glórias
E com amor no amor se tem carinhos

Somos breve nestas águas transitórias
Para que seja leve, deixe os desalinhos
No tempo, tão valioso, e tão torvelinhos
Então, sê a figura mor de suas histórias

Nutre-se do néctar de querer mudança
Pois cada instante da vida é esperança
E a cada espera, objetivos e memórias

Perder ou ganhar são só da vida aliança
Tente. Persevere. Ai terás mais bonança
Trace nestas diversidades as trajetórias

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EU POETO, ELA POESIA (soneto)

Não sou só, os poemas são companhia
Sempre comigo, falam com a inspiração
Traz lá de fora o diverso numa multidão
De cores, e sabores, em total demasia

Sou poeta! Na reta: curva e ondulação
Num labirinto de devaneios como guia
Aquecidos pela chama duma tal magia
Do doce amor, saídas do meu coração

Sim, não estou só: eu poeto, ela poesia
Que vive em mim numa eterna emoção
Se estranho ou comum, a mim sacristia

Nesta verve, não sei o que é ter solidão
Se assim me compraz, não tenho ironia:
Pranto, canto ou nostalgia, só questão.

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO SILENTE

Dia nublado no cerrado com ventania
Nostalgia nos olhos alumia o nebuloso
Tal como folha seca me sinto fragoso
Na brisa árida dum céu de monotonia

Range o peito num cântico escabroso
Apofântico, sem firmamento na poesia
Num par romântico de solidão e euforia
Tal chuva escassa no sertão sequioso

Alvorecer sem brilho e luz com alegria
Trazendo imenso sentimento saudoso
E na disposição uma tão nada ousadia

Caminho soturno neste vazio rigoroso
De chão cascalhado e de desarmonia
Que o silêncio comutou, vinho precioso

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Esperar pelo tempo é um aprendizado. O rio tem o seu remanso. Quando desviado ele não tem avanço...

Luciano Spagnol
Mineiro do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

AMOR POUCO (soneto)

Num amor pouco, parco é o afago
É não saber quão bom é o presente
Assim, poder a alma estar contente
E ter por alguém um sorriso largo

Aí, fica tão carente do sentir quente
Perde-se do alvo do farejado frago
Têm-se na solidão o gosto amargo
E ausência do beijo, de repente (roubado)

Sem amor, saudade é vazio selado
Dos rumos da vida se é deslocado
É mergulhar na luz sem densidade

E neste universo do eu tão calado
Desta redoma de um olhar isolado
Amor pouco, é ter-se pela metade

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO EM SENSAÇÕES

Amor é abstrato, figura do coração
É tal qual perfume grassando o ar
Promessa e jura apoiada no altar
Quando dois olhares num só são

É sentimento, que nunca é em vão
Traz sonho e nos faz assim sonhar
Faz picada no anseio, pra caminhar
Um desejo nutritivo para a emoção

Amar do amor vai além, é o gostar
Espírito numa perfeita comunhão
Dança que põe o sangue a dançar

Nesta atração há poesia e canção
Que invade o peito e põe a tilintar
E aos sentidos traz varia sensação

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Desaparecimento

Não deixe o silêncio te vencer
Velhice do fim deve ser ingente
Exista, concorde no mais viver

Creia, noite tem amanhecer
Respire com o olhar vivente
Tenha manhã para anoitecer

Pois, saudade, o justo é sofrer
Então, se oponha ao sol poente
Suspire, alente sem se render

Pai, o teu decesso, faz fender
O coração, é choro "sofrente"
Duma lágrima que quer ceder
Não saia do alcance... Tente!
Lute, tente pra luz não morrer!
De sua benção ficarei ausente...

Luciano Spagnol
Junho de 2014, 02'44"
Cerrado goiano
Parodiando Dylan Thomas

Inserida por LucianoSpagnol

IPÊ AMARELO (soneto)

No teu fugaz aflorar. És partitura
Duma melodia cálida fulgurante
De etérea figura num semblante
No ápice duma passagem pura

Se ergue na paisagem, vibrante
Em efígie no cerrado, escultura
Tão cróceo de aparata candura
Num teor pomposo e insinuante

Ave ipê! Natureza na sua mesura
Aos olhos se faz guapo arruante
Ao poeta estro em embocadura

E neste Éden de aptidão gigante
Ao belo, a quimera se aventura
Numa viagem de visão alucinante

Luciano Spagnol
Agosto de 2016

Inserida por LucianoSpagnol

Falar, é fácil de dizer
crer, é que é difícil
a palavra tem poder
e entender, ofício...

Luciano Spagnol
mineiro do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

Não se deixe dissuadir
a quem não diz tudo
mais vale muito sorrir
que um coração mudo..

Luciano Spagnol
mineiro do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp