Viver e Nao se Preocupar com o Futuro
Eis que o vento sopra em meu rosto, em meu corpo.
Vindo de frente, refresca minha fronte, massageia meus cabelos.
E eis que me fragmento num sem-número de sementes de dente-de-leão, sopradas pelo vento.
De minha essência nada resta, pois me espalho por onde ando, por onde as sementes voam.
Quisera ser flora para te encantar, e o fora, fora um dente-de-leão. Leão manso, de altivo passo, retumbante rugido e suave respiração.
Meus cabelos, ora juba, ora inflorescência, balançam ao vento e espalham sementes de dente-de-leão pelos campos ondeantes onde ando.
Outrora rugi, outrora rosnei, outrora agarrei, mas não aguentei. Outrora, eu era. Agora, deixo de ser.
Nada detém o vento, que num redemoinho me envolve, meus fragmentos revolve, num rodamoinho me dissolve. Sou capítulo soprado.
Me fragmento num sem-número de sementes, que voam pelo vento. E na terra, em minhas pegadas de leão, nascem dentes-de-leão.
(Epitáfio anemocórico, no livro O Bruxo de Curitiba)
Água fria, que do céu cai,
revigora o verde, faz brotar.
Água quente, do mate extrai
suave amargo, faz trovar.
"Escute o que o mestre diz: na metrópole, o amor é um campo de batalha e o seu coração é o general! Pare de mendigar afeto em esquinas movimentadas. O verdadeiro titã urbano não corre atrás das borboletas; ele constrói um jardim de aço e vidro tão magnético que a própria natureza se curva diante dele. O seu parceiro(a) tem que ser seu copiloto nessa engrenagem frenética. Se não aguenta a pressão do seu brilho e a velocidade da sua ambição, que fique no acostamento da história enquanto você acelera na via expressa da glória!"
O PENSADOR URBANO
"A metrópole é dura? Ótimo! Porque o diamante só nasce sob pressão extrema, meu nobre. A vida urbana tenta te esmagar, mas mal sabe ela que você é feito de pura resiliência e vontade de potência. Pegue o barulho infernal das buzinas e transforme na sinfonia da sua vitória. Você não veio para essa selva de pedra para passear, você veio para dominar a cadeia alimentar corporativa!"
