Viver e Nao se Preocupar com o Futuro
não quero fama, nem ser reconhecida depois da minha morte, quero apenas lhe desejar sorte, pois na vida muitos preferem a morte. Mesmo depois de todas as coisas que me ocorreram eu ainda quero viver, mesmo que a morte que em mim habita queira morrer. Não entendo o motivo de ser escolhida para estar aqui e nem o motivo de alguém me escolher, mais já que estou aqui me deixe aqui parar morrer, como todos os outros que nasceram para morrer. No fim o que nos espera é o FIM.
Aqui estou eu de novo, mais não tão só. Comigo está meu povo solitário, otários, todos mais jovens e mais mortos. Quem nos mata? Os pensamentos que em mim, em ti nos causa. Quem causa? Pergunte a si mesmo, quem te causa pensamentos? Saia de casa e pense no que deve comprar? Por que deve comprar? Por que chorar? O que hoje te faz chorar? O que te faz pensar o suficiente para fazer você se perder em si mesmo. Não pense de mais, seus pensamentos sempre vão te machucar e vão fazer você esquecer de como respirar. 1, 2, 3, RESPIRE
Não me peças dinheiro, peças uma forma a qual trabalhar. Não me peças parte do meu. Não divido o que se pode multiplicar.
Vocês não eram equilibrados o suficiente. Vocês eram equilibristas. A corda bamba como terreno dos afetos.
É necessário preservar o avesso, você me disse. Preservar aquilo que ninguém vê. Porque não demora muito e a cor da pele atravessa nosso corpo e determina nosso modo de estar no mundo. E por mais que sua vida seja medida pela cor, por mais que suas atitudes e modos de viver estejam sob esse domínio, você, de alguma forma, tem de preservar algo que não se encaixa nisso, entende? Pois entre músculos, órgãos e veias existe um lugar só seu, isolado e único. E é nesse lugar que estão os afetos. E são esses afetos que nos mantêm vivos.
