Viver a Realidade
Precisamos viver nossa realidade mas jamais se acomodar com ela, a menos que seja aquela com a qual sempre sonhou, do contrario arregace suas mangas e lute por dias melhores com a cabeça erguida e com os objetivos traçados..
Às vezes eu penso, que eu queria viver em uma realidade diferente
na qual minha existência fizesse algum sentido
bom mas sabe como dizem
"querer não é poder"
tudo o que eu posso fazer e me conformar com tudo isso
aceitar que sempre vou ser quem sou, viver em um mundo que os outros me entenda, que não me julgue, por ser quem eu sou, mas infelizmente nem tudo é um mar de rosas...
Ser criança é poder fugir da realidade, viver dos pensamentos e se divertir a todo momento, cair, levantar, sorrir, chorar... É seguir sendo a arte viva que Deus desenhou e um belo presente na vida dos pais.
Ser criança é não ter a ânsia de querer ser...
É viver sem se comprometer
com a realidade daqueles que nada são
Não vivem
Não sonham
Não têm imaginação
Ser criança é não se
Contentar com a monotonia
Do mundo...
Com a falta de graça,
de cores, de rumo...
É aproveitar a vida
Cada segundo
(...)
Ser criança é sorrir
Com as coisas
simples da vida
É ter o coração livre
E amar sem medida
FLORES, Leandro, 2017
Ainda que você aprenda toda a verdade,
deixe uma brecha pra ilusão,
viver só de realidade,
leva a depressão!
Onde os Tempos se Tocam
Dizem — nas margens do que chamamos de realidade — que viver é mais do que mover-se entre dias.
É atravessar uma ponte invisível,
lançada entre o que já foi e o que ainda pulsa para nascer.
Cada passo que damos arrasta consigo vozes que não ouvimos mais,
mas que ainda nos atravessam como brisas ancestrais.
Não começamos onde pensamos.
E não caminhamos sozinhos.
Seguimos por trilhas abertas por mãos que hoje jazem na memória do mundo.
E mesmo sem perceber, somos continuidade:
pedaços de um legado que nos habita sem pedir licença,
que se acende nos nossos gestos mais íntimos,
e nos sonhos que julgamos originais.
Talvez o passado não esteja atrás de nós —
mas entrelaçado no agora, como uma raiz viva sob nossos pés.
Talvez sejamos o sonho deles.
O desejo sussurrado por alguém,
em uma noite de incerteza, sob outro céu,
pedindo que o mundo não esquecesse de existir com beleza.
Mudamos os cenários.
Mudamos as palavras.
Mas será que mudamos, de fato, os enredos?
A humanidade, em suas vestes rotativas,
parece buscar sempre o mesmo:
pertencer. durar. compreender.
E nesse movimento repetido, a cultura se faz semente.
Ela não é um museu de coisas mortas,
mas uma constelação de sentidos vivos —
uma tapeçaria tecida em conjunto,
em que cada história contada é um ponto que costura
feridas e esperanças, memórias e futuros.
Mas… e se tudo isso estiver se perdendo?
Não por maldade. Mas por distração.
Por esquecermos de escutar os mais velhos.
Por desligarmos os rituais do cotidiano.
Por tratarmos como ornamento aquilo que é fundamento.
Porque cultura não é espetáculo — é espelho.
Não é passatempo — é permanência.
Ela pulsa, sustenta, atravessa.
É a herança que escolhemos manter viva.
E mais do que isso: é o espelho onde o coletivo se reconhece.
Em cada tambor ressoado, em cada canto preservado,
em cada arte que resiste ao esquecimento,
há um sinal:
não estamos sozinhos.
Nem no tempo. Nem no destino.
Somos aqueles que recebem e entregam.
Que carregam e renovam.
Que repetem não por inércia,
mas por reverência.
E talvez — apenas talvez —
o mais sagrado de sermos humanos seja isso:
participar do fluxo que une o primeiro gesto ao último suspiro.
Do fogo primordial ao toque digital.
Agora, pare.
Respire.
Sinta o tempo tocando você por dentro.
E se tudo isso ainda estiver acontecendo —
porque você aceitou continuar o fio?
M. Arawak
Quer viver de ilusão, arrume uma Religião, quer viver a realidade e ter os pés no chão, siga a Psicologia e a Psiquiatria!!!
A realidade é que o ser humano não sabe viver.
A vida é volátil e nós, sem calibrar a balança, privilegiamos os bens materiais, descurando as pessoas e os relacionamentos afetivos.
Nada nos resta, o dinheiro será gasto, os bens móveis acabam por se deteriorar e os imóveis vão andar de mão em mão, a única coisa que irá subsistir são as lembranças, os momentos partilhados e para sempre guardados na memória daqueles que conosco os vivenciaram.
A real sucessão é aquela que provém da saudade, a única capaz de nos manter entre os "vivos", especialmente após a nossa partida.
21/05/2024
A nossa mentalidade, irá determinar a realidade de vida que iremos viver, é impossível ter uma mentalidade miserável e ser prospero.
Sonhar, na realidade arrefece a alma, facilita o viver, pois se isso não existisse, os seres humanos teriam dias mais difíceis.
Transformar sonhos em realidade é muito difícil, mas viver com o arrependimento de não ter lutado para transformar esses sonhos em realidade é ainda mais difícil.
quando estou contigo
tanto amor me invade
que dói o peito viver
tão doce realidade
mas quando te vais
invade-me a dor da saudade
a dor de tua ausência
com toda a sua crueldade
não hei de reclamá-la
pois sei em verdade
que é a forma de te ter
na minha soledade
cada instante
e em cada pensamento
a dor é também um jeito
de te ter por dentro
