Vivência
O tempo não desfaz, transporta. Ele não apaga nossas vivências nem dissolve as emoções que nos moldaram; ao contrário, carrega tudo consigo, depositando em nós a essência de cada instante.
Teve pessoas cujas vidas se tornaram perenes fontes de inspiração para erros que eu jamais deveria introduzir na minha.
Vida, meu irmão, é vida bem vivida, é vida bem curtida, é vida bem sentida, é vida com paixão.
A experiência produz a arte, a inexperiência, o acaso. A excelência é quanto mais casos tivera de desgraça e vívido está aqui. Tu és, é e será!
Não somos máquinas, mas em nossas mentes temos que desaprender o receio de mudar, desta forma conseguiremos deletar os arquivos que só nos atrapalham, pois neles só existem informações negativas a nosso respeito.
Resistência de dias obscuros,
Processo de variáveis adversidades
Consistência de aprendizado
Á virar pagina passada...
De modo á escrever uma nova poesia.
Eu sou desses
Motorista da minha vida
Não sou esses
Que vai e volta. Minha viagem é só de ida
Eu apareço e desapareço
Mudo e me reinvento
Nascendo e renascendo
Nunca me contento
Eu sou desses bicho do mato
Cheio de gíria e não sei de nada
Gosto de campo e sou um agricultor nato
Eu sou desses da cidade
Gosto da tecnologia e da evolução
Não me importo muito com a idade
Desde que sempre tenha uma revolução
Eu sou desses religiosos
Sempre estou em uma igreja
Do grupo de cristãos rigorosos
De nada adianta viver se não é Deus que você almeja
Eu sou desses pagãos
Faço bruxarias e cultuo os deuses
Os bruxos e bruxas são meus irmãos
E estou nisso a meses
Eu sou a indagação
A pergunta, a dúvida e a questão
Sou a rebeldia fora do padrão
Sou o religioso sem religião
O rico sem um tostão
O popular dançando com a solidão
Eu sou o que dá na telha
Não me prendo em conceitos de lobo e ovelha
Eu formo o meu próprio mundo
Crio conceitos rasos ou muito profundos
E se eu não me contentar, eu destruo
E começo tudo outra vez...
Sabe aquelas coisas que não interessam a alguns, mas podem ser muito importantes para outras pessoas? É assim que acontece com a gente. Portanto, dar importância ou não aos fatos é exclusividade da vivência, da particular experiência, do 'sentir na pele'. É isto.
Imagem antiga do meu interior
Sossego!
Ruas de terra batida, cheiro da poeira fina, barulho de pés pisando o cascalho.
Sombra fresca do caramanchão.
Descanso da lida após almoço farto. Prosa boa ou cochilo. Tanto faz!
Na vendinha da esquina, fumo, cereais, pinga da boa, chapéus…e a caderneta do fiado.
Mães amorosas, pano branco na cabeça, levando os filhos para a escola.
Pracinha coroada pela pequena matriz de São Bernardo.
Janelas e portas sempre abertas, acolhedoras.
Na torre única, ninhos de andorinhas e o toque do sino que me toca.
Repica alegre anunciando uma boa nova?
Ou tange triste no adeus a alguém que sobe para morada final.
Que fica lá no limite da vista.
Entre a terra e o céu.
Como um aviso: É preciso apreciar, sem limites, o que o olho vê ou o coração sente.
A imagem antiga do meu interior, encanta o meu presente.
Com as nossas vivências cotidianas vamos percebendo melhor as coisas, principalmente no que tange as nossas atitudes pessoais para com os demais.
Foram dias de vivências harmoniosas e prazerosas ao ponto que não ficarão depreciadas com a rotina imposta pelo homem.
A vida é um aprender constante!
Do livro: Nos Anais do Coração - 2009 - Paulo José de Oliveira - Pajo
