Viva a Vida como se Fosse a Ultima

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Existem pessoas para as quais a gente diz bom dia, boa tarde, como vai, feliz natal, feliz isso, feliz aquilo, mas por obrigatoriedade. Porém, há pessoas para as quais a gente diz tudo isso e muito mais, pelo seu valor como ser humano.

Definir-me? Como? Só me conheço pelo que não sou.

Alejandro Jodorowsky

Nota: Publicado pelo autor na sua conta do Twitter @alejodorowsky

Nem me conhece direito e fala mal de mim. Seu sonho de consumo é ser minha amiga, mas como eu sou movida a exigências de caráter, você ficou de fora da minha lista, então vai, continua desdenhando.

Tem música que eu adoro, mas acabo esquecendo, escuto depois de muito tempo e lembro como ela é ótima. Passo dias ouvindo e tentando entender em que momento eu parei de escutar. Te reencontrar é assim.

Espantalho: - Eu não tenho um cérebro... só tenho palha.
Dorothy: -Como você pode falar se você não tem um cérebro?
Espantalho: -Eu não sei... Mas algumas pessoas sem cérebro falam de monte, não é?
Dorothy: -É, eu acho que você está certo.

Anseio por liberdade como um pássaro preso. Quero sair por aí, sumir e não depender de ninguém. Que minhas asas e minha fé me guiem até a felicidade.

Para enfrentar um inimigo eficazmente é preciso conhecê-lo como ele é na REALIDADE

Seremos rápidos como um rio. Com força igual a de um tufão. Na alma sempre uma chama acesa. Que a luz do luar nos traga a inspiração!

Os cidadãos não poderiam dormir tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis.

John Godfrey Saxe

Nota: Versão do pensamento de John Godfrey Saxe, que costuma ser atribuído erroneamente a Otto von Bismarck.

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Não sejas forte como uma onda que tudo destrói,
mas sim como uma fortaleza que tudo suporta.

Soneto XVII

No te amo como se fueras rosa de sal, topacio
o flecha de claveles que propagan el fuego:
te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
secretamente, entre la sombra y el alma.

Te amo como la planta que no florece y lleva
dentro de sí, escondida, la luz de aquellas flores,
y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
el apretado aroma que ascendió de la tierra.

Te amo sin saber cómo, ni cuándo, ni de dónde,
te amo directamente sin problemas ni orgullo:
así te amo porque no sé amar de otra manera,

sino así de este modo en que no soy ni eres,
tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mía,
tan cerca que se cierran tu ojos con mi sueño.

Pablo Neruda
NERUDA, P. Cien Sonetos de Amor. Barcelona: Seix Barral, 2011.

Nota: Versão espanhola de "Soneto XVII"

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Nada como o tempo....
Nada como o tempo para nos mostrar o que realmente é importante!

A medida que o tempo passa, olhamos para nossa história e percebemos que muitas coisas que davamos muita importância, não significaram nada e outras que pareciam ser pequenas se tornaram uma página de ouro em nossas vidas.

É incrível como esquecemos de situações e momentos que antes pareciam intermináveis.

E como pode ser possível esquecermos de pessoas que acreditavamos que eram importantes para nós.

Mais inacreditável é quando esse esquecimento é de coisas bem recentes.

Parece que nossas mentes agiram como um computador e apagaram tudo relacionado a este fato e/ou aquela pessoa.

Sabe quando deletamos alguma coisa em nosso computador?
Essas coisas vão para a lixeira, caso queiramos, podemos ir até ela e restaurar.

Porém existem situações que nem sequer ficaram na lixeira, fizemos um backup geral, limpando até a lixeira.

Somem sem deixar qualquer rastro ou vestígio, ao ponto de que para relembrarmos temos que fazer enorme esforço, ainda assim, lembramos apenas de fragmentos.

Realmente só o tempo é capaz de tudo.

Agora existem aqueles momentos e/ou aquelas pessoas que antes achavamos serem pequenos ou sem importância que a medida que o tempo passa, nos lembramos cada vez mais.

E a cada lembrança é como se essa parte de nossa história voltasse a acontecer de verdade, pois as emoções que sentimos são as mesmas, fortes e intensas como foram quando aconteceram, ou até mais fortes, já que com o tempo nosso olhar para elas modificou completamente.

Fico chocada ao me lembrar de alguns fatos da minha vida, me questiono como pode ser, pergunto isso realmente aconteceu? Porque não me lembro mais ou porque esqueci com tanta facilidade?

Há também fatos que ao me lembrar me fazem admirar cada vez algumas pessoas, fico encantada ao ver como a pessoa pode passar por determinadas situações e dar a volta por cima, aparentemente para mim, como muita facilidade, já que não tem estampando em seu rosto o que guarda em seu coração.

Tento me colocar no lugar da pessoa e me questiono e se fosse o contrário, será que eu já teria chegado a esse estágio?

Como é possível ouvir uma música e sentir aquela nostalgia dos chamados "bons tempos"....

Sentir um perfume ou um cheiro e nos remetermos diretamente para uma situação passada em questão de segundos?

Nada como o tempo para nos mostrar o que é realmente importante!

Na linguagem do computador, fazer a desfragmentação da nossa vida, eliminando todo o lixo que guardamos achando que são luxo e restaurando o que realmente é um luxo e por um engano nosso, ou descuido, foi parar na lixeira.

Feliz é o João de Barro que se contenta com pouco, pouco como sua casa de um só cômodo. Infelizes somos nós que choramos por tudo e tendo tudo, tudo como o dom da vida!

E como eu sinto a falta de abraçar alguém
Quando toda a esperança começa a desaparecer....

O Amor


Delicado e suave como o vento,
Devastador como um furacão.
Resumido em um belo momento,
Povoado de grande emoção.

Pode durar um infinito segundo,
Ser breve por um ano inteiro.
Parecer o melhor do mundo
E entre todos ser o verdadeiro.

Pode vir carregado de dúvida,
Ser dúvida enquanto durar.
E que dure pela eternidade...

Que fale por toda uma vida,
Vida que se dá para amar.
Um amor que deixou saudade!

O que conta para fazer um casamento feliz não é tanto quanto você é compatível, mas como você lida com a incompatibilidade.

PASSAGEM DAS HORAS

Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

A entrada de Singapura, manhã subindo, cor verde,
O coral das Maldivas em passagem cálida,
Macau à uma hora da noite... Acordo de repente...
Yat-lô--ô-ôôô-ô-ô-ô-ô-ô-ô...Ghi-...
E aquilo soa-me do fundo de uma outra realidade...
A estatura norte-africana quase de Zanzibar ao sol...
Dar-es-Salaam (a saída é difícil)...
Majunga, Nossi-Bé, verduras de Madagascar...
Tempestades em torno ao Guardafui...
E o Cabo da Boa Esperança nítido ao sol da madrugada...
E a Cidade do Cabo com a Montanha da Mesa ao fundo...

Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.

A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me,
Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge,
Desta entrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso,
Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas,
Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada,
Deste desassossego no fundo de todos os cálices,
Desta angústia no fundo de todos os prazeres,
Desta sociedade antecipada na asa de todas as chávenas,
Deste jogo de cartas fastiento entre o Cabo da Boa Esperança e as Canárias.

Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.

Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.

Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
Que há de ser de mim? Que há de ser de mim?

(...)

Não há como abrir um livro
sem aprender alguma coisa.

Eu pensei em me descrever como um quebra cabeça que falta uma peça, porém a peça que me falta é a mais importante, e isso não existe em um quebra cabeça, nele todas as peças são importantes da mesma forma, por isso descartei essa descrição.
Logo em seguida pensei em ser um jogo de tabuleiro, que lhe faltava os dados, mas pensem, os dados podem ser substituídos por dados de qualquer outro jogo de tabuleiro, e o que me faltava era único, mais uma vez descartei a descrição.
Que tal ser uma caixa de lápis de cor? Que faltasse, por exemplo, a cor amarela... Uma cor bonita, porém não única, existe uma infinidade de tons de amarelo, e o que me falta não existe igual, ou seja, novamente descarto a descrição.
Esse momento inflou meu ego, quem sabe então eu era indescritível!
Não eu não era, e me veio a mente uma descrição perfeita, eu sou uma jovem menina que se apaixonou pela primeira vez, mas não foi correspondida, com isso um vazio em seu peito se abriu, só poderia ser fechado por aquele que o causou.Todos que passavam pareciam notar esse vazio, e vários tentaram preenche-lo porém sem sucesso,houve uma época em que a dor desse vazio era insuportável, mas eu segui forte em busca daquele que acabaria com isso...
Quando esse dia chegou, tudo mudou, e meu quebra cabeça estava completo, meu jogo de tabuleiro tinha dados, eu tinha um lindo lápis de cor amarelo, e o melhor, aquele vazio no meu peito desapareceu, na verdade ele se transformou em uma saliência.

Nada no mundo real é tão bonito como as ilusões de uma pessoa prestes a perder a consciência.