Viniscius de Moraes Mulher Geminiana

Cerca de 27455 frases e pensamentos: Viniscius de Moraes Mulher Geminiana

Não duvido da verdade, mas duvido da dúvida que me paralisa.

Inserida por ElmaGreiceMoraes

A CULTURA NÃO DEVE MORRER

"A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo..."

Um povo sem cultura é um povo sem identidade.
Por isso, ela deve ser difundia e preservada... As artes, de alguma, e das mais variadas formas, sempre estiveram e estarão presentes, no cotidiano das pessoas.E, harmoniosamente, dialogam entre si.
Em suas variadas formas, materializam-se em produtos de relevante valor.
E há público para todos os gostos, nos seus diversos seguimentos. A cultura é muito dinâmica no espaço urbano, e presente em cada um de nós; se manifesta por meio da percepção que temos do mundo ao nosso redor.
Tão necessária, como o ar que respiramos e o pão que comemos...
Quanto maior for as diversidades culturais de uma cidade mais desenvolvida e civilizada será.
O bem-estar que desfrutamos, dessa “overdose de estímulos que a vida metropolitana nos proporciona”, nos faz tão rico de felicidade!...Que me ponho a pensar que a cultura não deve morrer nunca.

29.12.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

AGRADECIMENTO E FELICITAÇÕES AOS AMIGOS

Saúdo aos estimados amigos com votos de felicidades!...
Estamos a poucas horas, para darmos adeus a 2016. Ano pesado...tenso.
Com certeza em 2017, novos desafios, e dias tenebrosos virão, e poderão até nos assustar...
No entanto, o nosso ânimo, para a luta, continuará grande.
E, pela graça que uma vez nos foi dada; com trabalho e determinação, venceremos um a um.
Aos colegas de ofício das letras, e aos caros leitores amigos,obrigado:
pelas críticas,elogios,sugestões,indicações e compartilhamentos dos bons e dos momentos difíceis vividos em nossos relacionamentos!
E também,por fazerem parte do meu ano literário curtindo a trajetória,e os singelos textos deste aprendiz de escritor.
Obrigados a todos os meus amigos!
Vos desejo Boas Festas e Feliz Ano Novo!

31.12.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

NÃO REMI O TEMPO...

Aqueci o ouro, e lapidei as pedras.
Estimulei sentidos e desejos...
Afetividades.

Entre perfumes e fúrias loucas,
vivi em compartimentos invisíveis...

Mergulhei no universo das palavras,
trilhei caminhos...

Andei e voei para além de mim mesmo.
Naveguei, e num porto qualquer, quebrei o leme, e
acordei ancorado; às águas, inundaram meu barco.

Não remi o tempo, no muito que corri ou remei.
Apenas, 'vivi por viver'.

(13.01.17).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Não devemos nos apegar ao defeito do outro. Muitas vezes, tal anomalia, não existe mais na pessoa e continua somente em nosso imaginário julgador (15.01.17).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Só anda sobre as águas quem faz conserto com o mar.
Só se trilha caminho do bem quem estabelece acordo com o amor (16.01.17).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Há mais mistérios na morte do que na vida

Inserida por Valcides

"Olhar para frente me fez ver, o quão o presente pode ser infinito, se dele a gente fizer o melhor que puder."

Inserida por AlineAssisMoraes

TEMENDO VOAR, VOEI PARA O RIO!

CRÔNICA

Voar é uma coisa complicada para muitos. Para outros não. Muitas pessoas sonham com esse momento.
Mas aí vêm o receio,o medo...a fobia; e paralisa o indivíduo.
Depois de alguns dias em que produzi o texto poético “Tenho Medo de Voar”, minha primeira vez chegou: voei, mesmo temendo voar!
No Aeroporto Internacional de Confins, prestes a partir pela primeira vez num vou com destino a capital carioca, presenciei in loco, um corpo de uma senhora sendo removido de uma aeronave em saco-plástico, pela equipe do Instituto Médico Legal (IML). A passageira em óbito, tinha vindo de um vou oriundo de Recife.
E a minha tensão ia aumentando gradativamente...
Também, Impactou-me um pouco, a passarela que vai da plataforma de embarque à porta de entrada do avião.
Aquilo me fez lembrar aqueles corredores dos matadouros, por onde passam os animais bovinos para serem sacrificados.
Pensei desistir, mas eu precisava mesmo partir: afinal de contas tinha o sonho de voar, e havia um evento muito importante que eu precisava estar presente.
Ganhei as passagens aéreas de ida e volta para o Rio de Janeiro do Dr. Péricles, via Dr. Wenderson; e aquela era uma oportunidade única de obter mais uma experiência de vida.
Apertei o cinto até o último estágio, e pedi perdão ao Pai, pelo meu passado pecaminoso...
Ignorei o perigo e meus temores... Desprendi meus pés do chão,e por um instante me fiz alado,e ganhei o céu do meu Brasil.
Nas alturas, aquele trem de longas asas,com a cara pra cima insistia em não parar de subir montanhas.
Eu estava preocupado com aquilo, e estranhei o comportamento do piloto que insistia naquele aclive.
Torcia para que o comante nivelasse a condução o mais rápido possível; pois meu coração não parava para descansar um só instante. Daquele baticum sem fim.
Um casal amigo, que estava ao meu lado ofereceu-me ajuda: me dando as mãos para me apoiar.
Dizem que do alto não é bom olhar pra baixo, mas arrisquei uma olhadinha discreta, e não era mesmo muito legal: a ansiedade só aumentava à medida que o avião subia o morro.
A baixo, um mar de espumas se formou; lembrou-me a poluição do Rio Tietê; e os quebra-molas, que havia no caminho, fazia o bicho pular seguidamente.
Ai meu Deus!...
Logo à frente,o piloto anunciou o pouso, mas não pousava; até achei ser propaganda enganosa. Mas, realmente ele ainda não tinha a devida autorização para isso.
Próximo ao destino final, o tempo não estava bom, e por duas vezes não se via nada em volta: a cerração não permitia.
Mas,tudo passou tão de repente!...
Até que a torre autorizou o pouso, e a luz no fim do túnel apareceu:
vi a cidade maravilhosa sob meus pés, dando as caras, e o ar da graça; o Cristo - como sempre - de braços abertos, pertinho da gente, quase ao alcance das mãos, nos desejava boas vindas.
Depois, fui informado por um amigo jornalista, que a pista do Aeroporto Santos Dumont, é uma das menores e mais perigosas do Planeta. Mas eu já estava em terra firme! Não senti muito o impacto da notícia.
Logo pensei comigo: se o processo de aterrissagem da nossa aeronave não funcionasse 100%, todos nós,passageiros daquele voo, estaríamos submergidos nas águas frias daquele Oceano.
Com a recepção e a bênção do Cristo que abriu os braços para o meu abraço, mergulhei na vida da cidade... Dioturnamente.
Na Urca, segui os passos de papai: andei no Bondinho do Pão de Açúcar. Vi o mundo de beleza que ele viu, e o mar lá embaixo; lotadinho de barquinhos brancos e Iates da nobreza, e a Praia Vermelha cheia de banhistas.
Passei lá pra molhar os pés e tirar uma foto.
Segundo informação veiculada nos meios de comunicação, neste mês janeiro o Rio, recebeu 2 milhões de turistas.
Fiquei hospedado ao lado da Linha Vermelha, que naqueles dias predominava o branco característico da paz.
Na Feira Nordestina, em São Cristóvão, ouvi diversos cantores interpretando o velho Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Genival Lacerda... Comi buchada de cabrito e matei saudade do meu Maranhão.
Eu vi nos ensaios carnavalescos, nordestinas (os), dançando que nem acadêmicos do samba, para imitar o carioca e fazer bonito no carnaval.
Deslumbrei-me com a maestria e beleza daquelas mulatas requebrando no salão com a maior desenvoltura e encanto.
Também tirei uma foto com o compositor e mestre do samba carioca, Arlindo Cruz,do Programa Esquenta da TV Globo, apresentado por Regina Casé.
Estive na casa do Imperador D. Pedro II (hoje, Museu Nacional), na Quinta da Boa Vista, e da janela - que ele gostava de ficar - contemplei a beleza do jardim, com plantas e árvores trazidas de sua terra natal - muitas delas plantadas por ele.
Na Casa das Beiras, a casa mais portuguesa do Brasil,no bairro da Tijuca,RJ,- em noite de gala acadêmica - ao ver e ouvir os grupos folclóricos de Portugal – e agora, como membro do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa, com o registro no Gabinete Real Português n° 6.907.8;
sinto-me, mais irmanado aos povos de além mar, e mais integrado do que nunca à Cultura Lusófona.
Numa manhã de lazer com os amigos da academia de letras, na beira d’água, no Leblon,vi coisas tão lindas!...Tão talentosas!...
Nas ruas, no calçadão e nas areias da praia, tomando banho de sol e de mar...
Depois de freqüentar o reduto do saudoso poeta Vinícios de Moraes - em Ipanema e mediações - não posso contestá-lo de que as moças de lá - em trajes de banho ou não - são mesmo cheias da graça.
Não devo deixar de propagar por onde for que "o Rio de Janeiro continua lindo!..."
O sonho também não deve morrer; e,só se perde o medo de voar, voando!

17.01.17

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Quando gostamos de alguém, não o ofendemos nem mesmo com uma palavra.

30.01.17

Inserida por NemilsonVdeMoraes

FOI BOM ESTAR CONTIGO!

São Cristovão,Tijuca,Urca,Copa Cabana,Ipanema,Leblon…Rio de Janeiro.
Fonte perene de inspiração; berço da nossa história e da Cultura Lusófona.
Eu não poderia morrer sem conhecer este santuário.
Fui conferir de perto, sua beleza exuberante;natural e modificada pelo homem.
Contemplei a cidade, das alturas e da terra: do plano inferior e das montanhas.
Eu sabia dos seus encantos mil; de ouvir falar...E de ver suas imagens circulando pelo mundo.
De perto, seu cenário é ainda mais lindo! Sua temperatura atmosférica é quase insurpotável e o calor humano de sua gente, é de se tirar o chapeu...
Fiz novos amigos e respirei novos ares da metrópole; que, encheu-me de vida,leveza e graça.
Em redutos de poetas, vi poetas declamar suas poesias: nas ruas, nos bares, nas praias... Em espaços de convivência.
Em eventos literários, ouvi poemas cantados. Sem sentido lógico ou ritmados. Vi danças folclóricas e discursos literários, inflamados.
Vi garotas, como sereias, nas areias e no mar; sob céu de brigadeiro e em noites de luar.
Respirei cultura, em minha estadia turística e em momentos solenes.
Em seus limites territoriais, conheci gente bacana; somente um sacana! Vi muita gentileza urbana, nas pessoas humanizadas.
Na minha decisão de estar na cidade maravilhosa, realizei sonhos antigos... Andei de teleférico, rezei na Igreja da Matriz,visitei o Arco e a Escadaria da Lapa. Até Voar nas asas da águia de ouro, do Teatro Municipal. Estou radiante de felicidade!...E, realizado, por ter conhecido você!
Hoje acordei com saudades de ti!... Porque foi muito bom estar contigo!

31.01.17

Inserida por NemilsonVdeMoraes

CLAMOR DAS ÁGUAS

Sou o combustível da vida e em condições normais, no meu ciclo natural, mantenho os seres viventes em harmonia, num frenesi constante.

Sou infinitamente mais importante do que qualquer outro recuso existencial.
Dependem de mim, todos os seres animados da Terra.

Vivo nos campos e nas cidades. Sou os rios, lagos e mares.

Estou presente, nos reservatórios, nas torneiras, nos filtros e nos potes; nos baldes, nas piscinas, nas represas, nas poças, na bexiga, nos joelhos... Nas olheiras.

Sou o pingo da goteira.

Sou uma obra prima, e um presente do Criador a todos os mortais. E no início do mundo, o ‘Espírito de Deus’ se movia sobre a minha face.

Vejam só o que sou!...

Saciei e sacio a todos os viventes. Nunca me neguei ao serviço de limpeza da vossa casa, do vosso carro e do vosso corpo; dou refrigério a quem me procurar, do micro ao macro organismo; Nunca deixei de servi-los.

Sou tão grande, tão imensa... Sou vista até do espaço sideral.

No meu ciclo constante, sempre caio do céu para vós ou broto da Terra, em fontes termais, ou não. E corro no meu leito perenemente, como deveria correr a justiça dos homens.

Vim a esse mundo com essa missão.

Higienizo o mundo, e ponho o alimento na mesa de cada um de vós: Sem mim, não há fartura, nem haverá indústrias, verduras... Agronegócios. – Que por sinal, são quem mais me consomem.

Assessoro a obra divina em suas mais variáveis nuances, nesse planeta; à vida inteira. O maior Profeta que já pisou nesta Terra: “São João Batista”. Lançou mão do meu recurso para batizar o Homem mais importante, e que está entre nós até hoje: “Jesus, o Salvador da Humanidade.” Quem pode sentir a sua presença?
... Somente quem tiver muita sensibilidade, pode senti-lo.

Eu, que sou a vida e a promotora dela, uma vez contaminada, sou um veneno letal; atualmente, apresento sinais de cansaço e fraqueza, estou perdendo lentamente a saúde e a vida. – Há necroses em muitas partes do meu corpo.

Morro a cada instante um pouco, pelas incúrias dos habitantes Terrestres, e a minha situação só piora a cada dia.

Falta-me o tão necessário oxigênio, que vocês usam para respirar e viver.

No leito, onde sigo meu caminho, na Região Metropolitana da maior cidade brasileira “São Paulo”, já me consideram como uma das mais sujas do planeta. Naqueles Termos, me chamam Rio Tietê. Lá eu já morri. E relataram no meu atestado de óbito, as verdadeiras causas da minha morte, que não cabe aqui relatar. Vocês já sabem o motivo.

Por isso, socorram-me, tenho urgência; para a múltipla falência não se generalize por todo meu organismo; o meu estado de saúde é gravíssimo!

Estou enferma de morte em outros lugares também, no Brasil e fora dele. Eu não sei se saio dessa com vida, para contar a história. Dependo de vocês agora... Não quero partir dessa para uma melhor e levá-los comigo. Não seria interessante isso.

A única coisa que peço em troca de tudo que fiz e ainda faço a todos vós, é o “RESPEITO”, pois há por toda parte um clamor de JUSTIÇA, muito grande; de vocês próprios. E para que ela corra como eu corro no meu leito sem secar, primeiro, tem que haver o respeito à ‘MIM’.

Preciso assistir os viventes da atualidade e os que ainda virão; porque a vida precisa continuar para eles também: - gerações de animais e vegetais.

Pela minha posição na hierarquia dos elementos da natureza, eu precisaria ser mais amada, reverenciada ou até mesmo adorada, porque não?

Vós “seres pensantes”, em algum momento, já pararam para refletir sobre o nosso relacionamento?...Como tem sido ele? Qual é a qualidade dele? Há uma harmonia perfeita em nosso convívio diário?

Estou pedindo demais? Ao querer um tratamento mais digno, respeitoso e humano? Lembrem-se da “lei da semeadura e da colheita”; e não se lamentem depois, se algo der errado, por não observarem esse princípio!

Será que mereço mesmo tanta insensatez e injustiça?Há muito abuso e covardia da vossa parte, para comigo.

Vejam quantas agressões tem sofrido meus corpos d’água; minhas bacias hidrográficas: afluentes... Rios principais...

Somente o homem maltrata-me, assim... Vós “cospem no prato quê comem” – ao me poluírem...

Da forma embrionária ao nascimento, vocês nadaram de braçadas em mim: - no fluido amniótico; eu os protegia de impactos e outros males, naquele ambiente.

Ao sugarem o leite materno eu estava - e estou - presente nos nutrientes que vos dão o crescimento e a vida.

Eu vivo presente em vossos corpos – compondo mais de setenta por cento dele: nos capilares, em vasos e artérias, conduzo oxigênio e outras substâncias para a nutrição das células; e carreio de volta as impurezas metabólicas.

Quem mais pode fazer isso?

Quando doentes, sendo ainda bebês, eu estava no medicamento - farmacológico - que o médico indicava para a cura dos males, da barriga ou do ouvido, tão comum nos recém nascidos.

Nunca vos neguei o pescado para o pirão de cada dia; quando lançavam sobres mim vossas redes e anzóis.

Lembram-se da “multiplicação dos pães, por Cristo”? Pois bem,... O complemento do milagre era peixinhos, que viviam em mim, e que cuidei com muito amor para aquele momento especial.

Devido as suas atitudes irresponsáveis, recebo uma carga diária de efluentes in natura – todos os dias, dos mais variados tipos e origens; de coliformes fecais a metais pesados; de indústrias, mineradoras, residências domésticas, de cidades grandes e pequenas.

O que estão fazendo comigo é mesmo uma coisa inimaginável.
É um verdadeiro ‘tiro no pé’ da vossa parte, na nossa relação.

Como se tudo isso fosse pouco, ainda se envergonham de mim – principalmente juntos dos vossos amigos estrangeiros, e nem mais querem me ver ou me deixar ser vista (o) por eles;

Não mais me contemplam, banham-se ou pescam, nas minhas águas. E, onde estou represada, e sendo CARTÃO POSTAL, como a conhecidíssima Lagoa Pampulha; há placas nas minhas margens com os dizeres “É proibido pescar! Peixes impróprios para o consumo.” Sou bonita nas fotos, mas quem se aproximar de mim, sentirá um mau cheiro terrível.

Nas cidades grandes, fluo como “rios invisíveis”. Tem até um livro com esse título no mercado literário. Leiam! Talvez vos ajudem em alguma coisa.

Essa relação insana começou desde que viestes morar junto a mim...

Multiplicaram-se desordenadamente como areia do mar e agora me tem como culpada de seus problemas; principalmente em períodos chuvosos: enchentes, desmoronamentos, perdas, mortes... Aí vocês me maldizem e recorrem a São Pedro - pra me parar- devidos os problemas calamitosos, que surgem nessas épocas do ano – pedem, a Ele para fechar as torneiras.

Em vez de me restaurar, canalizaram-me; e jogam os problemas para os vizinhos das jusantes.

Arrancaram as minhas margens verdes – as matas ciliares, e a minha clara visão do mundo exterior.

Isolaram-me entre paredões, e submersa (o), numa escuridão sem fim; com uma cobertura pesadíssima por cima da minha cabeça - em toda minha extensão urbana.

O asfalto e o concreto interromperam a minha interação externa.

Fui isolada (o) dos elementos da natureza como à luz, o ar e o solo...

Não posso mais respirar e nem me infiltrar no solo, para recarregar os aqüíferos subterrâneos e seguir o meu caminho natural, tão necessário.

Não pude mais serpentear a céu aberto, nas cidades; nem ser acariciada (o) pelos barrancos no meu trajeto; e nem ser oxigenada (o) pela luz solar; não posso acolher os seres aquáticos que dependem de mim, para se alimentar, se reproduzir e viver.

Em muitas situações não posso mais ver a luz do mundo... E meus cílios (as matas ciliares) que me protegiam da sujeira que caiem em meus olhos, foram arrancados de maneira cruel. Perdi também essa proteção natural.

Hoje, principalmente nas cidades grandes e médias, os veículos vivem sobre minha cabeça, e fazem dela uma avenida.

Não levo mais o lazer a população, não mato a cede dos animais; porque o meu estado de saúde é deplorável. É de cortar o coração!

Não dou mais alegria aos meninos em longos banhos nos poções. Porque não fizeram nenhum sacrifício para me salvar.

Vim ao mundo bem antes de Adão e Eva; eu era límpida, pura e transparente como um cristal bonito; sem cor e sem odor, para agradar a todos os gostos.

Eu agradava a “gregos e troianos” como diz o ditado.

Hoje ninguém suporta o mau cheiro que exala do meu corpo; não mato mais a cede do gado, dos porcos e do povo: - em muitos lugares no mundo.

Locomovo-me com muita dificuldade nos espaços rurais e urbanos: devido o assoreamento.

Não posso mais fazer nenhum agrado aos banhistas ou turistas, que antes vinham de longe me apreciar. Há rejeitos de mineradoras espalhados e aderidos em meu corpo, alterando minha composição química. Com substâncias em circulação, além do permitido, pela Legislação Vigente.

Será que meu maior pecado, foi mesmo, o de ter vivido a vida inteira fazendo o bem, sem olhar a quem?!

07.04. 16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Amor verdadeiro a gente percebe no beijo, no abraço, no sorriso, mas principalmente no brilho dos olhos quando o outro nos olha e como em um espelho reflete a nossa própria imagem, dando-nos a certeza de que ali encontramos enfim o nosso lugar, que com aquela pessoa queremos viver e fazê-la feliz todos os dias de sua vida...

Inserida por cirilovelosomoraes

"Cuidado com o erro de depositar tudo no outro. Não transfira para ninguém a responsabilidade de te fazer feliz. Jamais se abandone. O amor de sua vida não será solução mágica para todas as suas demandas. Não exija tanto. Duas histórias podem compor um único projeto, mas continuarão sendo duas vidas. Então, não se perca, não se dilua na vida alheia. Ame intensamente, porém, protegendo a sua singularidade..."

Inserida por lubaffa

POETA SEM A INSPIRAÇÃO

Poeta sem a inspiração
não tem ar para respirar,
não vê o brilho do dia;
nem tem prazer de brincar
com as palavras...
é um peixe fora do mar.

O poeta sem a inspiração
sente profundamente a dor
de não poder expressar-se, poeticamente;
e vive a desejar o retorno da inspiração,
quando a mesma, anda ausente.

O poeta sem a inspiração
é como uma ave sem penas,
tentando voar;
é como um atleta sem pernas,
querendo correr.

O poeta sem a inspiração
não tem cabeça pra pensar,
falta-lhe a alegria...
a imaginação;
Não sabe bem o que dizer,
não tem olhos pra enxergar,
seus pés, não alcançam o chão.

O poeta sem a inspiração
e, sem um coração pra bater,
não tem forças pra caminhar...
perde o gosto de viver.

Mas, como um paciente esperançoso,
em fase terminal,
insiste em viver,
apesar do mal.

- 30.06.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

JOELHO DE PORCO COM CHUCRUTE

Aqui em casa eu mesmo queimo a lata - faço meus cozidos.

Mas, sabe como é... às vezes enjoa; então, estava mesmo determinado a comer um trem, lá na região central de Belo Horizonte.

Lugar escolhido, dia chegado... lá estava eu.

Sem olhar o cardápio porque a fome era muita, fui logo pedindo por gentileza ao garçom, que trouxesse-me uma porção de joelho de porco com chucrute.

Optei por aquele prato, mais por achar o nome do mesmo, sugestivo,diferente; e não por saber do seu verdadeiro conteúdo.

Não havia consultado previamente sobre o assunto...

Qual foi a minha surpresa?! Aquilo não era uma comida da culinária mineira,propriamente dita, como eu achava.

Nada mais era do que pé de porco com batata inglesa, acompanhado com uma iguaria de repolho picado,fininho, fermentado no vinho branco.

Trem de alemão. De mineiro não era. Comi aquilo pra não fazer desfeita... não achei grandes coisas!

Antes, tivesse degustado um franguinho com angu,quiabo e couve rasgada, aqui de Minas e do Brasil.

Teria sido mais interessante,mais nutritivo e mais em conta.

Não teria jogado meu dinheirinho fora; nem teria elevado o meu colesterol, já alto, à níveis ainda mais preocupante.

02.07.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

SEM ELA / COM ELA

Sem você
o tédio,
a tristeza,
a dor,
as horas, as uvas...
Sem você,
nem mesmo a breve noite passa!
Com você
nem sei se o tédio existe,
ou, se algum dia fui triste;
só sei dizer que a dor exala,
o tempo voa
e as uvas-passas.

-17.10.15

Inserida por NemilsonVdeMoraes

EU VI DEUS...

Deus estava na flor, na bioindústria natural,
no inseto polinizador...
Na força do operário;

No mel da abelha, na matéria prima...
Na água da fonte,no rio a correr,
na centelha que ilumina,
o meu viver.

Vi Deus na estrela d'alva, na Natureza;
na união da família, na fé, e no café da manhã,
em volta da mesa.

O vi, no templo: no sermão do pregador,
na oração e no louvor... E, no evento da dor, estava no cântico dolente da despedida...

Vi Deus arrependido, desolado, chorando,
por ter dado tanta autonomia ao homem;
Inclusive, para pecar (desobedecê-lo).

Mas, vi um Deus alegre sorridente: onde numa grande festa, Ele, de braços abertos, recepcionava um povo de vestes brancas... Iluminado pelo perdão!

12.07.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Ser cristão não é apenas deixar de destruir seu corpo e sua moralidade, mas sim ser alguém que frutifica através da justiça e honestidade, ser a separação deste mundo corrompido e pretenciosamente mal.

Inserida por joedisonwoicki

Toda uma grande história leva algum tempo para ser consumada, não deixe sua vida sucumbir. Confeccione seu tecido mais perfeitamente possível para que não tenha muitos reparos.

Inserida por joedisonwoicki