Vida Vagao de Trem
No aguardo
Um beijo foi jogado aos ventos e na sua passagem demorada sobre o mar apenas os olhares da lua o acompanharão,
Do outro lado do oceano, sem hesitar impulsionada pelos desejos pavimentados e a felicidade impetuosa, a minha amada resiste com o seu rosto umedecido por lágrimas.
É uma alegria ler um poema, sim, mas quem o lê com verdade sabe que por trás de cada verso há um abismo. O poeta canta porque não pode calar a dor; ri, porque não suporta chorar sempre. A sua alma criativa é um reflexo da crise, um espelho partido que devolve a luz em estilhaços de beleza. Que importa que o poema brilhe, se foi forjado nas trevas? Que importa que a palavra dance, se quem a escreveu mal se sustenta em pé? A obra é a fuga, o grito abafado, o sorriso que se desfaz no rosto antes de chegar aos olhos. Lemos e sentimos o êxtase da criação, mas esquecemos que o criador muitas vezes se consumia na chama que nos aquece. A arte é o suicídio adiado, o último suspiro antes do naufrágio. E, no entanto, quanta luz brota dessa escuridão! O poema é alegre porque a tristeza, quando pura, já não sabe nomear-se. E nós, leitores ingênuos, bebemos do veneno como se fosse mel, sem perceber que a doçura vem do mesmo fruto que envenenou o poeta. Mas não importa. A obra está acima do autor, e a beleza sobrevive ao caos que a gerou. Ler um poema é conversar com um fantasma que ainda não sabe que está morto, e, nesse diálogo, ambos, vivo e espectro, encontram uma paz que a vida lhes negou.
Há uma ternura triste, quase imperceptível, que habita os corações dos apaixonados. É a crença silenciosa de que, para merecer o amor, é preciso ser menos. Menos ruidoso, menos estranho, menos intenso. Como se amar fosse passear por um salão de porcelanas impecáveis, e não andar descalço num jardim onde brotam flores selvagens. Quantas vezes você já se olhou no espelho e, em silêncio, declarou guerra a si mesmo? Quantas vezes domou sua risada por achá-la alta demais, podou suas ideias por parecerem estranhas demais, engoliu sua verdade por medo de que fosse demais para o outro? Ah, meu caro... o amor de verdade não é um molde no qual devemos caber. É um lugar onde cabemos inteiros. Há quem se apaixone justamente pelo que você esconde. Pelo seu jeito estabanado de contar histórias, pelas paixões excêntricas que ninguém mais compreende, por aquele detalhe que você julga imperdoável. O amor é distraído das lógicas, surdo às conveniências. Ele gosta de vozes desafinadas, de risos fora de hora, de olhares tortos. Ele gosta do que é seu, e só seu. Não se torture tentando caber em formas que não foram feitas para você. Não há vitória alguma em ser amado pelo que você finge ser. Seja quem é, com todas as suas delicadezas e desatinos, e espere. Porque o amor que vale a pena não exige máscaras nem reformas. Ele reconhece a alma pelo avesso, e ali se aconchega. Ele não chega exigindo silêncio: chega com ouvidos abertos para a música que é só sua. E quando ele vier, não pedirá que você se esconda. Vai sentar ao seu lado, sorrir, e dizer com simplicidade comovente: Gosto de ti assim, exatamente assim, com tudo que o mundo não soube entender. Seja raro. Seja inteiro. Seja você. Porque o mundo está cansado de cópias bem-comportadas. Mas há uma beleza revolucionária em ser verdade.
"NADA É PARA SEMPRE, NEM MESMO O NOSSO SOFRIMENTO" Charles Chaplin
Sem dúvida, o prazer, o sofrimento, a dor, a vitória, a derrota, o mal, o bem, se alternam em nossas vidas. Por isso, para evitarmos dissabores, é bom aprender a conviver com estás mutações.
A SÍNDROME DE TÂNTALO
O gosto do inefável
Não vivenciado
Drapeja e se sedimenta
Viscosa e manentemente
Pelas papilas gustativas
Da estrela oniricamente sibarita
Como também (na realidade)
ANACORETA:
Pois --- ao nadar seguindo o contrafluxo
Do vórtice refratário á canção do horizonte ---
O totem da soledade
Testemunha a olência das macieiras
Passar inexoravelmente ao longe,
Além de o converter no mais feraz bioma da orfandade insone.
Embora, contudo,
---- Apesar de o mundo
Parecer soturno,
A cor de ÉBANO
Sofrer uma procela de insultos
Ou o BÓSON DE HIGGS
Flutuar imperceptível
Tal qual uma deidade inútil ---
O rio Nilo da vida
Continua a delinear seu curso:
Compelindo o astro bruno
A lutar de modo contumaz e diuturno
Para encontrar seu rumo.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
"A tecnologia trouxe no seu bojo o ópio mais danoso para os jovens, chamado JOGOS ELETRÔNICOS, vicia mais do que cocaína. O desperdício de tempo é incomensurável, o atraso na vida não é possível dimensionar"
Abençoado
No silêncio da madrugada no campo sentado e olhando para o brilho magnífico das estrelas, venho a me recordar do oásis antes vívido daquela doce viagem.
No ritmo de um vendaval os meus olhos se encheram de lembranças ao me encontrar tempos atrás na primavera em mais uma viagem dos sonhos e cheia de bênçãos.
O cheiro da chuva, o café da manhã antes dos passeios pelas praias, as músicas e o sotaque da região, tudo está entrelaçado com o meu agora.
Viver de abraços e sorrisos, encontrar pessoas maravilhosas pelo caminho, poder conhecer lugares com tamanha beleza, viver com a sensação de liberdade e leveza e sem pressões me trouxe tanta paz, tantos pensamentos bons, a vontade de viver neste clima sem o peso dos ponteiros do relógio cair é tão grande.
Ontem eu era inteiro, hoje encontro-me incompleto, amanhã embalado pelos abraços que já vive e pelos sonhos que tenho, me encontrarei contemplando algum lugar em mais uma primavera.
Assombração
O tom avermelhado daquele fim de tarde sombrio era de se arrancar suspiros, era de bater os dentes,
A lua subindo com seu tom de sangue aguado, as ondas do mar revoltas fazendo barulho, e o sino da igreja batendo forte e sozinho deram o ritmo do medo,
Na dança dos espantalhos as espigas de milho falavam mais alto ao cair no chão, o corvo paralisado em cima da cerca observava o horizonte sem piscar os olhos temendo ver o que não queria,
Ao fundo o impensado acontecia e vinha na direção da casa estilo colonial, os cachorros não paravam de latir.
Uma imagem se aproximava muito rápido e estava de vestido branco e longo além de possuir uma cara feia de poucos amigos,
Ao chegar mais perto e revoltada com o grande objeto de alumínio que carregava a assombração esbravejou,
_Me ajude seu ingrato, preguiçoso a recolher as roupas do varal!
A Amélia realmente sabe ser sinistra.
Seremos um só
É o teu amor que eu quero , esqueça as promessas quebradas, venha viver o que toca teu coração,
Vou assumir o que sinto por você para os quatro cantos do mundo ouvir,
Sou sincero quando digo que não vamos nos deixar jamais, a minha meta de vida é deixar o nosso amor envelhecer para cada vez mais se fortalecer e se purificar atingindo um estágio surreal,
O perfume que um dia foi breve se tornou mal hálito, se tornou imoral, agora só existe um lugar aonde os meus olhos dormem, aonde o meu corpo implora para se misturar com a tua alma,
Dizem que sou louco por ter roubado tantas horas do tempo vagando por ai sem os teus caprichos,
Preso até o pescoço estão os meus sentimentos, atolado pelos desejos de ter você comigo em definitivo,
Eu tenho pena do ego, do orgulho, da tristeza, da safadeza e dos outros e outras que tentaram impedir o que estava impregnado em nós por natureza, tenho pena do que já foi o contrário a nossa união porque a partir desse momento estou deixando as nuvens os carregarem para bem longe de nós.
O ventilador está ligado, a música tá rolando baixinho e o vinho tá gelando, agora só falta você chegar pra gente comemorar.
Reiniciar
Um episódio cheio de remorsos deixa uma marca profunda mais não impede a saudade de crescer,
O frio nas palavras está consumindo o meu coração, eu sei que mereço esse castigo, porém, os meus defeitos podem ser aprisionados sem julgamentos,
Depois de uma semana sem você um fantasma imperfeito começou a viver no meu lugar,
Dessa vez a matrix do amor falhou, te peço para reiniciarmos pois a nossa história de amor merece um gênesis.
Alinhados
As memórias moldam o que era pra ser passageiro,
a saudade aprisiona as lágrimas,
no jardim, o dito e o feito são os alicerces,
e quando respiramos a história os sentimentos ecoam.
Coração andarilho
De ciclos em ciclos o coração andarilho segue pedindo passagem ao mesmo tempo que deixa corpos quentes e amores ciganos para trás.
No coração andarilho os sentimentos voam livres ao contrário dos corações cuja a água ele já bebeu e deixou pela estrada aonde mantém a esperança viva por o reencontro mesmo que seja para despejar sua água mais uma vez.
As perguntas sem respostas, apenas a saudade responde e quando a emoção controla a razão isso causa conflitos, elimina limites, enfim, nos faz voar com as asas da sedução, mas tudo tem um preço.
O coração andarilho anda com a coroa do destino, ele navega com os ventos dos amores e clamores, vive dos arrepios da liberdade é um doador de momentos que por vezes causa tormentos.
Na ousadia de invadir o próximo ninho o coração andarilho leva no peito o abraço do desfrutar, e a pena de se mesmo no perpetuar.
Entrar pela “toca do coelho” pode te custar muitas experiências, mas o aprendizado e o encontro com a sua alma serão satisfatórios sempre!
O jogo
Na alternância das cartas jogadas a mesa,
um desafio foi lançado,
dois corpos se misturaram,
e um segredo nasceu.
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