Vício

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A virtude remoça os velhos, o vício envelhece os moços.

"Vício é o que sempre estamos fazendo pela última vez."

O vício corrói as almas, destrói-as, rebaixa-lhes a dignidade, mata o princípio das grandes obras e consagra a vileza do espírito.

A gente tem o vício (eu, pelo menos) de matar a alegria com mil análises críticas que geralmente não têm nada a ver.

A hipocrisia, além de ser a homenagem que o vício presta à virtude, é também um dos artifícios com que o vício se torna mais interessante.

Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que todos fazem.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa (heterônimo Bernardo Soares). Link

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Meu vicío de hoje, pode ser o passo pro meu abísmo de amanhã.

Amor Platônico:
É o vicio sobre uma pessoa que não tem nada a ver com voce e que não gosta de voce, mas voce gosta dela porque ainda não encontrou ninguem melhor

Aquele que tem por vício a leitura, droga alucinógena das mais leves, acabará cada vez mais dependente dela. E o pior, passará para drogas mais pesadas, como a escrita. Nesta fase crítica, o leitor, agora escritor, tende a fugir regularmente da realidade e ter devaneios de que, assim como Deus, é criador de universos inteiros.

Sócrates: Você precisa abandonar vícios.
Dan: Fala um vicio que eu tenho!
Sócrates: Falar. Principalmente interromper e achar que sabe tudo, quando não sabe nada.

Se foi amor, esqueci.
Se foi desejo, acabou.
Se foi vicio, destrui.
As lembranças apaguei, e o que era pra toda vida, já morreu.

Nós, brasileiros, temos um vício, que é muito perigoso, de nos contentar muitas vezes com o possível, em vez de procurarmos o melhor.

Viver bem é um vício que tenho. Não nego isso a ninguém. Eu faço o que eu quero fazer. Depois durmo igual neném!

Charlie Brown Jr

Nota: Trecho da música O nosso blues.

O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise abstinência.

O vício intrínseco do capitalismo é a partilha desigual do sucesso; o vício intrínseco do socialismo é a partilha equitativa do fracasso.

Winston Churchill
Never Give In! : The best of Winston Churchill’s Speeches, Hyperion, 2003

O amor não é bom em si mesmo: é bom enquanto virtude e ruim enquanto vício.

O que tem por trás desse sorriso
Que me deixa fissurado em você
É um misto de desejo e vício
Já tentei mas não consigo entender.

Você é meu caminho.
Meu vinho.
Meu vício.
Desde o inicio.

Gal Costa

Nota: Trecho de Meu Bem, Meu Mal (composição de Caetano Veloso).

O excesso e a deficiência são uma marca do vício e a observância da mediania uma marca da virtude.

Sou viciante, mas não passo de um início mal-feito. Vicio por dias seguidos, causo mal em dobro. Sou um acordo sem assinatura. Mistérios, quem sabe alguém desvende. Entediante, mas avassalador, talvez. Ainda que alguém tente me acompanhar ando em ritmo acelerado, mas em compensação corro vagarosamente. Ser preguiçoso, mas investigador. Procuro as coisas, mas sempre as perco minutos após. Meio-termo, vanglorioso. Orgulho na pele, indecisão na ponta da língua. Não sei o que falar, mas entendo muito bem o que sou capaz de ouvir. Sou mais do que um título, mas nunca serei uma história. Capacidades eu tenho guardadas no meu armário, aos montes. Mas como todo armário, uma bagunça. Não sei o que vestir, mas sei me conservar. Sou um ser, mas nunca fui alguém. Ninguém me nota, mas me questionam. Complicado, sim. Complicações aos montes. Canetas, lápis, borrachas. Algo inapagável, mas impossível de ser escrito. Sim, sou este meio-termo que tanto venho a te explicar, mas como sou metade, nunca completo. Sou meio-alguém, por falta de alguém. É, talvez seja isso, a falta que me traz metade, metade que só se completa por outro batimento. Metáforas ditas que em meio as palavras haverá alguém a minha espera. E espero eu que não aguente mais esperar. Porque eu não me entendo, aliás, ninguém entende. Como disse-lhe, sou entendiante, meio-termo. Sempre a dúvida estará por cima de qualquer outro porém. E tu nunca me compreenderás. Porque tua sabedoria é pouca demais para desvendar um mistério pela metade.