Viagem

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A VIAGEM

A persuasão é um dom muito interessante e temos registros desta atividade desde os primórdios da humanidade. Quem não conhece a multiplicação dos pães e peixes feita por um "ser iluminado" chamado Jesus. Ele conseguiu convencer a quem tinha mais alimentos a dividi-los, e esta divisão foi o "milagre" da multiplicação.
Milagre este que está presente também nas escolhas , escolhas de ir ou vir. Um dia estar aqui, outro dia acolá, a multiplicação dos lugares. Viver em lugares diferentes, se adaptar com outras situações, outras rotinas, outras pessoas... e tentar viver o máximo possível de tudo isso.
Parece tudo estranho, pois toda viagem leva e trás alguma coisa, mesmo que não faça muito sentido neste instante.

Nesta louca e empolgante viagem chamada vida vislumbro as paisagens que me vem à janela, na verdade é uma questão de se permitir, você sente aquilo que é. Se és florescer verás lindos jardins.

Saudade é uma viagem,na lembrança de tudo que foi bom e se perdeu no tempo.

Na viagem , tão divertido quanto o destino, é o caminho, portanto, não te apresse.

Adoro Flash-Back romântico porquê é o som que me faz viajar sem ao menos sair do lugar. É uma viagem que faço para dentro de mim, dos meus pensamentos e em direção aos coração.

Lenilson Xavier (lexgrafia)

Bobagem, o tempo passa
Viagem
As porrada que eu eu levei da vida, a tua era massagem
Eu tenho asa e eu vou pular, mãe
Se pá eu decolo
Aí levo o mundo nos ombros, mãe
Cê já me pego no colo

A VIAGEM
Na estação do viver,
tu reparas que o tempo passou,
quando se vê já uma mulher,
então percebes que o tempo voou....

Numa parada qualquer,
se pergunta : Onde estou?
tentando entender,
que rumo a vida levou...

Perdida em meio as responsabilidades,
percebe que a sua meninice,
se perdeu durante a viagem,
e já avistas a velhice...

Olhas pra trás, e não enxergas quase nada,
Escuta somente ecos desconhecidos,
Mas sabe que o que deixastes para trás
não ficou totalmente perdido...

Em meio ao vulto do passado,
enxergas gestos de ternura,
que por ti fora vivenciado,
amenizando sua vida dura...

Percebes que a viagem foi curta,
que o trem da vida estava a todo vapor,
Mas, que mesmo com toda sua luta,
Conseguistes viver o amor...

Já em sua velhice,
percebe que as flores hoje colhidas,
que enfeitam sua planície,
foram por ti semeadas ao longo da vida...

Enfim, percebes o trem parar,
em sua última estação,
tens que desembarcar,
sem nada nas mãos...

Isso já não importa pra ti,
pois todo o amor que viveu,
carregas dentro de si,
foi só o que realmente te pertenceu!

A viagem só será prazerosa se a pressa for pouca; e a gente desfrutar das coisas boas que há no caminho (06.11.17).

Chega um momento em que passamos a seguir viagem sozinhos, demorei muito para me acostumar as despedidas, tinha medo de perder pessoas especiais que fui conhecendo e isso me deixava frustrada... Mas ai com um tempo percebi que não importa o tempo que demore, essas pessoas acabam cruzando nosso caminho novamente.

Por muito tempo estive ausente.
Não digo ausente dos outros, mas de mim.
Nesta viagem onde me ausentei, a leitura das paisagens que vi foram leituras trágicas,fatalistas,teleológicas.
Uma nevoa sobre a angustia(kierkegaardiana) que depressivamente parecia angustiada, a esperança se desesperando na desesperança(Adorniana).
A vida se resumindo na existência facultativa temporal enquanto durasse a resina liquefeita de um material espesso e tóxico amarelo verde dentro de uma garrafinha pet levada pela mão direita esquelética a boca do meninolixo, segurando na outra mão um rodinho cuja a espuma embebecida gotejava no asfalto quente. Mesmo fora de época o menino parecia desfilar como mestre salas entre automóveis e buzinas e fumaças de cigarros da industria capitalista da morte e gás carbônico dos pulmões dos Volvo e Mercedes Bens.
Enquanto sonho com a educação, o mundo não dorme ! a roda gira, a lamina do punhal solar corta a carne não friboi do coitado,jogado e esquecido do lado de fora de um albergue."... son las personas en el comedor, a estas personas en el comedor, están ocupados nacer y morir ...",em outro desdobramento da paisagem se percebe que na rua 25 de março um comerciante vende a uma legitima provinciana oriunda do extremo leste paulista (não menos europeu por sua etno cultura exótica de devorar "baiões de dois" e "escondidinhos" e sonhar em formar um bloco econômico igual aquele do G8 e G20 no sertão do nordeste) uma bolsa feminina do Paraguay de pseudagrife.
No retorno desta minha ausência sonífera me surpreendo ainda com uma paisagem surreal...minha docência é tragada pelo vácuo, a medida que me torno volátil('in'matéria)meu corpo se dissolve textualmente como num recorte discursivo e dialeticamente concluo que a redenção pela educação acontece no centro do altar do holocausto

À Deriva.
Minha vida... um barco... um porto. Nesta viagem sou protagonista de subidas e descidas, subindo e descendo conforme o balanço das ondas. Graças aos familiares e amigos não perdi o horizonte. E... quando náufrago, este amparo é a âncora que me apoio enquanto busco um novo rumo.

É estranho olhar pra trás, parece um sonho, um pesadelo ou uma viagem de santo d´aime...

Boa Viagem não pode parar, pra isso deveria começar a Andar . Quando vemos que um projeto não esta dando certo e que caminha para trás enquanto deveria andar pra frente; não há outra solução se não mudar de projeto, o estilo de governar, é isso que vemos nesses quatro anos um projeto que não estar rendendo bons frutos, então vamos inovar fazer uma administração diferente limpa e em boas mãos nas mãos do povo por intermédio da Aline Vieira faremos de Boa Viagem uma cidade forte, com muitas escolas, com uma saúde de qualidade, com um salario digno para o servidor público, compromisso com a cultura do nosso povo, desenvolver projetos que ajudem o homem do campo isso é uma administração que pensa na agricultura, e demostrando que está pronta a ajudar o povo quando for necessário.
Por isso esta união, por que acreditamos num futuro melhor para Boa Viagem, acreditamos que a melhor forma de governa é construir uma administração com a participação do povo sendo assim: Uma administração "do povo para o povo e pelo o povo".

Fugi dos holofotes traiçoeiros e cheios de desordem que me faziam cansar de mim mesma. Nessa viagem intensa encontrei várias mulheres dentro de mim. Algumas adormecidas sob efeito delirante da realidade muitas vezes "forte". Optei pela mulher que estava fora desse universo de coisas demasiadas desnecessárias. Essa mulher era sexy, esperta,moderna, livre. Trouxe-a de mãos dadas a esse mundo. Fiz dela meu porto-seguro. Fiz dela o reflexo no espelho. Fiz dela o que eu quisera fazer de mim. Chega de universos paralelos. Chega de fugir. Agora, quem ditava as regras era eu.

Viagem...

Máquina do tempo,
Tem vários apelidos.
Um deles é poesia.

"O que ela quer é falar de amor. Fazer cafuné, comprar presente, reservar hotel pra viagem, olhar estrela sem ter o que dizer. Quer tomar vinho e olhar nos olhos. Ela quer poder soprar o que mora dentro, o que não cabe, que voa inocente e suicida... (...). Quer cor e som, lembrança de ontem, sorriso no canto da boca. Ela quer dar bandeira. Quer a alegria besta de quem não tem juízo. O que ela quer é tão simples. Só que ela não é desse mundo."

NA VIAGEM DO TEMPO
QUERO ESTAR AMANDO
PARA NÃO SENTIR
OS DISSABORES DA VIDA.

F.BRITO

Saudade
Saudades... Sua viagem... De ida, até... O céu?
Ou o céu é o limite?
Talvez mais. Mais longe, mais alto.
Onde os sonhos chegam, e voltam em forma de desejo.
Queria você aqui, mas agora... Tudo bem, vamos fazer trégua.
Sem brigas com o coração, sem brigas com o passado. Enquanto eu puder te sentir aqui tudo bem.
Não fisicamente, mas em memórias.
Um espaço "vazio", que há de ser preenchido com a saudade...
A saudade dói, ela também corrói, ela só me faz querer ter você aqui comigo, simples assim: querer não é poder. Lembrança? Bom não passa de lembranças, alias para que lembranças? como se lembranças fosse te trazer de volta
Olho em minha volta, procuro outro alguém... porém só encontro a saudade.

sigo em uma viagem de pensamentos..

onde os pensamentos positivos nos levam a coisas positivas e assim a positividade levada ao pé dá letra e onde nada seja o preconceito que se veja e ponha-se no seu lugar... pq a paz é voçê quem faz,
independente do estado país ou região onde esteja não tenha vergonha das suas certezas, pois elas são a unica certeza de algo certo.

Viagem de um vencido

Noite. Cruzes na estrada. Aves com frio...
E, enquanto eu tropeçava sobre os paus,
A efígie apocalíptica do Caos
Dançava no meu cérebro sombrio!

O Céu estava horrivelmente preto
E as árvores magríssimas lembravam
Pontos de admiração que se admiravam
De ver passar ali meu esqueleto!

Sozinho, uivando hoffmânnicos dizeres,
Aprazia-me assim, na escuridão,
Mergulhar minha exótica visão
Na intimidade noumenal dos seres.

Eu procurava, com uma vela acesa,
O feto original, de onde decorrem
Todas essas moléculas que morrem
Nas transubstanciações da Natureza.

Mas o que meus sentidos apreendiam
Dentro da treva lúgubre, era só
O ocaso sistemático de pó,
Em que as formas humanas se sumiam!

Reboava, num ruidoso burburinho
Bruto, análogo ao peã de márcios brados,
A rebeldia dos meus pés danados
Nas pedras resignadas do caminho.

Sentia estar pisando com a planta ávida
Um povo de radículas em embriões
Prestes a rebentar, como vulcões,
Do ventre equatorial da terra grávida!

Dentro de mim, como num chão profundo,
Choravam, com soluços quase humanos,
Convulsionando Céus, almas e oceanos
As formas microscópicas do mundo!

Era a larva agarrada a absconsas landes,
Era o abjeto vibrião rudimentar
Na impotência angustiosa de falar,
No desespero de não serem grandes!

Vinha-me à boca, assim, na ânsia dos párias,
Como o protesto de uma raça invicta,
O brado emocionante de vindicta
Das sensibilidades solitárias!

A longanimidade e o vilipêndio,
A abstinência e a luxúria, o bem e o mal
Ardiam no meu Orco cerebral,
Numa crepitação própria de incêndio!

Em contraposição à paz funérea,
Doía profundamente no meu crânio
Esse funcionamento simultâneo
De todos os conflitos da matéria!

Eu, perdido no Cosmos, me tornara
A assembléia belígera malsã,
Onde Ormuzd guerreava com Arimã,
Na discórdia perpétua do sansara!

Já me fazia medo aquela viagem
A carregar pelas ladeiras tétricas,
Na óssea armação das vértebras simétricas
A angústia da biológica engrenagem!

No Céu, de onde se vê o Homem de rastros,
Brilhava, vingadora, a esclarecer
As manchas subjetivas do meu ser
A espionagem fatídica dos astros!

Sentinelas de espíritos e estradas,
Noite alta, com a sidérica lanterna,
Eles entravam todos na caverna
Das consciências humanas mais fechadas!

Ao castigo daquela rutilância,
Maior que o olhar que perseguiu Caim,
Cumpria-se afinal dentro de mim
O próprio sofrimento da Substância!

Como quem traz ao dorso muitas cartas
Eu sofria, ao colher simples gardênia,
A multiplicidade heterogênea
De sensações diversamente amargas.

Mas das árvores, frias como lousas,
Fluía, horrenda e monótona, uma voz
Tão grande, tão profunda, tão feroz
Que parecia vir da alma das cousas:

"Se todos os fenômenos complexos,
Desde a consciência à antítese dos sexos
Vêm de um dínamo fluídico de gás,
Se hoje, obscuro, amanhã píncaros galgas,
A humildade botânica das algas
De que grandeza não será capaz?!

Quem sabe, enquanto Deus, Jeová ou Siva
Oculta à tua força cognitiva
Fenomenalidades que hão de vir,
Se a contração que hoje produz o choro
Não há de ser no século vindouro
Um simples movimento para rir?!

Que espécies outras, do Equador aos pólos,
Na prisão milenária dos subsolos,
Rasgando avidamente o húmus malsão,
Não trabalham, com a febre mais bravia,
Para erguer, na ânsia cósmica, a Energia
À última etapa da objetivação?!

É inútil, pois, que, a espiar enigmas, entres
Na química genésica dos ventres,
Porque em todas as cousas, afinal,
Crânio, ovário, montanha, árvore, iceberg,
Tragicamente, diante do Homem, se ergue
a esfinge do Mistério Universal!

A própria força em que teu Ser se expande,
Para esconder-se nessa esfinge grande,
Deu-te (oh! Mistério que se não traduz!)
Neste astro ruim de tênebras e abrolhos
A efeméride orgânica dos olhos
E o simulacro atordoador da Lua!

Por isto, oh! filho dos terráqueos limos,
Nós, arvoredos desterrados, rimos
Das vãs diatribes com que aturdes o ar...
Rimos, isto é, choramos, porque, em suma,
Rir da desgraça que de ti ressuma
É quase a mesma coisa que chorar!"

Às vibrações daquele horrível carme
Meu dispêndio nervoso era tamanho
Que eu sentia no corpo um vácuo estranho
Como uma boca sôfrega a esvaziar-me!

Na avançada epiléptica dos medos
Cria ouvir, a escalar Céus e apogeus,
A voz cavernosíssima de Deus
Reproduzida pelos arvoredos!

Agora, astro decrépito, em destroços,
Eu, desgraçadamente magro, a erguer-me,
Tinha necessidade de esconder-me
Longe da espécie humana, com os meus ossos!

Restava apenas na minha alma bruta
Onde frutificara outrora o Amor
Uma volicional fome interior
De renúncia budística absoluta!

Porque, naquela noite de ânsia e inferno,
Eu fora, alheio ao mundanário ruído,
A maior expressão do homem vencido
Diante da sombra do Mistério Eterno!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.