Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues
A imparcialidade só merece a nossa gargalhada.
Ai do escritor que não usa, de vez em quando, um mínimo de cafonice.
Pior que o traidor, pior que o venal, pior que o inimigo – é o revolucionário burro.
O canalha nunca se acha canalha, se acha de uma bondade inexcedível.
O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento.
Nota: Trecho da crônica A realeza de Pelé, publicada na revista “Manchete Esportiva”, em 8 março de 1958.
...MaisDe fato, assim como Miguel Ângelo é o Pelé da pintura, da escultura, Pelé é o Miguel Ângelo da bola.
Pelé é imortal. E por isso, porque ninguém pode enxotá-lo da nossa memória.
O teatro, não tenha dúvida, exerce um estranho poder de cretinização, mesmo sobre as melhores inteligências.
Não há pior degradação do que viver pelo hábito de viver, pelo vício de viver, pelo desespero de viver.
Os idiotas perderam a modéstia, a humildade de vários milênios. Eles estão por toda parte. São os que mais berram.
A melhor maneira de não ser canalha é ser reacionário.
Sou um obsoleto, um carcomido, porque coloco a questão da liberdade antes do problema do pão.
Eu me interesso por novela justamente porque ela atinge aquela zona de puerilidade que é eterna no ser humano.
A morte de um amor é pior do que a morte pessoal e física.
Sou um homem que chora. Meu sentimentalismo é meu ponto forte.
Minha inspiração é a soma de todas as vidas que tive, através de todas as eras, todas as idades.
Todos nós falamos igual, o que muda é a melodia.
