Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues
As pessoas tendem a colocar palavras onde faltam idéias (Goethe). E acaba sendo triste nos deparar com a pobreza de intelecto alheio. Ademais asseguram-se na tentativa do não ter o que criar, sendo isso a saída pra ausência de criatividade, tornando-se mudos mesmo podendo falar, na verdade, o que as faltam é a prática de pensar!
Tão incompleta que me parece desesperada, assim olhando-se de lado. Sabe que tenho umas inconfundíveis memórias alienadas ao nada, ao nada que me bate a porta, ao nada que me interrompe enquanto procuro incessantemente pelo sono.
Não sei decifrar tamanha brutalidade que faz de minha vida sua mais incompleta residência.
Mas que parem o transito então, para anunciar a minha revolta. Olha que ninguém dá ouvidos, confesso que não sei chamar tanta atenção, rosto fechado, alma desperta, o inverno reina aqui dentro de mim. Não posso me concentrar desse jeito, a chuva já é bem vinda, mas também com tantos anos chegando sem ser convidada, pelo menos enquanto estou sem proteção, aí ela é mal vinda, mas fora isso, chegue quando quiser.
Mas por que digo tanto absurdo, meu Deus?
Por que não sei ler gente?
Bela pergunta poética, bela renuncia ao mal desse milênio, não-sei-ler-gente. Assim, escancaradamente, digo isso sem nenhuma precaução, lembro de quando eu era criança, essa palavra me fazia rir.
PRECAUÇÃO.
Me lembrava das calças de um tio gordo.
Flor de quintal.
Não há memórias, não há acordos, não há revolta.
Agora, depois de tudo que fiz só restou uma única sobra meio perdida nesse buraco que é a vida: EU.
Depois de um tempo remoto que perdi resolvi retomar. Resolvi voltar a escrever, ou começar, chame a minha volta como quiser. Me auto-titular é um direito meu, não é mesmo? Então não se mova em relação a isso.
Mesmo ainda não tendo a alma absolutamente formada, acho que levo jeito pra escrita e pra mais uma porção de coisas, como a música ou teatro, ou dança. Mas pretendo não ficar precipitando gêneros artísticos para a minha pessoa. Eu entro com todas as imagens e saio com todos os precipícios internos dos outros. Quando enfim me deparo comigo mesma, posso ouvir um grito de guerra. Um grito medroso, mas ainda assim sinto que me é um grito. Um grito interno, manifestado por dentro.
A chuva poderia calar a minha voz. Eu falo alto, e falo bem.
Mas é o contrário por dentro. É o conjunto de uma entrega de céus nublados e eu só me desespero. Ando perdida nesse mundo intermediário, esquisito, preocupante, medíocre.
Ando amando muito também, ainda que por incompleto, eu amo pela metade, amo ás pressas, amo pelo avesso.
E respeito muito a parte desse amor que não te toca.
A janela fechada, lá fora a noite dá o seu show, a chuva surpreende a plateia. Para os desacompanhados, só resta chorar a solidão que a chuva não consegue curar.
Posso pedir para que você me ajude agora. Eu sei que você, seja lá quem você for, se sente encurralado por alguma coisa. Isso é normal, ou não é, talvez seja abstrato...E eu gosto do que me é abstrato.
Não me é anormal
Quando posso passar aí para te tirar do mundo da Lua?
Eu sei, não é assim que funciona. A poesia aqui escrita é retórica. Você não se sente preso? Preso ao caos generalizado dessa vida? Não se sente perturbado pela falta de amor? Que espécie de ser humano você é, daqueles sortudos que não amam ninguém e mesmo assim é amado por todo mundo? Não sei o que pensar.
QUEM É VOCÊ ?
Obrigada por não responder nenhuma dessas perguntas e continuar a leitura. Aqui é tudo ao acaso. Reparou? Não sei o que pensar desta situação, você também não se ajuda.
Tudo começou no comecinho desse ultimo minuto.
Quando lembrei que minha cabeça é mais cheia que o mar.
Não sou exagerada, não. Sou apenas sincera com meus próprios princípios, não sei quais são eles mas aposto que são inconfundíveis.
Minha boca está seca. Preciso de água, não uma água qualquer, preciso de uma água que cure esse vazio. Uma água que me tire desse estado de dormência interior.
Vá dormir! - Eu me falo.
Não quero! - Eu me respondo.
Ah, mas dento de mim há um poço fundo, fundo, fundo...
Eu me digo a verdade.
Enquanto eu olhava nos teus olhos
Algo segurava minhas mãos,
Vi que não eram as tuas,
Percebi então que era a confiança,
Sussurrando,
Suplicando,
Me pedindo para acreditar no amor,
Só mais uma vez.
Acostumado a ver o sol morrer sozinho, me projetava nele, e me perguntava: Quantas vezes mais, eu iria me pôr, até você chegar?
O primeiro amor a gente nunca esquece,
Mas meu amor não merece assim ser jogado na rua,
Hoje eu sou ele,
Mas ainda serei tua.
Nos amamos até a última migalha,
Até as mentiras botarem a cara,
Até secarem as lágrimas,
Até o último suspiro,
Acabou.
Quem se escondeu?
Quem fugiu, com medo de amar?
Quem mudou as cores do nosso retrato?
Quem queimou as flores, na véspera à desabrochar?
Pelo meu caminho das pedras faço poeira, seguindo sempre em frente, em rumo ao nada. Poetizando a vida, sem sonhos, sem culpas, com partidas mas sem chegada.
Silencie meus passos, apague meus rastros, para quem me faça mal, não consiga ouvir, nem seguir as pegadas, de quem nasceu para voar.
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