Versos para uma Pessoa Especial

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Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Eu sou aquilo que perdi.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado do poema "Passos da Cruz", de Fernando Pessoa (ortônimo). Link

E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão.

A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é. E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, e quanto isso me basta. Basta existir para se ser completo.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho do poema “Poemas Inconjuntos” in Poemas de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa).

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Somos do tamanho de nossos sonhos

Não existem amores perfeitos, mas amantes acomodados.

Fernando Pessoa

Nota: Autoria não confirmada.

Não é o tédio a doença do aborrecimento de nada ter que fazer, mas a doença maior de se sentir que não vale a pena fazer nada.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012

Não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram.

Minha alma está cansada da minha vida.

A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.

Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.

Não é por nada que olho: é que eu gosto de ver as pessoas sendo.

Segue teu destino, rega tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias... Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode dizer-te. A resposta está além dos Deuses.

Se depois de eu morrer quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples. Tenho só duas datas: a de minha nascença e a de minha morte. Entre uma e outra, todos os dias são meus.

Sábio é quem se contenta com o espetáculo do mundo.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado do livro "Odes de Ricardo Reis", de Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa). Link

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Quanto amei ou deixei de amar, é a mesma saudade em mim.

Duvido, portanto penso.

Não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Lisboa: Ática, 1982.

Quem tem alma não tem calma.

Acontece-me às vezes (...) um cansaço tão terrível da vida que não há sequer hipótese de ato de dominá-lo.

Fernando Pessoa
Livro do desassossego por Bernardo Soares. Lisboa: Ática, 1982.