Versos para uma Pessoa Bonita

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Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.

"Quer pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre"

Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor. Como as outras, ridículas...

Somos do tamanho que sonhamos.

Mais vale ser criança que querer compreender o mundo

Livros são papéis pintados com tinta

Tão abstrata é a idéia do teu ser que me vem de te olhar, que, ao entreter os meus olhos nos teus, perco-os de vista.

Só de sentir o vento passar, já valeu a pena viver.

O próprio sonho me castiga. Adquiri nele tal lucidez que vejo como real cada coisa que sonho.

Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições.

Fernando Pessoa
Livro do desassossego. São Paulo: Principis, 2019.

Caminhar com bom tempo, numa terra bonita, sem pressa, e ter por fim da caminhada um objetivo agradável: eis, de todas as maneiras de viver, aquela que mais me agrada.

Minha mãe foi a mulher mais bonita que já vi. Tudo o que sou devo à minha mãe. Atribuo meu sucesso na vida à educação moral, intelectual e física que recebi dela.

Quanto mais bonita for a mulher, tanto mais tem de ser sincera, pois somente com a sinceridade pode corrigir os prejuízos que a sua beleza pode culpar.

Gotthold Lessing

Nota: citado em "Filosofia Para o DIa a Dia", Gleibe Pretti, Clube de Autores, 2010

A mulher é uma criatura normal sobre a qual fizeste uma bonita imaginação.

Nem sempre sou bonita e sou meio nerd. Não sou perfeita.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações...

Fernando Pessoa
Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa), in "Poesias". 15-1-1928.

Como a noite é longa !

Como a noite é longa !
Toda a noite é assim...
Senta-te, ama, perto
Do leito onde esperto.
Vem p'r'ao pé de mim...

Amei tanta coisa...
Hoje nada existe.
Aqui ao pé da cama
Canta-me, minha ama,
Uma canção triste.

Era uma princesa
Que amou... Já não sei...
Como estou esquecido !
Canta-me ao ouvido
E adormecerei...

Que é feito de tudo ?
Que fiz eu de mim?
Deixa-me dormir,


Dormir a sorrir
E seja isto o fim.

Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havermos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!

Não: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!

...

Se têm a verdade, guardem-a!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.

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