Versos de Silêncio

Cerca de 19978 versos de Silêncio

Bela lua

A lua surgiu de manso e em soluço entrou pela janela;
abriu a fechadura da alma. Ao relento adormeceu.
Soterrou a desesperança quando o meu sol pousou em ti.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Achar-se

Quando me fujo busco refúgio no silêncio e me resgato.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Calar-se

Ausentei-me por estar em lua de mel com o silêncio.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Frágil momento

Em momentos meus tão imprecisos; ame-me mais, pois é quando de ti eu mais preciso.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Quando

Quando eu me desfizer
nestas letras virtuais
encoberta de névoa e pó
nada restará!

Faça-me um favor...

Diga ao mundo
que cada silaba escrita,
emana grito moribundo,
traz consigo sentença expressa
(absolvição e condenação).

Cada palavra descrita...
É proscrita.
É maldita.
Se não versa
fica aflita.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Eclipse

Abriram-se as portas da noite;
alisei teus segredos aos ventos.
No varal pendurei as horas,
o amor se fez ao relento.

Num fio do cabelo
a lua pousou
debruçando-se na janela.

Eu te pertenci
em meus sonhos
a luz da vela.

Ventos adversos
sopram agora acordados;
redemoinhos de um sentir
sem saber para onde ir.

A lua deita-se...
num corpo acuado.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Meia-luz

Quando me deito em ti.
Olho-me nas letras,
atiço as palavras,
leio-a página a página
esculpida com as ferramentas
que traduzem o que é o amor.
A saudade que existe
escuta o bater do coração,
esfoliando em sons,
fazendo voar
até aos mais altos
dos meus sentires.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Plena

Sinto tuas mãos.
Teu aroma. Teu beijo.
Teu corpo todo. Cada detalhe.

Entalhe de uma obra esculpida.
Vem minha querida!
Reviva, acrescenta. Há vida.
Beba doses havidas
misturada com paixão...

Bem sabes que passa.
A paixão passa.
O fogo consome.
Consome-me. Consumo.
Com sumo farto de suor.
Ame-me. Inunde-me. Afunde-me.

Precioso presente.
Dê de presente, presente,
semente do amor.
Em ti presente. Em mim ausente.
Sabes agora quando sorrir
e quando ficar caliente.

Sabes a importância de segurar as mãos.
Sabes o que e quando falar.
Sabes o que eu sinto.

Quando olho nos olhos,
nos teus, me molho.
O lábio sorvido umedece.
O amor em momento algum se ilude.
Preenche-me. Enobrece. Fiz tudo que pude.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Beija-flor

Só queria de ti um beijo,
para saciar um desejo.
Aquecer minha alma
e te fazer sorrir.

Alma que não beija
não senti cheiro.
É vida que não flameja,
sem luz no candeeiro.

Beija-flor beija essa flor,
em troca dê-lhe calor.

Flor que beija
a alma graceja.

Reproduz vida no canteiro.
Polemiza e voa faceira
levando no bico doce sabor.
Beijo a flor onde ela for!

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Pensares

Cerram-se os olhos.
As pálpebras lacram-se.
Amor tecendo...

Em penumbra.
Em clausura.
Em pensares.

Sonoridade da voz
que ouves...

Balança as cordas da alma.
Dança em liberta aragem
nos braços da liberdade.

Revire-me em páginas silenciosas
(devaneio dos dedos teus)
(tez dos segredos meus).
O quão há no canto.
Há saudade.

Diz-me então?
Ouça! Não lamentos
meus pensamentos!

Quando deitas naquela cela
não há lamúria nem sofrimento.

Sós dois corpos em aquarela
pintando amor a luz da vela.
Vejo-te e deixo-te bela.
Na janela suave imagem
fluindo em sentinela.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

OLHOS DOS MEUS OLHOS

Meu cárcere?
Eu faço!
Em momentos fortuitos.
Mais uma vez me desgraço
olhar aqueles olhos tão bonitos.

Olhos esmeralda, nos olhos dela.
Luz que jamais tinha visto tanta,
nos olhos dela, dos olhos dela,
o Infinito estrelar se agiganta.

Sei que não posso tê-la muito.
O universo que pertenço
não é o mais puro e nobre.
Reflete no espelho opaco
retrato farrapo,
um ser tão pobre.

Diante de seu mundo tão denso.
aninhar-se no mesmo buraco
não é isso que estou propenso.

Ela é bela em tudo!
Reluzentes olhos, estes provocantes;
que de outros, os seus me deixou mudo,
daquele instante em diante.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Dois corações

A cada passo que ela dá
transbordam versos.
Por onde ela passa,
poesia a lhe seguir.
Tudo silencia e escurece,
deixando-nos a sós...
diante de nós adormece.

Mulher de beleza completa,
na certa se acha em defeito.
Só desfruto-a sob efeito;
sempre em sinal de alerta.

Tropeço nas letras
inspirando-me tanto,
ao ponto do punho a disparar,
brancas folhas dançar
desenhando todo encanto.

O que a ela tem de sobra,
que me encantou de começo...
a luz, isso nela transborda,
a luz dela é tanta, não meço.
Que se for de seu desejo,
planto dois corações no peito.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Às vêzes, silêncio é mais informativo que mil palavras.
Por isso decidi, após tanto tempo ouvindo esse silêncio, ficar calado, para que também ouças meu silêncio.
Porém, este será o siêncio mais silencioso, eterno e imutável que o vácuo do espaço sideral.

Inserida por FabioDellaRosa

Do que adianta ser cantor
E cantar mal
Ser conhecido
Mas solitario
Ter amigos
E ficar em silencio

Inserida por NickSilva19

Nos braços frágeis de um abraço me nega e acalma os medos,
aconchego que adormeci a solidão.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Tu que és esse doce aroma errante, que se faça de ti poesias.
Só de ti são os meus dias; visita que me veste a solidão.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Toda luz que nos olhos estampamos; é uma onda eletromagnética que captamos; que prove a alma. Magnetismo sutil e denso que move as nossas emoções secretas; ora harmonizadas, ora fútil e volátil; e por elas somos guiados. Nessa longa viagem oposta
entre a busca e o equilíbrio é que acendemos a vida.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Sua voz

Ouvir-te Oh! Meu amor.
É como o meu ser,
se conectasse a velocidade da luz
em melodias e sons
e sentir meu interior emergir.
Voz que encanta e me seduz
num bailar de silabas soltas;
num entrelaçar
de uma paixão envolta.

Seus sons. Oh! Meu amor.
Aquele que sorrateiro
foge de teus lábios
como brisa leve,
e repousa em meus ouvidos
como labaredas de fogo.
Deixa meu corpo fervido
e me chicoteia suavemente.
Abriga-me em tua doce euforia.
Quero ser melodia;
num arranjo só me inebria.
Faça-me frequência
e única sintonia.

Seu som me capta
e de amor castiga.
Varre as malditas palavras
que não ouso escutar:

Infelicidade, dissabores, desarmonia.
Eu não canto decepção estagnada;
aquela que fazeis dele pranto
e no canto da alma se fez pó.

Não quero mais desamor
disso eu tenho dó.
Vida se canta numa nota só.
Amor!

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Banheira sem sais

Chovem lágrimas.
(finas gotas cristalizadas).
O tempo chora lento.

Arrebento; ouço
sentimentos invernais.

Um deserto nas mãos.
Aflição guardada no peito.
Água doce banheira sem sais.

Poesia banha no leito.
Em brasa a saudade arde.
Não há caminho e nem eito
numa busca covarde.

Avessos de mim revirados.
Passado de ti esquecido.
Trago-te no coração tragado.

Desilusão que me invade
sorvem água, impurezas...
dos meus olhos resguardados.

Solitários, derrama na face esquecida.
Frases de poemas amarrotados;
bebida amarga; engolida solidão.

Não há remédio que cure feridas
de uma perdida e picante ilusão.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

Ser real

Se pudesse
esfoliar a alma;
rasgar a roupa,
tirar a fantasia.
Desnudar o corpo.
O que será que sobraria?

Voltar ao ventre...
e em nascente silêncio ficasse
sugando o liquido que somos.
Energia realmente.
A essência!
A fragrância.
Sem casca.

Inserida por AntonioRamosdaSilva

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