Versos de Silêncio
EU AMO O SILENCIO E ELES NÃO COMPREENDEM ISSO
CURIOSO A REAÇÃO DELES, QUANDO FICO EM SILENCIO
PARECE ATÉ QUE ESTOU OS INSULTANDO E ELES NECESSITAM RESPONDER, ME ATINGINDO COM SUAS VANTAGENS.
Às vêzes, silêncio é mais informativo que mil palavras.
Por isso decidi, após tanto tempo ouvindo esse silêncio, ficar calado, para que também ouças meu silêncio.
Porém, este será o siêncio mais silencioso, eterno e imutável que o vácuo do espaço sideral.
Tu que és esse doce aroma errante, que se faça de ti poesias.
Só de ti são os meus dias; visita que me veste a solidão.
Toda luz que nos olhos estampamos; é uma onda eletromagnética que captamos; que prove a alma. Magnetismo sutil e denso que move as nossas emoções secretas; ora harmonizadas, ora fútil e volátil; e por elas somos guiados. Nessa longa viagem oposta
entre a busca e o equilíbrio é que acendemos a vida.
Sua voz
Ouvir-te Oh! Meu amor.
É como o meu ser,
se conectasse a velocidade da luz
em melodias e sons
e sentir meu interior emergir.
Voz que encanta e me seduz
num bailar de silabas soltas;
num entrelaçar
de uma paixão envolta.
Seus sons. Oh! Meu amor.
Aquele que sorrateiro
foge de teus lábios
como brisa leve,
e repousa em meus ouvidos
como labaredas de fogo.
Deixa meu corpo fervido
e me chicoteia suavemente.
Abriga-me em tua doce euforia.
Quero ser melodia;
num arranjo só me inebria.
Faça-me frequência
e única sintonia.
Seu som me capta
e de amor castiga.
Varre as malditas palavras
que não ouso escutar:
Infelicidade, dissabores, desarmonia.
Eu não canto decepção estagnada;
aquela que fazeis dele pranto
e no canto da alma se fez pó.
Não quero mais desamor
disso eu tenho dó.
Vida se canta numa nota só.
Amor!
Banheira sem sais
Chovem lágrimas.
(finas gotas cristalizadas).
O tempo chora lento.
Arrebento; ouço
sentimentos invernais.
Um deserto nas mãos.
Aflição guardada no peito.
Água doce banheira sem sais.
Poesia banha no leito.
Em brasa a saudade arde.
Não há caminho e nem eito
numa busca covarde.
Avessos de mim revirados.
Passado de ti esquecido.
Trago-te no coração tragado.
Desilusão que me invade
sorvem água, impurezas...
dos meus olhos resguardados.
Solitários, derrama na face esquecida.
Frases de poemas amarrotados;
bebida amarga; engolida solidão.
Não há remédio que cure feridas
de uma perdida e picante ilusão.
Ser real
Se pudesse
esfoliar a alma;
rasgar a roupa,
tirar a fantasia.
Desnudar o corpo.
O que será que sobraria?
Voltar ao ventre...
e em nascente silêncio ficasse
sugando o liquido que somos.
Energia realmente.
A essência!
A fragrância.
Sem casca.
Grafado
Disseste que sentes faminta,
quer por que quer
minha pele sorvida.
Habitat onde escreveras o teu amor.
Na duvida despetalei as margaridas.
Escolhi o meu querer.
Nem pensei.
Não me perdi.
Nem quis adivinhar.
Na pele grafei:
"Amor por ti".
Faço o teu para os outros.
O que sobrar é teu.
O berço macio da vida é a nossa paz interior.
Lago manso onde repousa a nossa realidade.
Prometa-me
Uma doce mentira
é melhor que uma
irônica verdade.
Prometa-me.
Diz que sim!
Deixa-me ser o que te sinto.
Ter o que te escrevo.
Moldurar o ter e o ser
ao meu modo.
Sê-lo-ei feliz!
Solitária janela
Aquartelei minha alma a eternidade.
Escrevi o amor nas arestas do coração.
Em perene partida semeei o adeus
num pedaço de chão.
Ah! Quanta saudade.
Olho para trás aquela solitária janela.
Triste e abandonada.
Espelho das horas quietas.
Lenta a vida carrega.
Acendo o tênue pavio em espera.
Trafega, navega nos meus desertos e mares.
De carona na vida
ilha-me os sentimentos tragados.
Elos
O que atrai não é a casca e sim a composição. Uma árvore frondosa se cortada podemos aferir a sua maturação.
Sinto saudades. Saudade dos elogios, dos sonhos planejados e não realizados.
Sinto saudade do que deixou de ser dito.Do que poderia ter sido vivido.Do que não foi possível compartilhar.
Sinto saudade do toque,do cheiro,do olhar e até do silêncio que completava.
Aqui dentro o tumtumtum bate absurdamente acelerado, cheios de ecos e estouros ensurdecedores e ainda não sei como calá-los.
Porque todo o resto é SILÊNCIO!
DESISTIR...
Talvez não, mas o
próximo ato da vida
seja o silenciar...
Esperar a resposta
de Deus, esperar
o trêm chegar,
quem sabe eu
corri na frente
em demasia, e
atropelei coisas...
por isso o melhor
agora é sentar,
esperar, silenciar...
Eu não desisti, mas
vou esperar, e ver
novas cenas da vida e,
quem sabe...
recomeçar e
tentar dessa vez
ser feliz!
O silêncio também é resposta
O silêncio responde o que não tem resposta, o que deve ser ignorado o que deve ser resguardado.
O silêncio preserva, monitora e contrai
O silêncio machuca, fere, angústia e conturba
O silêncio pode ser a paz de si ou a prisão do mesmo
O silêncio talvez seja o maior grito que se dê ou a primeira pá da cova
O silêncio bem usado salva, preserva, continua, restaura, fortalece já o mal usado agride, conturba, resgata paranóias, cega, maltrata, sangra.
Exponha-te só silencie o que for necessário, palavras guardadas também sufocam.
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