Versos de Silêncio
🩸 PACTO BRUTAL
Família?
Às vezes, é onde a alma sangra em silêncio.
Onde te exigem gratidão por cicatrizes que nem deviam existir.
Te cobram afeto com chantagem,
te moldam com culpa,
e chamam de amor o que é controle.
Não é lar — é um pacto de obediência.
Assinado no berço,
com lágrimas que ninguém viu.
E o pior?
Se você se afasta, é o vilão.
Mas se fica, morre em silêncio.
Romper o pacto não é traição.
É sobrevivência.
— Purificação
🌵 DEUS TAMBÉM FALA NO SILÊNCIO DO DESERTO
O deserto não é o fim.
É só o lugar onde tudo o que é falso morre.
Máscaras caem. Ilusões secam.
E só sobra o que é real: você… e Deus.
Tem gente que acha que tá sendo castigada.
Mas às vezes, é só Deus limpando o terreno.
Pra começar algo novo.
Pra tirar você de uma versão antiga
que já não te serve mais.
Você não tá preso àquilo que viveu.
Você não tá condenado a ser quem sempre foi.
Isso é libertador.
Você pode melhorar.
Você pode escolher se levantar.
Você pode ser resposta —
mesmo tendo sido ferida por tanto tempo.
Porque no deserto, Deus não te esquece.
Ele só te reencontra.
E quando isso acontece,
você entende:
o chão seco era só o começo de uma nova promessa.
— Purificação
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🌵 Deus no Deserto
O deserto queima,
mas Deus não abandona.
Ele caminha em silêncio,
tecendo vitória no seu choro.
No meio da seca,
quando o coração grita,
Deus está cuidando —
e o inimigo só observa.
— Purificação
Silêncio, presença, raízes e movimento.
Às vezes, é só sentando com a gente mesma que percebemos o quanto já florescemos mesmo nas curvas mais difíceis da vida.
Hoje, só desejo isso: viver o máximo de mim, com verdade, com inteireza, com leveza.
E da vida só quero a plenitude de saber que vivi o máximo de mim.
A linguagem nasce do silêncio. Sendo o silêncio denso como pedra, a linguagem é quando o silêncio extravasa. A linguagem é leve e natural, mas tem em sua raiz uma densidade profunda.
O tempo seria uma mistura de homem e lula, cabeça de homem e tentáculos de lula. Ele é manso e em cada tentáculo mora uma
Dionisio era o símbolo da loucura. Andava pelas matas e era seguido por viageiros errantes, lobos e cães. Ele nasceu duas vezes, uma delas da coxa de seu pai.
A palavra Enquanto encarna o agora sem esgotar a linguagem e nem contê-la.
É um silêncio que a gente entende só quando chega nossa vez. 🙏🏿
O fato mesmo é que a gente corre por quem ama.🖤
O silêncio rodeia o tempo, como quem se apropria de sua sombra. O silêncio tem fome do tempo, e o transpassa como quem implora por um minuto a mais.
O relâmpago para um estado de consciência é como um insight, uma ideia nova e original, que tem o poder de mudar o norte para o sul, o leste para o oeste.
Caminhar sobre a ausência é atravessar um deserto de silêncio e ouvir o eco das miragens. Caminhar sobre a ausência é atravessar a dor do vazio e ouvir o eco das palavras não ditas.
Ele me olhava e eu olhava para ele, como se fossemos espelhos um do outro. Um silêncio profundo refletia nossa conexão.
Cada cor tem um som. O amarelo tem o som de um girassol, o azul tem o som do céu e o verde tem o som das florestas.
Uma metáfora não existe no mundo físico.Mas é poesia latente.
A alma é uma grande rocha, densa, palpável, forte. De dentro da rocha nasce a linguagem.
Nos instantes não lembrados, mora uma lembrança, delicada.
O último eco antes do silêncio comer a si mesmo seria o som de um grilo, suave, natural, como quem ignora a linguagem.
Um espelho sonha que é agua. Quando acorda está inundado de peixes.
A cor do tempo é transparente e impede que o tempo conte mentira, limitando seu alcance sem precisar sangrá-lo.
Se a lógica fosse uma escultura de vidro, permaneceria intacta, para além da impossibilidade de voar. Se suas asas é a razão, ela impera soberana.
Um livro que lê o leitor, descobre um homem falho, cuja limitação remete ao ventre de sua mãe e se prolonga no infinito. O livro choraria de
O infinito ferido é um vaso perfeitamente restaurado, que humano nenhum vê onde ele se cortou.
Um oráculo sem voz aponta as rachaduras na pedra, como quem alerta o homem de suas rachaduras humanas.
Com a voz embargada,
ouço o meu silencio interno.
Um sussurro dentro de mim quer dizer algo,em volta nada definido.
Quando sombras me cercam e
tudo fica cinza
eu choro e passa.
Não olho o caminho que percorri,
assim faço com minhas angústias e tristezas,
é comum este estado
e normal este momento,
mas existe uma força que luta
e abre meus horizontes,
percebo que dai sai meu novo amanhecer
cheio de luz e de vontades,
e sorrio, sorrio muito.
Não subestimes o silêncio da minha calmaria, pois é nele que a minha mente se alinha à sabedoria.
Na zona de conforto, eu reflicto, chego a uma conclusão e mudo.
E, quando tudo parece misteriosamente quieto, é aí que vejo as entrelinhas e conecto, com precisão, o sentido de tudo.
Se a alma falasse, berraria em notas graves.
Já chorei em silêncio com a elegância de uma sinfonia esquecida.
Não fui ferido por espadas — fui esculpido por ausências.
Há beleza na dor que não grita, só vibra.
Fui afinado pelo abandono e regido pela fé.
Agora, cada passo meu soa como vingança em compasso de oração.
— Purificação
O bem-estar chega sorrateiro
Chegando sem aviso
Chegando em silêncio
Em silêncio se instala
E naturalmente se espalha
Espalhado o vemos
E até partir o acolhemos.
“Silêncio Gritando”
Hoje o mundo acordou cinza,
e meu peito, pesado de nuvens.
Sinto como se as flores tivessem medo de nascer em mim,
e o amor tivesse esquecido meu nome.
Carrego um nó na garganta,
feito de palavras que nunca foram ouvidas.
Eu só queria um abraço sem ter que pedir,
um olhar que me visse sem eu gritar.
Tem dias em que ser forte
é um peso que machuca mais que cura.
Ser útil até deixar de ser vista,
ser presente até virar ausência nos olhos dos outros.
Mas lá no fundo do vale,
quando só a minha alma me escuta,
eu lembro: Jesus ainda está aqui.
E mesmo que ninguém segure minha mão, Ele segura.
Ele vê os detalhes que os outros ignoram.
Ele conhece a dor que nem eu sei explicar.
E quando o mundo me empurra pra trás,
Ele me sussurra: “vai passar.”
Então eu respiro, mesmo doendo.
Choro, mesmo sorrindo por fora.
E escrevo…
porque enquanto existir palavra,
existe cura.
A caminhada te acolhe
Dizendo o horizonte à percorrer
O silêncio sauda
Combatendo o medo
No universo das incertezas
Uma pausa não é um luxo
Equilíbrio do corpo e mente
Uma escada, uma ponte
Vida de pensador e sonhador
Vitalidade e persistência
Para recomeçar de novo.
O Silêncio de Hiroshima e Nagasaki
6 de Agosto de 1945
A bomba que silencia um povo,
Silencia o mundo,
Uma luta que levou ao luto.
O tempo passou,
O luto virou uma luta,
Pelo fim das bombas
Que silenciam o mundo.
O unico silêncio
que deve permanecer
É o silêncio das guerras
E da destruição do mundo.
Guerra Nunca Mais!
Viva a paz !
O Silêncio
O que é o silêncio?
O silêncio é calma,
O silêncio é meditação,
O silêncio é sabedoria.
Onde está o silêncio?
O silêncio está na natureza,
Está no universo,
Está em Deus,
Está dentro de nós.
Quando o silêncio está presente?
O silêncio está no individual,
O silêncio está no coletivo,
Está no pensamento,
Está na oração,
Está no luto,
Está na paz interior.
Aonde quer que eu vá,
O silêncio está comigo,
Minha companhia,
E sua companhia,
Essa é a realidade.
Liberdade em mim
Caminhei contigo pensando que era destino,
descobri no silêncio o engano do teu caminho.
O beijo que antes adoçava minha pele
foi manchado pela pressa do teu vazio.
Não te acuso — a vida se encarrega disso,
a consciência te visita no escuro da noite.
Enquanto tu te afundas na culpa que plantaste,
eu floresço inteira no peito de quem me merece.
Não carrego peso, não guardo ferida,
transformo em riso o que tentou ser dor.
Seus passos ficaram presos no passado,
os meus dançam soltos no presente.
O amor não morreu — apenas trocou de endereço:
ele mora em mim,
ele espera por quem chega de verdade,
sem pressa de partir,
sem medo de ficar.
autora: Janine Rodrigues Bernhard, 1/2010.
Te amei em silêncio há vários anos. Retive o sentir, afoguei o desejo. Concluí que o tempo apagaria tudo… mas o tempo só escondeu, não me levou.
No meio de risadas e brincadeiras, o carinho voltou — maior, melhor. Brinquei com você, mas me perdi de mim. Agora não finjo mais: é real, é verdade.
Teus olhos ainda não veem. Que o tempo seja então... Porque o que neguei para esquecer, hoje eu vivo mais do que nunca.
No silêncio
me escondo.
Falar é ferida,
palavra é exposição,
como arrancar
pedaços de mim.
Os outros pedem voz,
esperam respostas,
mas só encontro
um vazio
que ecoa dentro.
O silêncio pesa,
dói,
mas também abriga.
É sombra
que não me solta,
é tristeza
que não se explica.
E talvez…
nesse mesmo silêncio
onde me perco,
eu acabe
me encontrando.
Choro feito criança,
num silêncio que ninguém escuta.
As lágrimas descem mansas,
como notas perdidas de um blues sem culpa.
Há algo em mim que pesa,
mas não grita, apenas suspira.
Uma tristeza leve, quase sem pressa,
que me embala e depois se retira.
Levanto tranquilo,
como quem carrega o invisível.
Isolado no meu abrigo,
sou só eu e o som impossível.
No fundo, o choro me ensina:
mesmo adulto, ainda sou menino.
