Versos de Rosa
Quando eu era menor, não tinha medos comuns que qualquer criança tinha. Meus medos iam além da minha capacidade de entender o mundo. Eu não suportava a ideia de que um dia, meus pais me deixariam ou eu deixaria meus pais. Hoje, vejo que nada mudou.
"(...)O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Diverjo de todo o mundo... Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa."
Eu sei um pouco de tudo e muito de nada. Sinto todos os sentimentos que não me ajudam. Falo grandes palavras e não compreendo. Escrevo pequenas frases e me entendo.
Meu humor é igual o tempo, ele varia muito. Posso acordar ensolarada, radiante e deitar-me abaixo de relâmpagos e trovoadas.
Não gosto quando pessoas sem personalidade nenhuma, vêm e tentam mudar minhas opiniões. Isso não é caráter, é falta dele.
Dificilmente vamos encontrar alguém que fale tudo o que pensa. Não entendo porque temos medo de sermos nós mesmos.
Mas é claro que a palavra "medo" tem bem menos resultados em sites de procura do que a palavra "amor". É meio óbvio, pois "medo" é muito mais simples de explicar.
