Versos de Mário Quintana

O Destino é o acaso atacado de mania de grandeza.

As pessoas sem imaginação podem ter tido as mais inprevistas aventuras, podem ter visitado as terras mais estranhas. Nada lhes ficou, nada lhes sobrou, uma vida não basta ser vivida: também precisa ser sonhada.

O fantasma é um exibicionista póstumo.

A morte é quando finalmente podemos estar deitados com sapatos.

A lua quando fica velha, todo mundo sabe que vira nova.

Um leão ferido ainda tem vontade de rugir.

Quando um amigo morre, uma coisa não lhe perdoamos: como nos deixou assim sem mais nem menos, assim no ar, em meio de algo que lhe queríamos dizer ou – pior ainda – em meio do silêncio a dois no bar costumeiro? Que outros hábitos, que outras relações terá ele arranjado? Que novas aventuras ou desventuras de que não nos conta nada?

O homem – eternamente escravo de suas paixões pessoais – é absolutamente incapaz de imparcialidade.

Desconfia da tristeza de certos poetas. É uma tristeza profissional e tão suspeita como a exuberante alegria das coristas.

A vida é nova e anda nua vestida apenas com o teu desejo!

Só as amadas mortas amam eternamente.

Não importa saber se a gente acredita em Deus: o importante é saber se Deus acredita na gente...

não há nada que substitua o sabor da comunicação direta

Sonhar e acorda-se para dentro

Datilografia: escrita por batuque.

Se tiver de me esquecer, me esqueça. Mas bem devagarzinho.

A amizade ė um amor que nunca more.

Qualquer um pode se tornar um poeta quando está amando, o duro é ter que se fazer de um justamente por não estar.

Nas tantas buscas, em que me perdi, vejo que cada amor tinha um pouco de ti...

Não corra atras das borboletas,tenha seu proprio Jardim