Versos de Flor
A Rosa tão rosa
Que se desdobra em prosa
Da minha vontade incessante
Que busca em ti a todo instante
Como o baile das pétalas ao vento
Um prazer e ternura que são meu intento...
Esta é a minha procura
entre os espinhos de sua clausura
Com toda minha vontade de te invadir
nesse orvalhado respingo de amor pedir
O desabrochar aveludado de tão bela flor
Como é minha rosa que perfuma e dá calor.
A alegria dá pra sentir em seu olhar, quando cruzo a porta de madeira rústica entalhada, ao adentrar no recinto, você me recebe e abre aquele sorriso e diz:
- Você é muito bem vinda, minha flor preferida!
Diz se as escritas desde a antiguidade
Pelos os caminhos da história
Do jardim
Nascida entre as coisas puras e belas
De todas
As flores não é flor
Experiência de todo ser só por ser
Tomada uma parte de um todo
Companheira
Primogénita maternidade
Assim se propõe
Carregando consigo a luz do criador
Persistência
Beleza e sensualidade da flor
Abrangente
Coragem e a força do amor
Mãe
As temidas Flores do Feno.
Plantas de caule brilhante
e negras como cipo,
muitas, dezenas de flores.
De um rosa sujo e amarelo manchado
que teve fim em garagens esquecidas.
Flor, flor amarela, flor pintada em jardim.
Flor durona e feia de espinhos
ventando pra tão longe.
Tenho que levantar e pegá-la de novo,
mas sou arvore sem folego, e ela
flor do mundo. Seca, gasta, quebradiça.
São muitas, dezenas,
onde nesse mundo obvio
carrego suas pinturas na grama
como um louco moderno.
Robôs
Espero que não seja tarde
O dia em que a humanidade descobrir
Que máquinas não fazem flor
E robôs jamais escreverão poemas
POR AÍ
Hoje saí pelas ruas da cidade
Vi edifícios com mil janelinhas
Cada qual com uma história para contar
Vi gente apressada mesmo sem ter onde ir
Vi a moça fazendo bala de coco no tacho
O coco queimado no açúcar tinha cheiro de infância
Por alguns minutos fui criança outra vez
Senti cheiro de terra molhada ao passar por um jardim regado
Senti respingar na pele águas de um chafariz
Senti alegria ao ver o abraço entre duas crianças
Senti uma vontade danada de sentar numa calçada
E sentei
Hoje saí pelas ruas da cidade
Achei tantos tesouros
Que jamais poderia pagar.
Hoje sou rosa branca,
Tenho espinhos, mas são dança,
Sou mulher, ou sou criança,
Canto vida e choro dor.
Amo e sinto pavor,
Com perfume de lembrança,
Na estrada da esperança,
Meu caminho é o amor.
ELA
O forte verão
O sábio outono
E até o mais rigoroso dos invernos
Conhecem a força dela
E sabem que a primavera não se pode deter.
Vi rosas hoje , e elas eram lindas
Lindas demais para serem frágeis.
Eu as colhi e estou com dedos feridos
Mas não me importo
Ignoro as dores e me concentro em sua beleza.
Elas são belas demais para serem vulneráveis
Lindas demais para serem indefesas
Por isso cheguei a conclusão que os espinhos a fazem diferentes das outras
Pois caso não houvesse espinhos , não seria uma tão bela flor.
Não se surpreenda se um pássaro alimentar o filhote na sua janela.
Não se surpreenda se uma criança na rua sorrir a você.
Não se surpreenda se o vento desenhar uma flor na areia da praia.
Não se surpreenda...
A vida nos reserva algo belo mesmo nos momentos mais sombrios.
A criança sorridente padece frente ao miserável e inescrupuloso planeta em que vive. A criança inocente não sabe o quanto de maldade existe no homem... pobre criança que na juventude plena lhe foi tirada o direito de liberdade.
Pobre criança que na flor de sua idade, tem que brigar em campos de batalha.
A BEGÔNIA (Poema)
A Begônia é bonita,
mas ela aflita pensa:
- Não sou tão bela quanto a Rosa,
só ela é maravilhosa.
Um dia uma criança disse:
- A Begônia é formosa!
A Begônia, com clareza,
nesse dia compreendeu:
- Cada ser tem seu valor,
e cada flor, sua beleza.
Entre Flores
Poderia o próprio mar
Nele se banhar?
Poderia a própria chama
Aquecer a si mesma?
Poderia um pássaro
Ecoar lindos cantos
Para alegrar a si próprio
E a outros pássaros?
Poderia o amor,
Que o mais profundo e
prodigioso sentimento,
Amar o próprio amor?
Poderia o Sol
Iluminar o próprio Sol?
Poderia a Lua
Se enamorar de si mesma?
Poderia a Relva
Beneficiar a si mesma,
Espalhando o bem
Como quem espalha vida?
Poderia a nota de uma canção
Trabalhar em favor de outras notas
E a cada novo esforço
Gerar o som, o ritmo, a melodia e a canção?
Caso a resposta seja sim,
Para qualquer uma das indagações,
Então é plenamente possível
Uma Flor olfatear outra.
Edson Luiz ELO
19-07-2018
06:50
Vejo meu coraçāo como um jardim
Onde nasce as mais belas flores.
Minha mente é o adubo.
Meus olhos o raio solar.
A minha boca um beija flor
para o nécta das flores saborear
As māos se torna o vento
para polén espalhar
com cada batida do coraçāo
fazendo a beleza do amor e
flores multiplicar.
Era uma vez uma Planta.
Tão bonita quanto Narciso,
Tão perigosa quanto o sol de Ícaro.
A Planta brotou em uma madrugada de segunda,
Formosa, serena, vaidosa.
Seus caules curiosos sonhavam em tocar as águas do Rio em Camboja. Mas, como chegar tão longe sendo apenas uma...
Planta.
Simples!
Ela era perigosa.
Arrumou as malas, pentou as folhas, arrancou o caule da terra desde o âmago
Para ser....
Formosa, serena, vaidosa
Em Camboja
Onde sabia que além de tudo séria...
Feliz.
Nem sempre tudo que estiver ao seus olhos, e em seu alcançe você pode já tocar.. É como se colher uma flor com espinhos! Vá com cuidado, para não se ferir e se machucar novamente.
11/01/2019 Jorge
Lembro-me apenas daquele dia,
Um dia alegre e emocionante,
Tão lindo como apaixonante,
Era uma flor que ali eu via.
Tão delicada e inofensiva
Queria guardar
O tempo parar,
e a flor abraçar,
Era o amor que eu não conhecia.
Desse dia em diante, eu vim te cuidar
Aprendi com você um novo mundo explorar
Do mar as estrelas, toda natureza
Na sua essência, eu vou te mostrar.
Agradeço a Deus,
em sua total existência,
com todo poder meu coração escutou.
Havia uma flor, com tanto capricho, banhada de luz que Ele enviou,
A um certo coração
Calejado e sofrido,
À espera da flor que tanto sonhou.
Me afague em teus abraços
Deixe-me provar o mel dos seus lábios
Com corpos entrelaçados
Fogo que passa pelo nossos braços
Olhos nos olhos, desejos sólidos
Lindo sorriso, confesso
Sorria para eu ver seus gestos
Flor de lis assim que me expresso.
A calma da alma
De olhos fechados
Mesmo acordado, sonha
Que o labirinto vire um só caminho
Compreender que flor tem seu espinho
Que a tempestade surge para lavar
E no silêncio
Ouvindo apenas o pulsar
A certeza que tudo está em seu lugar.
Poda:
Era uma roseira diferente:
Seus espinhos brotavam para dentro
Ninguém os via
Ninguém os tocava
Ninguém os sabia
E a roseira, na tentativa de gritar
Abria rosas indescritíveis
Em noites de lua, sonhava podas
Todas bem rente ao chão
Mas ninguém a podava
Abriram espaço em seu jardim
Para que todos a contemplassem
Conheceu a solidão
Seus espinhos cresciam
A dilaceravam por dentro
A cada nova estação
E ela gritava dezenas de rosas
Uma lágrima em cada botão
Quando afagavam seu caule liso
Ela se contorcia de dor
Sentia os espinhos cravando
Queixava-se abrindo outra flor
Um dia, os espinhos já grandes
Formaram nódulos pelo seu corpo
Uma espécie de tumor
Cansada, não abriu flores
Podaram-na rente ao chão
E ela conheceu um pouco
Daquilo que é não ter dor
Quis mostrar uma folha ao sol
Mas a coragem faltou
Recusou a água
Recusou o adubo
Rejeitou a terra
A mesma terra que a criou
Ali desapareceu
E todo o jardim se abriu em flor.
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