Versos de Amor para quem Mora longe

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Amar: fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.

Desconhecido

Nota: A última frase é de Mario Quintana.

"Nesta direção", disse o Gato, girando a pata direita, "mora um Chapeleiro. E nesta direção", apontando com a pata esquerda, "mora uma Lebre de Março. Visite quem você quiser quiser, são ambos loucos."

"Mais eu não ando com loucos", observou Alice.

"Oh, você não tem como evitar", disse o Gato, "somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca".

"Como é que você sabe que eu sou louca?", disse Alice.

"Você deve ser", disse o Gato, "Senão não teria vindo para cá."

Alice no país das maravilhas Lewis Carroll
CARROLL, L., Alice no País das Maravilhas, 1865

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Augusto dos Anjos

Nota: Trecho de "Versos Íntimos" Link

Eu não sei onde mora a raiz da mágoa.
O que sinto é sua ardência na alma.

O amor é quando a gente mora um no outro.

Um homem está não onde mora, mas onde ama.

O ser capaz mora perto da necessidade.

Onde mora a liberdade, ali está a minha pátria.

Seja fiel nas pequenas coisas porque é nelas que mora a sua força.

O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel.

Aqui mora a fé, a sublime qualidade dos que jamais deixarão de acreditar na força superior do bem.

Não existe testemunha tão terrível, nem acusador tão implacável quanto a consciência que mora no coração de cada homem.

Se você não está disposto a parecer um idiota, não merece se apaixonar.

A felicidade mora aqui comigo até segunda ordem.

A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras. Prestar atenção ao que não foi dito, ler as entrelinhas. A atenção flutua, toca as palavras sem ser por elas enfeitiçada. Cuidado com a sedução da clareza! Cuidado com o engano do óbvio!

Esse estranho que mora no espelho (e é tão mais velho do que eu) olha-me de um jeito de quem procura adivinhar quem sou.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Se você não pode ser o sol, seja um planeta, mas nunca deixe de irradiar a luz que mora no seu coração.

A felicidade não reside nas posses e nem em ouro, ela mora na alma.

Te quero só pra mim
Você mora no meu coração

O Lampejo

O poema não voa de asa-delta
não mora na Barra
não freqüenta o Maksoud.
Pra falar a verdade, o poema não voa:
anda a pé
e acaba de ser expulso da fazenda Itupu
pela polícia.

Come mal dorme mal cheira a suor,
parece demais com o povo:
é assaltante?
é posseiro?
é vagabundo?
frequentemente o detêm para averiguações
às vezes o espancam
às vezes o matam
às vezes o resgatam
da merda
por um dia
e o fazem sorrir diante das câmeras da TV
de banho tomado.

O poema se vende
se corrompe
confia no governo
desconfia
de repente se zanga
e quebra trezentos ônibus nas ruas de Salvador.

O poema é confuso
mas tem o rosto da história brasileira:
tisnado de sol
cavado de aflições
e no fundo do olhar, no mais fundo,
detrás de todo o amargor,
guarda um lampejo
um diamante
duro como um homem
e é isso que obriga o exército a se manter de prontidão.