Versos de Amor para o meu Namorado

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"Você está só. Viveu um grande amor, que durou alguns meses ou vários anos, não importa, e agora está naquele período conhecido como entressafra: nada nesta mão, nada na outra."

"Pobre é o amor que pode ser contado".

Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O amor vai permanecer, mesmo que as palavras sejam esquecidas, que a presença não seja constante e que os caminhos sejam diferentes.

...eu tive tanto amor um dia.

E, se atravessara o amor e o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no coração.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Amor.

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É horrivelmente insípido, meu amor.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A mulher foi feita para amar, para sofrer pelo seu amor e prá ser só perdão.

“Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!”

As feridas do amor só podem ser curadas por aquele que as fez.

O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo acha a razão de ser, já dividido. São dois em um: amor, sublime selo que à vida imprime cor, graça e sentido.

Vê, meu amor, vê como por medo já estou organizando, vê como ainda não consigo mexer nesses elementos primários do laboratório sem logo querer organizar a esperança. É que por enquanto a metamorfose de mim em mim mesma não faz nenhum sentido. É uma metamorfose em que perco tudo o que eu tinha, e o que eu tinha era eu – só tenho o que sou. E agora o que sou? Sou: estar de pé diante de um susto. Sou: o que vi. Não entendo e tenho medo de entender, o material do mundo me assusta, com os seus planetas e baratas. Eu, que antes vivera de palavras de caridade ou orgulho ou de qualquer coisa. Mas que abismo entre a palavra e o que ela tentava, que abismo entre a palavra amor e o amor que não tem sequer sentido humano – porque – porque amor é a matéria viva. Amor é a matéria viva?

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

dar não é fazer amor

Um amor-susto. Um amor raio-trovão, fazendo barulho. Me bagunça. E chove em mim, todos os dias.

Um amor como o nosso está fadado a acabar. E eu já não tenho mais fôlego para soprar a fogueira.

O amor tem o poder de nos cegar para detalhes que pertencem a imprecisão.

Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle.

Ouvi falar de amor como de um crime...

Eles não tinham nada incomum, exceto os dois olhos, o nariz, a boca e o amor que sentiam um pelo outro.

. Se Deus existe mesmo e o amor é seu agente, então ele só pode fazer bem pra gente."